tag:blogger.com,1999:blog-8172637992181751852024-03-13T17:46:24.876-03:00SOU+SUSBlog para divulgar informações e fomentar debates sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), bem como sobre temas correlatos.luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.comBlogger99125tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-9994316455471651652018-07-18T11:05:00.000-03:002018-07-18T12:04:27.923-03:00As laqueaduras de emergência dispararam no Brasil – e ninguém sabe por quê<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5X4j9SqBkxmNoHK4mvjV6npoI5dpV49oZ9YfsJ7UbJgsOXX0ZPGzX_myWDYI_kAuLj7UfGAzxjSGNELWjvQny5__9nbXC0j1Dk6TPNCCZryzkjbT2H0-tMFMlfYxS1vmZej_tDdstFYM/s1600/jana%25C3%25ADna.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="630" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5X4j9SqBkxmNoHK4mvjV6npoI5dpV49oZ9YfsJ7UbJgsOXX0ZPGzX_myWDYI_kAuLj7UfGAzxjSGNELWjvQny5__9nbXC0j1Dk6TPNCCZryzkjbT2H0-tMFMlfYxS1vmZej_tDdstFYM/s1600/jana%25C3%25ADna.png" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<span style="color: #660000; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><i>O processo que pediu a laqueadura de Janaína foi questionado por <br />juristas. "Há toda uma regulamentação em torno do planejamento <br />familiar, que depende do consentimento, evidentemente, além de <br />outros critérios. De qualquer forma, a esterilização compulsória é <br />impensável", afirmou Clara Masiero, coordenadora adjunta do <br />departamento de cursos do IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências <br />Criminais) ao HuffPost Brasil, site que publicou matéria sobre o fato. </i></span></td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="color: #660000; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Bruna de Lara | 18 de Julho de 2018</span></b><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A ESTERILIZAÇÃO INVOLUNTÁRIA de Janaína Aparecida Quirino
ainda não tinha ganhado os noticiários quando, fazendo um levantamento inédito
de dados do SUS sobre laqueaduras, me ocorreu a suspeita: será que as mulheres
estão sendo esterilizadas à força? Eu havia acabado de descobrir que existem
laqueaduras de emergência e que em 2017, pela primeira vez, elas foram mais
comuns do que as eletivas. Comparando o primeiro trimestre deste ano com o de
2008, o número de esterilizações urgentes duplicou. E ninguém sabe explicar por
que isso está acontecendo – nem o que, afinal, é uma laqueadura de urgência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A laqueadura, popularmente conhecida como “ligadura de
trompas”, é uma cirurgia de esterilização feminina – ou seja, um método
anticoncepcional permanente, destinado a mulheres que desejam nunca engravidar.
Como a finalidade do procedimento é evitar uma gestação, é muito estranho
pensar em uma laqueadura feita em caráter de urgência. </span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Falei com pesquisadoras, médicas, funcionárias da SES, a
Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, e uma enfermeira. À primeira
vista, a maioria estranhou o termo. “Não existe laqueadura de urgência”,
escreveu Sandra Garcia, doutora em Demografia, uma frase que foi repetida pela
enfermeira Edineia Lazzari, que trabalha em uma clínica da família na Rocinha,
favela do Rio. Há 20 anos atuando no Programa de Atenção Integral à Saúde da
Mulher, Criança e Adolescente da SES, a especialista em saúde pública Tizuko
Shiraiwa também afirmou desconhecer essa classificação para laqueaduras.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">De forma vaga, o Ministério da Saúde afirmou que, de fato,
não são feitas laqueaduras de urgência. Mas, às vezes, a cirurgia pode ser
registrada no código de atendimento urgente “por, provavelmente, ter-se
identificado risco à saúde da mulher em futura gestação”. Seria, portanto, uma
forma de indicar que a laqueadura foi feita por razões médicas, e não como
método contraceptivo. Pelo menos na teoria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM-gSqgivkNkuRQ0c1E5XaSbaP4dpsK6i3CNt5XDzeRR4sHVCT6md_TaexKblVMWEb0N-uIyml_MFk0LRzJDVk34ktJbPfC1KdjqLr4V7I37lPPcL28rJDt6AF_AJYpG3_RYGV45qOq0w/s1600/lg-0b0aea28-9f80-4ee0-97b8-ae8946da74ab.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="531" data-original-width="961" height="353" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM-gSqgivkNkuRQ0c1E5XaSbaP4dpsK6i3CNt5XDzeRR4sHVCT6md_TaexKblVMWEb0N-uIyml_MFk0LRzJDVk34ktJbPfC1KdjqLr4V7I37lPPcL28rJDt6AF_AJYpG3_RYGV45qOq0w/s640/lg-0b0aea28-9f80-4ee0-97b8-ae8946da74ab.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<span style="color: #660000; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Como essa é uma cirurgia “mutilatória, de difícil reversão”, <br />as mulheres precisam passar por 60 dias de aconselhamento, <br />recebendo informações sobre outros métodos contraceptivos</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Para uma mulher fazer uma laqueadura no Brasil, a Lei de
Planejamento Familiar determina desde 1997 que ela tenha mais de 25 anos ou
pelo menos dois filhos vivos. Quem é casada precisa ainda da autorização do
marido. Uma hipótese para o mistério das laqueaduras urgentes é que elas sejam
uma versão de um clichê brasileiro: o jeitinho. Sem acesso ao método
contraceptivo que desejam por não atenderem a requisitos pensados há mais de 20
anos, é possível que as mulheres, em acordo com os médicos, tenham encontrado
uma brecha no sistema. “A urgência pode ser uma estratégia para elas
conseguirem a laqueadura sem atender esses critérios. Por exemplo, sem pedir
permissão ao marido”, arriscou Carmen Lucia Luiz, coordenadora da Comissão
Interdisciplinar de Saúde da Mulher do Conselho Nacional de Saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">É apenas um palpite. Porém, outras pessoas da área, como a
enfermeira Edineia, igualmente surpresas com os dados, também apostam nele.
