quinta-feira, 23 de abril de 2015

A saúde brasileira em charges - Saúde Pública

Na charge, uma aventura radical: 
ser atendido pelos serviços 
de Saúde Pública
Historicamente, a Saúde Pública brasileira é tema de muitas reclamações e objeto de muitas charges. A charge pode ser definida como uma ilustração que tem como objetivo satirizar algum fato ou acontecimento através da caricatura, seja de uma pessoa ou da situação, usualmente de forma humorística, ou seja, fazendo com achemos graça no que usualmente nos faz chorar. 

No caso da Saúde Pública brasileira, as charges se dirigem, em especial, à situação de desamparo que o usuário dos serviços públicos de saúde experimenta por conta da demora de atendimento ou da falta de condições para prestar bons serviços. Demora que nem sempre acontece, mas que parece ocorrer com frequência.



As filas são famosas nas charges
e em muitos postos e hospitais 
A longa esperar para o atendimento é a principal reclamação da população em relação à Saúde Pública, disse o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, quando foi até a Câmara Federal para uma audiência pública em abril de 2011, há 4 anos. De lá para cá, não há indícios de que esse quadro tenha sofrido alteração. 

As filas são objeto das charges, assim como a falta de profissionais para o atendimento. São também muito comentadas as condições ruins dos postos de saúde e hospitais, notadamente os de emergência, nos quais há casos em que os pacientes recebem atendimento nos corredores, com macas servindo de leitos.


Pouco dinheiro e má gestão,
os problemas da saúde são? 
A responsabilidade parece ser dos agentes públicos, que, tudo indica, costumam ser extremamente comedidos no que diz respeito a gastos para melhorar a qualidade da assistência no país. Há quem diga, inclusive, que os investimentos na Saúde Pública têm caído, proporcionalmente, nos últimos anos, enquanto a população, descrente da possibilidade do Sistema Público atender suas demandas e necessidades de saúde, corre para os planos de saúde que, convenhamos, não primam por oferecer atendimento assim tão melhor do que o do SUS (Sistema Único de Saúde). 


A falta de equipamentos
retratada pelo humor
do chargista
A falta de pessoal e de equipamentos é usualmente tratada nas charges e é outro problema que muitos postos e hospitais públicos enfrentam. Há casos em que os equipamentos existem, mas há carência de profissionais que saibam operá-los com eficiência. 

O caso é que boa parte (provavelmente a maioria) dos problemas listados existe há mais tempo do que o SUS, que foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado dois anos depois pela Lei 8080/90 e pela Lei 8142/90. 


Uma situação trágica, tratada
de forma cômica: a falta de pessoal
Historicamente, o Brasil colecionou diversos modelos de prestação de assistência médica e de combate às epidemias e endemias. Desde 1990, porém, com o SUS, houve a adoção de apenas um modelo e parece claro que ele vem sendo aplicado da melhor forma possível, ainda que haja inúmeras críticas com relação a essa aplicação. Isso fica claro nas charges, que expressam, com humor, situações trágicas que certamente causam tristeza e até mesmo certa vergonha a todo e qualquer trabalhador do SUS.
SUS: a cruz dos brasileiros? 


O SUS é um projeto em permanente construção e o que se espera é que melhore sempre, apesar dos problemas que inevitavelmente surgem e que aqueles que trabalham no SUS tentam resolver ou mesmo, em muitos casos, contornar. 

Com certeza, nós, os que dedicam seu cotidiano à construção da saúde pública de qualidade, estamos confiantes. O SUS, impulsionado pelos fundamentos que conduziram a sua criação, é o desafio que assumimos.  

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