Embora a laqueadura tenha sido legalizada com a lei de 1997, ainda são poucos
os serviços que podem fazer o procedimento. Como essa é uma cirurgia
“mutilatória, de difícil reversão”, segundo Carmen, as mulheres precisam passar
por 60 dias de aconselhamento, recebendo informações sobre outros métodos
contraceptivos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Também por isso, a demanda pela cirurgia é muito maior do
que a oferta, explicou André Junqueira Caetano professor da PUC Minas,
especialista em Demografia. “Você detectou uma consequência dos critérios
restritivos da lei“, avaliou. “Dá mais trabalho ir ao serviço credenciado do
que fazer uma combinação com o médico.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8P2I_H4bmhQZIiWwXnGFVT0xPP4vpJypS_8VEqd8EXqDnAebR4Z9d_oqWrwNzfdyGDerEjZjS2el3CQov0F2vHEzUBbqQE8rL5gPwyKyAiO9uxy2dMadAfnnCazmibyRNLqhkCziOXJE/s1600/1+a+1+a+a+a+a+la+instrumentos.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="228" data-original-width="410" height="355" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8P2I_H4bmhQZIiWwXnGFVT0xPP4vpJypS_8VEqd8EXqDnAebR4Z9d_oqWrwNzfdyGDerEjZjS2el3CQov0F2vHEzUBbqQE8rL5gPwyKyAiO9uxy2dMadAfnnCazmibyRNLqhkCziOXJE/s640/1+a+1+a+a+a+a+la+instrumentos.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<span style="color: #660000; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><i>Há dez anos, seis a cada dez laqueaduras de urgência aconteciam <br />no parto. Hoje, já são quase 90% – a maioria em mulheres negras. <br />Em 2017, elas foram submetidas ao procedimento 2,5 mais vezes do <br />que em 2008, segundo dados obtidos via Lei de Acesso à Informação</i></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Não é coincidência que, em 2017, as laqueaduras em
cesarianas também tenham ultrapassado as esterilizações feitas em outros
momentos da vida. É um acontecimento inédito desde a aprovação da Lei de
Planejamento Familiar, que proibiu as laqueaduras no parto para evitar
cesarianas desnecessárias. Antes dela, médicos e pacientes combinavam cesáreas
para encobrir as laqueaduras, ainda não legalizadas. Assim, os custos do
hospital com a cirurgia eram reembolsados pelo SUS, e os profissionais, muitas
vezes, recebiam pelo procedimento extra por fora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A lei permite uma exceção para laqueaduras no parto: quando
o médico julgar que o número de cesarianas anteriores da mulher pode colocar
sua vida em risco caso ela engravide novamente. “A conversa que rola no ouvido
das mulheres, ainda que possa não haver base científica para isso, é que depois
de duas cesarianas não tem mais que ter filho. Quantas fizeram laqueadura na
cesárea como urgência por causa de cesarianas anteriores?”, questiona Carmen.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O Ministério da Saúde não soube responder. Em 5 de junho,
solicitei ao órgão o número de laqueaduras de urgências feitas no SUS, de
acordo com a quantidade de cesáreas anteriores das pacientes. Fui informada de
que a ficha de autorização de internações não tem um campo para preenchimento
de histórico obstétrico e, por isso, o ministério não tem como indicar as
cesarianas anteriores das mulheres laqueadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Uma segunda hipótese<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Há dez anos, seis a cada dez laqueaduras de urgência
aconteciam no parto. Hoje, já são quase 90% – a maioria em mulheres negras. Em
2017, elas foram submetidas ao procedimento 2,5 mais vezes do que em 2008,
segundo dados obtidos via Lei de Acesso à Informação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Levando em conta que é o profissional de saúde quem define
os casos em que cesáreas anteriores justificariam uma esterilização, me
questiono a possibilidade de estarem mais dispostos a recomendar o procedimento
às negras do que às brancas. Em 2008, 32,7% de todas as laqueaduras eram feitas
em negras, e 32,8% em brancas. Hoje, são 43,5% em negras, e 29,9% em brancas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A ginecologista da UFRJ Michele Pedrosa, que trabalhou dez
anos anos na Secretaria Estadual de Saúde do Rio, tem outra hipótese para
explicar as urgências: o aumento das gestações de alto risco. Em 2002, só 5,8%
das cesáreas feitas no SUS eram em gestações arriscadas. Ano passado, já eram
quase 20%. Para ela, o aumento desse tipo de gravidez tem a ver com uma piora
da saúde pré-natal nos últimos anos, que pode levar às laqueaduras no parto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“A gente sabe que
acontecem combinados entre o médico e a paciente. Na Baixada Fluminense, é
comum as mulheres fazerem cesariana pelo SUS e pagarem por fora para serem
laqueadas. Isso acontece Brasil afora, mas só com esses dados [do levantamento
do The Intercept Brasil] não dá para afirmar que é isso”, ponderou Pedrosa. O
único consenso entre as profissionais e pesquisadoras é que as urgências não
indicam a possibilidade de os médicos estarem fazendo esterilização forçada nas
mulheres. Ainda assim, é curioso que, dias após nossas conversas, tenha vindo a
público um caso como o de Janaína, mulher em situação de rua esterilizada à
força por ordem da Justiça. E que, duas décadas depois da CPI que investigou
laqueaduras compulsórias no Brasil, elas tenham voltado a ser alvo de discussão
no parlamento. Na última quarta-feira, duas comissões da Câmara dos Deputados
se reuniram para discutir o caso de Janaína.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O paradoxo do acesso<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O acesso à laqueadura no Brasil é um paradoxo complexo. E
não poderia deixar de ser, em um país que não permite às mulheres terem
autonomia sobre seus corpos e insiste em lutar por retrocessos nos direitos
sexuais e reprodutivos. Por um lado, critérios de uma lei ultrapassada podem
estar incentivando mulheres e médicos a fazer cirurgias ilegais; por outro,
muitas mulheres que atendem aos requisitos da lei têm o direito à laqueadura
negado por profissionais que se recusam a fazer o procedimento, acreditando que
elas irão se arrepender. A situação é tão comum que mulheres sem filhos, mas
com mais de 25 anos, criam grupos para recomendar os médicos que fazem a
laqueadura legal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Ainda assim, a esterilização feminina é a forma de
contracepção mais comum no Brasil, que tem a décima maior taxa desse método no
mundo, de acordo com estudo de 2015 da Organização Mundial da Saúde. “Os
americanos chegavam aqui nos anos 70 distribuindo equipamento para os médicos
fazerem laqueaduras na população de baixa renda”, lembra Pedrosa, referindo-se
ao investimento estrangeiro no controle populacional no Brasil, que também foi
alvo da CPMI das laqueaduras.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A laqueadura é um direito das mulheres. Mas o histórico
brasileiro, combinado à ausência de informações e à dificuldade de acesso a
outros métodos anticoncepcionais de longo prazo, como o DIU, faz com que a
opção nem sempre seja consciente. “Como as pessoas falam ‘ligar as trompas’
para se referir às laqueaduras, muitas mulheres vão ao nosso laboratório
pedindo para ‘desligar’ depois da cirurgia. Elas não estavam cientes de como
funcionava o método quando o escolheram”, contou Pedrosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgthrlzFZg2YMddIX0FFg_pqE6oohD3W9oB034lHQAtt0ePVMbAsWNwVVPu6KRRZpXACMfTJIr_1qNOwNk0n1D_dd460yPp_fQQgSQqc6YeM5U8XzAkIrBj9kI203TSInPkBWwzu3iuUaE/s1600/Laqueaduras-de-emergencia-comentario1-1531851765-540x169.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="169" data-original-width="540" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgthrlzFZg2YMddIX0FFg_pqE6oohD3W9oB034lHQAtt0ePVMbAsWNwVVPu6KRRZpXACMfTJIr_1qNOwNk0n1D_dd460yPp_fQQgSQqc6YeM5U8XzAkIrBj9kI203TSInPkBWwzu3iuUaE/s1600/Laqueaduras-de-emergencia-comentario1-1531851765-540x169.png" /></a></div>
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<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwZ2CeVrvWXUcvfQ8xzlaY6piIVvUFMgvOt04o4754zD1SFOo3x5BlCAosa6CzqTvXDvtFEuk6elYNNRn28CPvI-svcN4aiGZJhlvUYZcIzqnxD8LbqnSGf1d0AJZQXSPnmOAWhzyaom8/s1600/Laqueaduras-de-emergencia-comentario2-1531851887-540x205.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="205" data-original-width="540" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwZ2CeVrvWXUcvfQ8xzlaY6piIVvUFMgvOt04o4754zD1SFOo3x5BlCAosa6CzqTvXDvtFEuk6elYNNRn28CPvI-svcN4aiGZJhlvUYZcIzqnxD8LbqnSGf1d0AJZQXSPnmOAWhzyaom8/s1600/Laqueaduras-de-emergencia-comentario2-1531851887-540x205.png" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdyg-sy_t2Dq4cgrDL2es77T8-cpIhiz0p01ZPhgWRC0fJwJvFNIBF1nguC71O7O2J4ZWPsboKkLm146aCpM-lBjR-argS5eu2EEa2667Oi7ScMnn6oG-DwgfmRvFNvG98lupCsq30-3M/s1600/Laqueaduras-de-emergencia-comentario3-1531852034-540x129.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="129" data-original-width="540" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdyg-sy_t2Dq4cgrDL2es77T8-cpIhiz0p01ZPhgWRC0fJwJvFNIBF1nguC71O7O2J4ZWPsboKkLm146aCpM-lBjR-argS5eu2EEa2667Oi7ScMnn6oG-DwgfmRvFNvG98lupCsq30-3M/s1600/Laqueaduras-de-emergencia-comentario3-1531852034-540x129.png" /></a></div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNqABeVZJJnPQLHgJoqorX0wH4W9yquJU5BtpzoV9X6W5I0t9nWB2QKRyASZGsfc7Ts6D2OXT3uoZte_MkY-pEAEQmJEWzP2Qs2NPP-K-36lIvs6K0F0S4A6BZ5XHrj9SXm5QDFW1UFE0/s1600/Laqueaduras-de-emergencia-comentario4-1531852212-540x128.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="128" data-original-width="540" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNqABeVZJJnPQLHgJoqorX0wH4W9yquJU5BtpzoV9X6W5I0t9nWB2QKRyASZGsfc7Ts6D2OXT3uoZte_MkY-pEAEQmJEWzP2Qs2NPP-K-36lIvs6K0F0S4A6BZ5XHrj9SXm5QDFW1UFE0/s1600/Laqueaduras-de-emergencia-comentario4-1531852212-540x128.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #0b5394; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><span style="color: #0b5394;"><b>Comentários em um post de Facebook do Senado Federal sobre os critérios para mulheres e homens fazerem uma esterilização. </b></span><b style="color: #0b5394;">Imagens: Reprodução/Facebook</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://theintercept.com/2018/07/18/laqueaduras-emergencia-dispararam/" style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-size: large;">https://theintercept.com/2018/07/18/laqueaduras-emergencia-dispararam/</span></a></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-81230110134021430252018-06-29T13:32:00.000-03:002018-06-29T15:09:21.762-03:00Sistema Único de Saúde (SUS) aos 30 anos<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj15vNtezD09UNgrQQy1khH8nuLp8GVsjfkXpni2Q-AeLSKJwBiUW-LPGrAh8_eemPLp7XSjfSzIYdcssVkXLbFhcFS8KHhS1huoWx-Q7Fpqg4nHdbwm9d41QNNOpJSUksLu9TAIfrLDsE/s1600/SUS+30anos.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="596" data-original-width="990" height="385" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj15vNtezD09UNgrQQy1khH8nuLp8GVsjfkXpni2Q-AeLSKJwBiUW-LPGrAh8_eemPLp7XSjfSzIYdcssVkXLbFhcFS8KHhS1huoWx-Q7Fpqg4nHdbwm9d41QNNOpJSUksLu9TAIfrLDsE/s640/SUS+30anos.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #0b5394; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Jairnilson Silva Paim | Instituto de Saúde Coletiva,
Departamento de Saúde Coletiva I, Universidade Federal da Bahia. R. Basílio da
Gama sn, Canela. 40110-040 Salvador BA Brasil. jairnil@ufba.br</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #0b5394; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">Ciência & Saúde Coletiva - versão impressa ISSN
1413-8123versão On-line ISSN 1678-4561. Ciênc. saúde coletiva vol.23 no.6 Rio
de Janeiro jun. 2018. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: xx-large;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: #0b5394;">RESUMO: </span></b>Com o
objetivo de dialogar com alguns estudos e perguntas acerca do SUS, ao completar
30 anos, o artigo apresenta um balanço de vetores positivos, obstáculos e
ameaças, sublinhando a falta de prioridade pelos governos, o subfinanciamento e
os ataques perpetrados pelas políticas do capital. Ressalta a financeirização
da saúde vinculada à dominância financeira como uma das maiores ameaças ao SUS.
Conclui que o SUS não está consolidado, justificando alianças entre forças
democráticas, populares e socialistas, com novas estratégias, táticas e formas
organizativas para enfrentar o poder do capital e de seus representantes na
sociedade e no Estado. <b><span style="color: #0b5394;">Palavras-Chave:</span> </b>Sistema
Único de Saúde; Políticas de saúde; Reforma sanitária brasileira. </span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: #073763;">INTRODUÇÃO</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Os projetos Democrático-popular e Esperança e Mudança,
formulados na transição democrática, não foram privilegiados pelas forças
políticas que tiveram a oportunidade histórica de ocupar o governo federal após
a promulgação da Constituição Cidadã1. O golpe do capital, urdido desde 2014
através da mídia, de segmentos da classe média e do Parlamento, com a chancela
do Judiciário, rompeu o pacto social estabelecido no final da ditadura, atacou
a democracia e suprimiu um conjunto de direitos civis, sociais e políticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A falta de prioridade ao SUS e os ataques visando ao seu
desmonte foram reforçados pela crise econômica, pelas políticas de austeridade
fiscal e, especialmente, pela Emenda Constitucional 95 (EC-95/2016) que congela
o orçamento público durante vinte anos2. Assim, o governo Temer deu
continuidade e aprofundou a hegemonia contrária ao SUS, tornando-o ainda mais
reduzido, com o risco de se tornar um simulacro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O fato concreto é que o SUS foi implantado, mas não se
encontra consolidado. Pesquisas recentes3-5 estão apontando fenômenos mais
complexos no âmbito da saúde do que as análises de conjunturas permitem
indicar, de modo a estimular diversas perguntas: a) quais os vetores positivos
que têm sustentado o SUS? b) quais têm sido os obstáculos e as ameaças? c)
quais são as alternativas que se apresentam? d) como ampliar as bases de apoio
sociais e políticas? e) O SUS vai acabar? f) que estratégias e táticas podem ser
acionadas para viabilizar a sua consolidação? </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O objetivo deste artigo de opinião é dialogar com alguns
desses estudos e perguntas acerca do SUS ao completar 30 anos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></o:p></div>
<blockquote class="tr_bq">
<o:p><i><span style="color: red; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>Se o Estado sabota o SUS, resta à sociedade civil lutar por um sistema de saúde universal, público, de qualidade e efetivo</b></span></i></o:p></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: "verdana" , sans-serif;">Quais os vetores
positivos que têm sustentado o SUS?</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Inspirado em valores como igualdade, democracia e
emancipação, o SUS está inserido na Constituição, na legislação ordinária e em
normas técnicas e administrativas. O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira
(MRSB) que lhe sustenta é composto por entidades com mais de quatro décadas de
história e de compromisso com a defesa do direito universal à saúde, a exemplo
do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e da Associação Brasileira de
Saúde Coletiva (Abrasco). Conta com o apoio de outras organizações como a
Associação Brasileira de Economia da Saúde (Abres), a Rede-Unida, os conselhos
de saúde (nacional, estaduais e municipais), a Associação Nacional do
Ministério Público em Defesa da Saúde (Ampasa), a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass),
o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o movimento
popular de saúde, entre outras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0s-B7ZRLcaQElKcTmtMVDGCaqIMt0hjAP5UN9Ft5sax_xp8fMQ0PmSRGbREVR9H7K8loK68oy4mytLTGm8-y210jiWUW79DHF2Bq_TzB3hBPUkESiWiLcCnLESdycoRsQtzBF-ggQQWM/s1600/ATEN%25C3%2587%25C3%2583O+B%25C3%2581SICA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0s-B7ZRLcaQElKcTmtMVDGCaqIMt0hjAP5UN9Ft5sax_xp8fMQ0PmSRGbREVR9H7K8loK68oy4mytLTGm8-y210jiWUW79DHF2Bq_TzB3hBPUkESiWiLcCnLESdycoRsQtzBF-ggQQWM/s1600/ATEN%25C3%2587%25C3%2583O+B%25C3%2581SICA.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O SUS dispõe de uma rede de instituições de ensino e
pesquisa como universidades, institutos e escolas de saúde pública que interage
com as secretarias estaduais e municipais, Ministério da Saúde, agências e
fundações. Essa rede contribui para a sustentabilidade institucional, pois
possibilita que um conjunto de pessoas adquiram conhecimentos, habilidades e
valores vinculados aos princípios e diretrizes do SUS. Muitas dessas pessoas
sustentam o SUS, mesmo em conjunturas difíceis, tornando-se militantes de sua
defesa. A formação de sanitaristas e de outros trabalhadores em universidades e
escolas assegura a reprodução e disseminação de informações e conhecimentos,
além da apropriação de poder técnico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O Brasil empreendeu a descentralização de atribuições e de
recursos, ampliando a oferta e o acesso aos serviços e ações, com impacto nos
níveis de saúde. Essa diretriz constitucional, com comando único em cada esfera
de governo, foi implementada em menos de uma década para 27 unidades da
federação e quase 5.600 municípios, garantindo a participação da comunidade
através de conferências e conselhos, bem como criando instâncias de pactuação,
a exemplo das comissões intergestoras tripartite e bipartite. Esse processo de
construção do SUS tem gerado entusiasmo e compromisso de trabalhadores da saúde
vinculados às secretarias e ao Ministério, apesar das limitações impostas pela
gestão do trabalho nas três esferas de governo que geram insatisfações nos
serviços públicos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Uma engenharia político-institucional criativa possibilitou
a elaboração de normas operacionais básicas, pactos, programação pactuada
integrada, plano de desenvolvimento da regionalização e plano diretor de
investimentos que contribuíram para a sustentabilidade institucional do SUS e
para a sua materialidade expressa em estabelecimentos, equipes, equipamentos e
tecnologias. Daí o legado de avanços no sistema de vigilância em saúde, na
vigilância sanitária, na assistência farmacêutica, nos transplantes, no SAMU e
no controle do tabagismo, do HIV/AIDS e da qualidade do sangue. O Programa
Nacional de Imunizações é o maior do mundo, induzindo a autossuficiência de
imunobiológicos. Merece destaque a atenção primária em saúde, vinculando cerca
de 60% da população brasileira às equipes de Saúde da Família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL3N_lm6Ku7-Ri6GCSJprFCvOmVdEC1ZrS9Bu7nhZq5vcZFyp-dCvQKnIm7FuMepOon-ycEx-jGWj7G1HQxdEaz-Eov0mgblHJLxn6n87OjowzzvINJrWDh98tA6QVQN_yEeaGLDOuC6I/s1600/sergioarouca.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="397" data-original-width="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL3N_lm6Ku7-Ri6GCSJprFCvOmVdEC1ZrS9Bu7nhZq5vcZFyp-dCvQKnIm7FuMepOon-ycEx-jGWj7G1HQxdEaz-Eov0mgblHJLxn6n87OjowzzvINJrWDh98tA6QVQN_yEeaGLDOuC6I/s1600/sergioarouca.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>Sérgio Arouca,<br />um dos ícones<br />da criação do<br />SUS, e o cartaz<br />da 8ª Conferência<br />Nacional de Saúde, <br />que formalizou a<br />proposta de criação<br />do Sistema Único <br />de Saúde, em 1986</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O país avançou no desenvolvimento de sistemas de informação
em saúde, a exemplo dos referentes à mortalidade, às internações hospitalares e
aos agravos de notificação, importantes para o monitoramento e avaliação de
políticas, planos e programas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Cabe, ainda, destacar o reconhecimento formal do direito à
saúde que tem possibilitado a difusão dessa conquista na sociedade, seja nas
manifestações da cidadania e na mídia, seja nos processos de judicialização
relevantes do ponto de vista cultural, pois podem evoluir para uma consciência
sanitária crítica.<o:p></o:p></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<o:p><b><span style="color: red; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><i>O golpe do capital, urdido desde 2014 através da mídia, de segmentos da classe média e do Parlamento, com a chancela do Judiciário, rompeu o pacto social estabelecido no final da ditadura, atacou a democracia e suprimiu um conjunto de direitos civis, sociais e políticos</i></span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"> </span></b></o:p></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: "verdana" , sans-serif;">Quais são os
obstáculos e ameaças ao SUS?</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Em termos ideológicos, os valores dominantes na sociedade
brasileira tendem mais para a diferenciação, o individualismo e a distinção do
que para a solidariedade, a coletividade e a igualdade. Esse aspecto negativo é
agravado pelas limitadas bases sociais e políticas do SUS que não conta com a
força de partidos, nem com o apoio de trabalhadores organizados em sindicatos e
centrais para a defesa do direito à saúde inerente à condição de cidadania, tal
como ocorrera em países europeus que optaram pelo Estado de Bem-Estar Social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O SUS sofre resistências de profissionais de saúde, cujos
interesses não foram contemplados pelas políticas de gestão do trabalho e
educação em saúde. Além da crítica sistemática e oposição da mídia, o SUS
enfrenta grandes interesses econômicos e financeiros ligados a operadoras de
planos de saúde, a empresas de publicidade e a indústrias farmacêuticas e de
equipamentos médico-hospitalares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O predomínio da doutrina do neoliberalismo justamente no
período de implantação do SUS, com as limitações do Welfare State nos países
europeus e a crise econômica de 2008, representam um sério obstáculo para o
desenvolvimento de sistemas universais de saúde. Do mesmo modo, a proposta
político-ideológica da Cobertura Universal em Saúde, patrocinada por organismos
internacionais, só faz reforçar tal doutrina e fragilizar os valores
civilizatórios do SUS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Apesar de a Constituição proclamar a saúde como direito de
todos e dever do Estado, o Estado brasileiro através dos poderes executivo,
legislativo e judiciário, não tem assegurado as condições objetivas para a
sustentabilidade econômica e científico-tecnológica do SUS. Problemas de gestão
como a falta de profissionalização, o uso clientelista e partidário dos
estabelecimentos públicos, número excessivo de cargos de confiança, burocratização
das decisões e descontinuidade administrativa, têm sido destacados, embora as
alternativas acionadas impliquem a desvalorização dos trabalhadores de saúde,
através das terceirizações e da precarização do trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<o:p><span style="color: red; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><i><b>Pesquisas recentes dão conta da complexidade dessa nova fase da articulação público-privada, assim como novas relações entre aparelhos do Estado e o capital financeiro (inclusive internacional) - essa determinação econômica representa a maior ameaça à consolidação do SUS </b></i></span></o:p></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Outros aspectos negativos na construção do SUS podem ser
identificados nas políticas de medicamentos e de assistência farmacêutica, no
controle do Aedes e na segurança e qualidade do cuidado. A insuficiência da
infraestrutura pública, a falta de planejamento ascendente, as dificuldades com
a montagem de redes na regionalização e os impasses para a mudança dos modelos
de atenção e das práticas de saúde também comprometem o acesso universal e
igualitário às ações e serviços de saúde. Verifica-se a reprodução do modelo
médico hegemônico, centrado mais na doença que na saúde, no tratamento que na
prevenção ou promoção, no hospital e nos serviços especializados, e menos na
comunidade, no território e na atenção básica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgzW7Qn5lipFcE9bRa29p-6QxCq9f3utWMI-aJe2jodXR_bzD5auVdXo4Un4FcrPcS9rfk7LklD5yI4nr7gljtwnBpR8SMvusvddtuiQpRw3rW86FcVtkhDEp4p-bBNcmIRQ61kmsvNXs/s1600/BandeiraSUS.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="539" data-original-width="709" height="486" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgzW7Qn5lipFcE9bRa29p-6QxCq9f3utWMI-aJe2jodXR_bzD5auVdXo4Un4FcrPcS9rfk7LklD5yI4nr7gljtwnBpR8SMvusvddtuiQpRw3rW86FcVtkhDEp4p-bBNcmIRQ61kmsvNXs/s640/BandeiraSUS.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Durante muito tempo o subfinanciamento crônico era
identificado como um dos maiores obstáculos para o SUS. Diversas iniciativas
foram adotadas para contorná-lo, a exemplo da Contribuição Provisória de
Movimentação Financeira, da EC-29/2000 e do movimento Saúde+10, mas não
alteraram, efetivamente, a estrutura do financiamento, de modo que o gasto
público, como percentagem do Produto Interno Bruto destinado a saúde, continuou
inferior à proporção do gasto privado (4).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Com insuficientes recursos o SUS enfrenta problemas na
manutenção da rede de serviços e na remuneração de seus trabalhadores,
limitando os investimentos para a ampliação da infraestrutura pública. Diante
dessa realidade, a decisão de compra de serviços no setor privado torna-se
fortalecida e a ideologia da privatização é reforçada. Prevalece, assim, um
boicote passivo através do subfinanciamento público e ganha força um boicote
ativo, quando o Estado premia, reconhece e privilegia o setor privado com
subsídios, desonerações e sub-regulação. O executivo assegura um padrão de
financiamento para o setor privado com o apoio do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social e da Caixa Econômica Federal, bastante
distinto em relação às instituições públicas do SUS. Essa ação estatal através
dos boicotes pelas vias do executivo, do legislativo e do judiciário
comprometeu a vigência da concepção de seguridade social, além de facilitar a
privatização da saúde. Com a aprovação da EC-95/2016, o subfinanciamento
crônico do SUS fica constitucionalizado, cristalizando as dificuldades
acumuladas desde 19884.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Os obstáculos acima mencionados geralmente se apresentam nas
discussões sobre o SUS, negligenciando a articulação público-privada predatória
onde os interesses privados predominaram nesses 30 anos. Entretanto, como essa
ameaça do capital não é tão visível como as filas, a falta de profissionais ou
o acesso aos medicamentos, tem sido menos problematizada e investigada.<o:p></o:p></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<o:p><span style="color: red; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><b><i>A centro-direita e a direita, sendo vitoriosas no nível federal ou estadual, tendem a inviabilizar alternativas, pois seu compromisso tem sido com o desmonte do SUS </i></b></span></o:p></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A privatização da saúde que esteve presente na evolução das
políticas públicas, mesmo antes do SUS, apresenta distintas configurações
decorrentes dos movimentos e circuitos do capital no setor. Atualmente, a
articulação público-privada exibe novas facetas, sob a forma de financeirização
da saúde vinculada à dominância financeira (5). Pesquisas recentes (3-5) dão conta da
complexidade dessa nova fase da articulação público-privada, com a venda de
empresas, seus ativos e carteiras de clientes, aprofundando a intermediação
entre prestadores e consumidores, assim como novas relações entre aparelhos do
Estado e o capital financeiro (inclusive internacional) (5). Essa determinação
econômica representa a maior ameaça à consolidação do SUS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBK2bkfOS2IWbx9Z7BR-7X6mNT_WNgJHpxxUEnWDesRMvLZrtTvxxaMqGqQ6GIOudzfUI8TqBwzWqLk-eYKw3pnaDK-gh_lfzfgnvQk6jIMpCcIfDitwYVVhlJUCeuGXzfh6wacOhHb7Q/s1600/8+CONFERENCIA.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="205" data-original-width="350" height="374" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBK2bkfOS2IWbx9Z7BR-7X6mNT_WNgJHpxxUEnWDesRMvLZrtTvxxaMqGqQ6GIOudzfUI8TqBwzWqLk-eYKw3pnaDK-gh_lfzfgnvQk6jIMpCcIfDitwYVVhlJUCeuGXzfh6wacOhHb7Q/s640/8+CONFERENCIA.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>Imagem da 8ª Conferência Nacional de Saúde</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: "verdana" , sans-serif;">Quais são as
alternativas que se apresentam?</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A defesa do SUS constitucional e do SUS proposto pela
Reforma Sanitária Brasileira (RSB) indica alternativas contrárias à segmentação
e à americanização do sistema de saúde brasileiro. O SUS realmente existente,
com todas as suas dificuldades e fragilidades, produziu conquistas e resultados
significativos nessas três décadas. A sua institucionalidade pode ser realçada
pelos seus gestores, pelo Ministério Público, conselhos de saúde e
trabalhadores, favorecendo a resistência contra o seu desmonte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">As alternativas a serem acionadas não são definidas no
âmbito da técnica, reiterando-se a tese de que o maior desafio do SUS é político.
Desse modo, para além das ações que podem ser realizadas no interior da
sociedade civil, há que se reconhecer a necessidade de atuação na sociedade
política, ou seja, no Estado e nos seus aparelhos e instituições. Isso
significa a possibilidade de atuar junto aos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, bem como nos aparelhos de hegemonia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">No caso do Executivo, independentemente da atuação de
profissionais e trabalhadores nas instituições do SUS nos níveis municipal,
estadual e federal, a definição de alternativas pensadas para serem
viabilizadas passam, necessariamente, pelos propósitos e pela ação de governos.
Assim, as eleições sempre representam uma oportunidade de discutir as
alternativas nos programas dos candidatos, a despeito das circunstâncias
adversas, seja no âmbito federal, seja no nível das unidades federadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Nessa perspectiva, é possível conceber algum diálogo em
defesa do SUS constitucional e do SUS democrático nas eleições junto às forças
e candidaturas da esquerda e da centro-esquerda, com alguma incursão no centro
do espectro político. Já a centro-direita e a direita, sendo vitoriosas no
nível federal ou estadual tendem a inviabilizar alternativas, pois seu
compromisso tem sido com o desmonte do SUS. Portanto, a construção de um amplo
bloco democrático, popular e socialista em defesa da RSB e do SUS merece ser
incluída na agenda política das forças progressistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: "verdana" , sans-serif;">Como ampliar as bases
sociais e políticas para a sustentação do SUS?</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Desde as origens do movimento sanitário sempre esteve
presente a preocupação com as bases de sustentação política para a RSB/SUS. O
empenho no envolvimento das entidades de saúde, sindicatos e segmentos
populares foi muito debatido. Partidos políticos e parlamentares ligados às
forças democráticas foram acionados no processo constituinte e na elaboração e
aprovação da Lei Orgânica da Saúde. A instalação e o funcionamento da Plenária
da Saúde representou um espaço de articulação entre essas forças, configurando
um saldo organizativo para a implantação do SUS.<o:p></o:p></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<o:p><span style="color: red; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><b><i>Torna-se fundamental constituir sujeitos da práxis (sujeitos da resistência, novos servidores públicos, sujeitos transformadores), individuais e coletivos, capazes de defender o SUS, e sujeitos da antítese aptos em desequilibrar o binômio da conservação-mudança a favor das transformações, radicalizando a democracia </i></b></span></o:p></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O protagonismo exercitado pelo Conass e pelo Cosasems a
partir da década de noventa, junto à instalação dos conselhos estaduais e
municipais, permitiu ampliar a base de apoio ao SUS. Presentemente, o Conselho
Nacional de Saúde (CNS) tem demonstrado um ativismo significativo, mobilizando
grupos sociais e confrontando certas iniciativas do governo. Do mesmo modo, a
expansão dos gestores municipais de saúde tem reforçado essas bases sociais e
políticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Ainda assim, o golpe de 2016 incidiu sobre a correlação de
forças a ponto de parte desses sujeitos passar a apoiar iniciativas do
Ministério da Saúde criticadas pelo movimento sanitário. Se não é conveniente
jogá-los no colo dos golpistas, também não é pertinente contar a priori com a
suposição do seu apoio, apenas considerando a parceria positiva do passado. Daí
a necessidade de manter pontes de diálogo para que as contradições possam ser
explicitadas e os conflitos trabalhados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Considerando as peculiaridades da revolução passiva no
Brasil que invadiu o processo da RSB, torna-se fundamental constituir sujeitos
da práxis (sujeitos da resistência, novos servidores públicos, sujeitos
transformadores), individuais e coletivos, capazes de defender o SUS, e
sujeitos da antítese aptos em desequilibrar o binômio da conservação-mudança a
favor das transformações, radicalizando a democracia e a RSB6.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A constituição de sujeitos não se restringe à dimensão
pedagógica, podendo se realizar em diferentes níveis (trabalho, militância e
lutas sociais). Para além dos movimentos sociais progressistas e das entidades
do MRSB (Cebes, Abrasco, Rede Unida, Abres, etc.), a conjuntura pós-golpe de
2016 ensejou a construção da Frente Povo sem Medo e da Frente Brasil Popular,
entre outras iniciativas, que tem possibilitado mobilizações e articulação
política contra o retrocesso e os ataques à democracia, em torno da bandeira
Nenhum Direito a Menos. Tais movimentos tendem a se expressar no processo
eleitoral e na configuração das forças políticas que conquistarem espaços nos
âmbitos federal e estadual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcGl3Zf8oUUudDJU0muno_MY37UucR2BLnRza7N0c0AvsXtIF10UEZM2iF5A32UIiK0DJcjH29CANAjg5lFc1seiiXpAagCSFsxM3cEkp29W4dwkzzlsDuVBUtGm2l8g6quEwNDYKCWZM/s1600/ULYSSES+CF.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="335" data-original-width="535" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcGl3Zf8oUUudDJU0muno_MY37UucR2BLnRza7N0c0AvsXtIF10UEZM2iF5A32UIiK0DJcjH29CANAjg5lFc1seiiXpAagCSFsxM3cEkp29W4dwkzzlsDuVBUtGm2l8g6quEwNDYKCWZM/s1600/ULYSSES+CF.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>Ulysses Guimarães e a Constituição <br />Federal de 1988, que criou o SUS</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: "verdana" , sans-serif;">O SUS vai acabar?</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Esta é uma pergunta sempre presente em debates com
interessados. Apesar dos ataques e golpes sofridos, incluindo os boicotes do
Estado Brasileiro, não é plausível a extinção do SUS. Além da força relativa
dos seus defensores e militantes, existe um conjunto de interesses vinculados
ao capital, ao próprio Estado e às classes dominantes que apontam para a sua
manutenção, seja como meio de legitimação ou cooptação, seja como lócus de
acumulação, circulação e expansão do capital. A articulação público-privada no
âmbito da saúde engendrada no Brasil possibilitou um fortalecimento econômico e
político das empresas privadas em detrimento do interesse público e
independente da Constituição e das leis.<o:p></o:p></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<o:p><span style="color: red; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><b><i>As alternativas a serem acionadas não são definidas no âmbito da técnica, reiterando-se a tese de que o maior desafio do SUS é político</i></b></span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"> </span></o:p></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Mesmo admitindo que não haja política irreversível, a agenda
desses representantes do capital não contempla a extinção do SUS. Pelo
contrário, o SUS realmente existente tem sido orgânico aos seus negócios e não
há porque matar a galinha dos ovos de ouro. Este SUS real que em parte se
apresenta como SUS para pobres já faz parte do senso comum de gestores,
políticos, mídia, profissionais de saúde e, até mesmo, da população. Ele pode
se reproduzir no presente e no futuro, mesmo que restrito, na dependência da
dinâmica e da expansão do capital, assim como das respostas do movimento
sanitário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Voltado fundamentalmente para a parte da população mais
pobre que não tem acesso ao mercado e limitado na atuação típica de saúde
pública como a prevenção e o controle de riscos, danos e epidemias, trata-se de
um SUS reduzido. Assegurando a realização de procedimentos de alto custo para o
setor privado5, distancia-se do SUS constitucional e do SUS democrático
proposto pela RSB1. Significa um arremedo ou simulacro do SUS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: "verdana" , sans-serif;">Que estratégias e
táticas que podem ser acionadas para viabilizar a consolidação do SUS?</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Esta é uma pergunta das mais relevantes a exigir certa
reflexão. Seguramente é uma das mais difíceis em termos de resposta. Primeiro,
porque não é qualquer sujeito ou ator capaz de definir um desenho estratégico.
Essa práxis – pensamento e ação – exige não só legitimidade de quem indica as
estratégias e aponta as táticas, mas especialmente a capacidade de realizar as
análises concretas da situação e de ter o insight político acerca do momento
mais indicado para a organização e a intervenção sobre a realidade. A
experiência e as habilidades acumuladas são fundamentais para o alcance da
efetividade da atuação. Segundo, porque não é qualquer intelectual ou indivíduo
isolado que se pode arvorar a responder essa questão, mas sim sujeitos
coletivos como partidos políticos ou outras organizações que disponham de
acúmulos históricos e capacidade de iniciativa para a ação. São eles que lidam
com a dialética da transparência/opacidade7 e são capazes de escolher a dose
adequada de um e do outro termo da dicotomia, pois não cabe mostrar o jogo aos
adversários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">No desenvolvimento do processo da RSB foram acionadas três
vias estratégicas: a legislativo-parlamentar, a técnico-institucional e a
sociocomunitária. Presentemente, diante das limitações dos partidos e do
protagonismo dos movimentos sociais, a busca da hegemonia político-cultural e a
luta pela radicalização da democracia implicam a construção de equivalências
entre agendas e sujeitos coletivos, para além da contradição capital-trabalho.
Assim, a atuação do Cebes desde a sua refundação em 2006 e, especialmente, o
seu envolvimento nas Jornadas de Junho e nas frentes populares depois do Golpe
de 2016 recomenda a exploração de outras estratégias e táticas no processo da
RSB em defesa da democracia, do SUS e dos direitos sociais6.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Não bastam, porém, o proselitismo em defesa do SUS e a
prática ideológica do movimento sanitário. Daí a necessidade de reuniões
periódicas do Fórum da RSB e a articulação progressiva com os conselhos
nacional, estaduais e municipais de saúde para o desenho de estratégias e o
estabelecimento de táticas mais adequadas à conjuntura, a despeito da
participação limitada de partidos políticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Ao serem identificados movimentos do capital que articulam
dimensões econômicas, políticas e ideológicas no âmbito setorial, o arco de
alianças e a unidade a serem perseguidos pelas forças democráticas, populares e
socialistas vão demandar instâncias organizativas de outra natureza para
enfrentar o poder acumulado pelos empresários e seus representantes na
sociedade e nos aparelhos de Estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Portanto, unidade, agilidade e efetividade são fundamentais.
A busca de formas organizativas mais orgânicas pode sugerir a criação de uma
secretaria executiva para que o Fórum da RSB possa atuar mais prontamente na
conjuntura, evitando que o movimento seja atropelado ou dirigido pelos fatos.
Assim, alguns sinais recentes de afastamento do Conass e do Conasems em relação
ao movimento sanitário devem ser considerados e trabalhados, politicamente,
para que se recomponham pontes de diálogos em defesa da democracia, da RSB e do
SUS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMyhW7br44rdgiRyDceNN80HwNf54cLy3CgV031kzdbQn4ixFd-MuJa1PyAXq-X6acM6LfJ3lcS_vbNqFWp_TMb_yId5_GMvFjDklZWCR-sKSjaM2qhFThgaulLiJUjxjez6dVu6TIcgI/s1600/SUS+PLANO+DE+SA%25C3%259ADE.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="582" data-original-width="339" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMyhW7br44rdgiRyDceNN80HwNf54cLy3CgV031kzdbQn4ixFd-MuJa1PyAXq-X6acM6LfJ3lcS_vbNqFWp_TMb_yId5_GMvFjDklZWCR-sKSjaM2qhFThgaulLiJUjxjez6dVu6TIcgI/s1600/SUS+PLANO+DE+SA%25C3%259ADE.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: "verdana" , sans-serif;">COMENTÁRIOS FINAIS</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A retomada de um balanço sobre os vetores positivos,
obstáculos e ameaças nesses 30 anos de SUS não significa complacência com
equívocos e descaminhos. Para além de fortalecer a motivação para a luta dos que
defendem o direito universal à saúde, a reflexão sobre estudos e perguntas
poderá reforçar certas estratégias e criar novas para a preservação do SUS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Cumpre incidir sobre a correlação de forças, altamente
desfavorável no presente, e acumular novas energias para tempos mais propícios,
sem desprezar a atuação aqui e agora, com novas formas organizativas. É esta
prática política que requer o melhor da militância e convoca para a ação em
defesa do direito à saúde e do SUS. Se o Estado sabota o SUS, resta à sociedade
civil lutar pela RSB e por um sistema de saúde universal, público, de qualidade
e efetivo, cabendo ao movimento sanitário contribuir para imprimir um caráter
mais progressista à revolução passiva brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: #073763;">REFERÊNCIAS</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">1. Paim JS. A Constituição Cidadã e os 25 anos do Sistema
Único de Saúde. Cad Saude Publica 2013; 29(10):1927-1953. [ Links ]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">2. Vieira FS. Crise econômica, austeridade fiscal e saúde:
que lições podem ser aprendidas? Brasília: Ipea; 2016. [Nota técnica]. [ Links
]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">3. Monteiro MG. Trayectoria y cambios de dirección em las
políticas públicas: análisis de la reforma del sistema sanitario brasileño
(1975-2015) [tesis]. Barcelona: Universitad Autónoma de Barcelona; 2016. [
Links ]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">4. Melo MFGC. Relações público-privadas no sistema de saúde
brasileiro [tese]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas; 2017. [ Links ]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">5. Sestelo JAF. Planos e seguros de saúde do Brasil de 2000
a 2015 e a dominância financeira [tese]. Rio de Janeiro: Universidade Federal
do Rio de Janeiro; 2017. [ Links ]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><span lang="ES-AR" style="mso-ansi-language: ES-AR;">6. Paim JS.
Reflexiones teóricas sobre sujetos de la práxis y sujetos de la antítesis para
la Reforma Sanitaria Brasileña. </span>Salud Colectiva 2017; 13(4):599-610. [
Links ]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">7. Testa M. Pensamento estratégico e lógica de programação.
O caso da saúde. São Paulo, Rio de Janeiro: Hucitec, Abraco; 1995. [ Links ]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232018000601723&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232018000601723&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt</a></span></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-64555501602174998202018-06-28T11:57:00.000-03:002018-06-28T11:57:18.242-03:00Percentual de homens com diabetes cresce no Brasil<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRQ9VrktENIczFAxPTqztfe2SWl4UDlnJqz3whc03kl2f5lYFJO3XzE53854b9ZlnJqjMKtE1xqKfEpRQTBaiueOcVnpIZFyI8wD_E3cjqwtl0sXKeQcbMWTYc3qrMrmU_wmvY0bQuqfo/s1600/diabetes.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="555" data-original-width="828" height="428" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRQ9VrktENIczFAxPTqztfe2SWl4UDlnJqz3whc03kl2f5lYFJO3XzE53854b9ZlnJqjMKtE1xqKfEpRQTBaiueOcVnpIZFyI8wD_E3cjqwtl0sXKeQcbMWTYc3qrMrmU_wmvY0bQuqfo/s640/diabetes.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;"><i>Estudo inédito do Ministério da Saúde mostra que a diabetes
cresceu 54% na população masculina, nos últimos 11 anos<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O percentual de homens que apresentaram diagnóstico médico
de diabetes aumentou 54%, entre os anos de 2006 e 2017. Os dados da Pesquisa de
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel) servem para alertar a população no Dia Nacional de
Controle do Diabetes, celebrado anualmente no dia 27 de junho. Há 11 anos, o
percentual de homens que tinham sido diagnosticados com a doença era de 4,6%,
agora o índice passou para 7,1%. Apesar de apresentarem percentual mais elevado
em 2017, as mulheres (8,1%) tiveram um crescimento de 28,5% no mesmo período.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">“O diabetes é uma doença crônica que pode ser evitada, desde
que hábitos saudáveis, como uma alimentação adequada e a prática de atividade
física, sejam adotados. O objetivo do Vigitel é monitorar anualmente esses
fatores de risco e proteção para doenças crônicas e, com isso, acompanhar
indicadores de saúde que dão subsídio a formulação e reformulação de políticas
públicas", declarou Marta Coelho.</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAV4Ed2C3j2qowFd5UtYF-nAgLcojKV_vFt2RpFB6xuVUF7EjJEcMMy5Yh_taJp1_lpTXeegzw5KB8GTQQCjWqGQd298gR3twINuDqFYnJiri2O9dnwoajyyhtzX4X8mf5X94srC-0roI/s1600/diabetes1489546370.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="333" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAV4Ed2C3j2qowFd5UtYF-nAgLcojKV_vFt2RpFB6xuVUF7EjJEcMMy5Yh_taJp1_lpTXeegzw5KB8GTQQCjWqGQd298gR3twINuDqFYnJiri2O9dnwoajyyhtzX4X8mf5X94srC-0roI/s1600/diabetes1489546370.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A pesquisa trouxe, também, que o indicador de diabetes
aumenta com a idade, principalmente entre idosos com mais de 65 anos (24%) e é
maior entre os com menor escolaridade, que frequentaram a escola por até oito
anos (14,8%). Já entre as capitais, a frequência do diagnóstico médico de
diabetes variou entre 4,5% em Palmas e 8,8% no Rio de Janeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Quando comparamos os sexos, os homens de Boa Vista (9,0%),
Belo Horizonte (8,6%) e Porto Alegre (8,3%), possuem os maiores percentuais,
enquanto que os de Palmas (3,7%), Cuiabá (4,2%) e Teresina (4,6%), os menores.
Entre mulheres, o diagnóstico de diabetes foi mais frequente em Vitória (10,3%),
Rio de Janeiro (10,3%) e Recife (8,8%), e menos frequente em Palmas (5,1%),
Macapá (5,2%), Florianópolis (5,6%) e São Luís (5,6%).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Entre 2010 e 2016, o diabetes já vitimou com óbitos 406.452
pessoas no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyPulb6dn0bjR7wKOqVVjRJgo6ZUHX78UUmhCQ_bFO0VQFZpDmLVdJ4vgVgHJzlP-I1MoWTpancPoZH9o3sqr_zgGc1380edJJqydJzDAvxMZ34vMMSe5fZtV84wAgyWMPGGD0sZMY8fc/s1600/%25C3%2589-direito-do-paciente-com-diabetes..png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="650" data-original-width="650" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyPulb6dn0bjR7wKOqVVjRJgo6ZUHX78UUmhCQ_bFO0VQFZpDmLVdJ4vgVgHJzlP-I1MoWTpancPoZH9o3sqr_zgGc1380edJJqydJzDAvxMZ34vMMSe5fZtV84wAgyWMPGGD0sZMY8fc/s1600/%25C3%2589-direito-do-paciente-com-diabetes..png" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Tratamento do diabetes no SUS</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único
de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, já na atenção básica - porta de entrada do
SUS, atenção integral e gratuita, desenvolvendo ações de prevenção, detecção,
controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas. Para
monitoramento do índice glicêmico, ainda estão disponíveis nas unidades de
Atenção Básica de Saúde reagentes e seringas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O programa Aqui Tem Farmácia Popular, parceria do Ministério
da Saúde com mais de 34 mil farmácias privadas em todo o país, também distribui
medicamentos gratuitos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e
insulinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><a href="http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/43717-numero-de-homens-com-diabetes-cresce-no-brasil" target="_blank">Leia matéria completa no portal do Ministério da Saúde</a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Texto: Agência Saúde/ASCOM/GM/MS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><a href="https://integrams.saude.gov.br/internal/#/news/23764">https://integrams.saude.gov.br/internal/#/news/23764</a></span></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-23325715110929697332018-06-20T12:34:00.000-03:002018-06-20T12:34:08.745-03:00Seus dados de saúde são um supernegócio<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmG577cGJHRawsV5vkf8F5TvuyTV5c9f6K1uraYncmGxeiJWEvsd7SjH_NWyeMjiT-Izc_09wiT9IflDe1izBSvy0pt4GgzySq2Ve9QhytTCA0n1NHduWcKsbtEB6rr-iRbZxg99jYf08/s1600/pirataria+inf.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmG577cGJHRawsV5vkf8F5TvuyTV5c9f6K1uraYncmGxeiJWEvsd7SjH_NWyeMjiT-Izc_09wiT9IflDe1izBSvy0pt4GgzySq2Ve9QhytTCA0n1NHduWcKsbtEB6rr-iRbZxg99jYf08/s640/pirataria+inf.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #0b5394; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><i>Matéria do Outra Saúde informa que empresas buscam
informações sobre a saúde e o adoecimento de pessoas comuns, buscando fomentar
seus negócios</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Você sem dúvidas soube quando estourou o escândalo
Facebook-Cambridge Analytica e uma complicadíssima relação entre o tratamento
de dados e o direcionamento de campanhas políticas veio à tona. Mas sabia que,
até aquele momento, o Facebook sondava hospitais e outras instituições de saúde
propondo o compartilhamento de informações dos usuários (sem o consentimento
deles)? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Não era uma tentativa isolada de aproximação com a saúde,
nem no próprio Facebook, nem em outras grandes empresas de comunicação e
informação. Esta semana, o Outra Saúde aborda o grande negócio do tratamento de
dados dessa área. Na realidade, coleta e tratamento são atividades importantes
e mesmo necessárias em termos de saúde pública - a formulação de políticas, por
exemplo, pode e deve fazer bom uso dela. Mas quais são os riscos? </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><a href="https://outraspalavras.net/outrasaude/2018/06/20/quando-o-prontuario-e-um-livro-aberto/" target="_blank">Segue a reportagem de Raquel Torres</a>.</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal">
<b style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-large;">===========================</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Quando o prontuário é um livro aberto</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-large;"><b><i>Por Raquel Torres, do Outra Saúde | 20 de maio de 2018 </i></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-large;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><b><i><span style="color: #6aa84f; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Coleta
e venda de dados de saúde é negócio multibilionário e de contornos opacos.
Tramita no Congresso um projeto de lei que pode ajudar a garantir privacidade</span><span style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><o:p></o:p></span></i></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsxzcwG04Yx8TuYrzWKi_Zhm3lV1iV8fMUAIU6zjWJlgxSR_ju7qH6CsscGCzsF7eg6daihbNDHpiZvMap-qJDqDAOJlrExWt7JvAli7hjFa2U7pN4tOOP7TKBrKAexfr_Iz2vm1Clmt0/s1600/FaceInfo2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="349" data-original-width="628" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsxzcwG04Yx8TuYrzWKi_Zhm3lV1iV8fMUAIU6zjWJlgxSR_ju7qH6CsscGCzsF7eg6daihbNDHpiZvMap-qJDqDAOJlrExWt7JvAli7hjFa2U7pN4tOOP7TKBrKAexfr_Iz2vm1Clmt0/s1600/FaceInfo2.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O mundo todo repercutiu a notícia quando, em março deste
ano, soubemos que informações de dezenas de milhões de perfis do Facebook
tinham vazado e ficado à disposição da empresa de análise de dados Cambridge
Analytica. O escândalo foi ainda maior porque os dados, em sua maioria
coletados sem consentimento por meio de um teste de personalidade, serviram
para direcionar propagandas políticas e tiveram papel relevante tanto na
campanha eleitoral de Donald Trump, nos Estados Unidos, como na votação do
Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia. Aqui no Brasil, 443 mil
perfis foram afetados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Mas bem menos comentado foi o fato de que, até aquele
momento, o Facebook sondava hospitais e outras instituições de saúde dos
Estados Unidos propondo o compartilhamento de informações dos usuários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A ideia era cruzar dados fornecidos pelas instituições —
como idade, doenças e prescrições — com o material existente no próprio
Facebook, para teoricamente ajudar a identificar pacientes que precisassem de
cuidados especiais. Mas, qualquer que fosse a intenção, havia ao menos um
problema bem grave: em nenhum momento foi aventada a necessidade de informar os
pacientes ou, menos ainda, de pedir sua permissão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Na verdade, o projeto inteiro era secreto e só veio à tona
com uma reportagem de Christina Farr, no site CNBC, a quem um porta-voz da
empresa confirmou a história: “Este trabalho não passou da fase de planejamento
e não recebemos, compartilhamos nem analisamos dados de ninguém”, garantiu. O
Facebook também disse em nota que, após a questão da Cambridge Analytica, havia
decidido “pausar” essas discussões. Mas não falou nada sobre encerrá-las.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Nossos dados de saúde estão por toda parte, na internet e
fora dela: são registros médicos, cadastros em farmácias, históricos de
navegação, interações em blogs, sites e redes sociais. Isso não é
necessariamente ruim —individualmente, ninguém nega o quanto novas tecnologias
podem facilitar a vida e, no plano coletivo, processar e cruzar dados é
necessário e importante. “Precisamos dar aos profissionais de saúde
determinadas informações que influenciam o tratamento e pesquisadores precisam
desses dados: eles são fundamentais para o tratamento científico e inclusive
para a formulação de políticas públicas de saúde”, diz o sociólogo Sergio
Amadeu da Silveira, professor da Universidade Federal do ABC e autor do livro
Tudo sobre tod@s: Redes digitais, privacidade e venda de dados pessoais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Mas vira um problema quando não sabemos que nossas
informações estão sendo coletadas, não damos consentimento para isso e nem
mesmo temos muita ideia sobre como e para quê exatamente elas serão
usadas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Muitas empresas estão de olho
nesse mercado. Uma farmácia por exemplo tem dados de todas as vezes em que
fiquei gripada, quais os remédios que compro sempre. Informações a respeito dos
meus hábitos servem para traçar meu perfil de saúde, e o uso disso foge ao meu
controle”, alerta Bárbara Simão, pesquisadora de direitos digitais do Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Ela lembra que dados de saúde são
considerados sensíveis, porque são propensos a causar discriminação ou
estigmatização — por isso mesmo existe o siglo médico. Sergio arremata: “Tem
que haver um regulamento específico. E é preciso usar a tecnologia para
registrar quem acessou as informações e quando, para não permitir que o acesso
vá além do necessário para determinado tratamento ou pesquisa. Essa é a
questão”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2nOgY9DHSoiYRhbYEg4iCsOucXYEUk3ognKgbNDbBUqOI6endO669vdCOo3LnQMJWqICUpN8GEB3U8Md46UeovWEDSwHA0-5VJhPrShYV9zPOw-TeH64-xshwFD19iVoXMQRvUCknK8o/s1600/olho+venda+dados+pessoais.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="448" data-original-width="672" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2nOgY9DHSoiYRhbYEg4iCsOucXYEUk3ognKgbNDbBUqOI6endO669vdCOo3LnQMJWqICUpN8GEB3U8Md46UeovWEDSwHA0-5VJhPrShYV9zPOw-TeH64-xshwFD19iVoXMQRvUCknK8o/s1600/olho+venda+dados+pessoais.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">No último dia 25, entrou em vigor o Regulamento Geral de
Proteção de Dados da União Europeia, aprovado dois anos atrás. Logo depois, no
dia 29, aqui no Brasil a Câmara aprovou um projeto de lei de proteção de dados
que guarda muitos pontos em comum com o europeu. Segundo os pesquisadores
ouvidos pelo Outra Saúde, o texto é forte e sua aprovação nos termos atuais vai
representar um grande avanço no direito à privacidade. Mas ainda há um longo
caminho no Senado, onde tudo pode mudar. E, no momento, a legislação brasileira
é frágil em relação a isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Terra de ninguém</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">As conversas entre o Facebook e os hospitais dos EUA não
foram uma demonstração isolada de seu<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>interesse na saúde. Desde 2015 existe o Facebook Health, uma equipe que
se dedica a aproximar esta empresa da indústria farmacêutica, e em junho do ano
passado aconteceu o primeiro Facebook Health Summit, um evento bem restrito (e
pouquíssimo noticiado) que teve como convidados profissionais de marketing
dessa indústria. A ideia era atrair um mercado que, embora gaste bilhões de
dólares todos os anos em diversas forma de publicidade, ainda está afastado de
mídias digitais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A rede social não está sozinha nas buscas por espaço na
saúde. O Google já teve uma plataforma chamada Google Health em que os usuários
poderiam colocar todos os seus registros médicos na nuvem. A coisa acabou não
engrenando, porque pouca gente usava, e a iniciativa foi encerrada em 2011. Mas
o grupo Alphabet, conglomerado do qual o Google é subsidiário, segue atuando em
diversas frentes na área.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Tem, por exemplo, a Verily (antes chamada Google Life
Sciences), que, segundo seu site, se dedica justamente a criar ferramentas para
coletar e organizar dados de saúde. Ela já fez parcerias para pesquisas com a
farmacêutica Sanofi e com universidades como Harvard e, no ano passado, lançou
(junto ao próprio Google, entre outros parceiros) um ambicioso projeto para
monitorar a saúde de 10 mil pessoas durante quatro anos. “Nós mapeamos o mundo.
Agora vamos mapear a saúde humana”, anuncia o site do projeto Baseline, por
onde voluntários podem se inscrever. De sangue e urina ao genoma, de batimentos
cardíacos à qualidade do sono: nada deve deixar de ser oferecido, não só por
meio de testes convencionais mas também pelo uso constante de dispositivos
tecnológicos, como relógios usados exclusivamente no experimento para medir a
atividade do corpo — aliás, já existem no mercado relógios/pulseiras com essa
possibilidade de monitoramento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Para Sergio Amadeu, o interesse não é surpreendente, mas
ainda assim é digno de nota. “O Google tem o conteúdo dos e-mails, mesmo os
deletados, de todo mundo que usa Gmail, tem os trajetos que você percorre no
Google Maps, tem agendas… Agora, também oferece para escolas e universidades o
Google for Education. Já há escolas infantis em que as crianças têm seu
desenvolvimento, conceitos e avaliações dispostos em uma plataforma do Google
específica para isso. Sabemos que o principal artigo do Google são os nossos
dados pessoais, mas coletar dados de saúde e do desenvolvimento infantil é um
absurdo”, avalia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O advogado Rafael Zanatta que, assim como Bárbara, é
pesquisador do Idec,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aponta que o
“e-health” é um mercado “gigantesco” e as possibilidades de monetizar dados de
saúde são muito grandes. Ele lembra um artigo publicado recentemente no
Pharmaceutical Journal que traz, no título, a pergunta: Big data poderia ser o
futuro da Farmácia? “O artigo sustenta a tese de que todas as unidades de saúde
que coletam dados de consumidores têm potencial para se tornarem empresas de
análise de dados. Poderiam se tornar instituições cujo produto seria não apenas
a venda de medicamentos e serviços, mas também a inteligência que analisaria os
medicamentos comprados, estabelecendo padrões de comportamento, de tratamento,
ou seja, invertendo a pesquisa médica. Você passa a ter hospitais e farmácias
transformados em unidades de big data”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Zanatta conta um caso que ganhou relevo no Reino Unido. O
seu sistema público de saúde, o National Health Systems (NHS), compartilhou
dados de 1,6 milhões de pacientes com a DeepMind, uma empresa de inteligência
artificial também subsidiária do Alphabet. O objetivo era criar, testar e
implementar um aplicativo para detecção de problemas renais — e os pacientes
não foram informados. “Abriu-se uma investigação e um enorme debate. Vários
representantes da House of Lords [ou Câmara dos Lordes, a câmara alta do parlamento
britânico ] se manifestaram contra, dizendo que aquilo era basicamente a
entrega completa da infraestrutura de dados do NHS para uma grande empresa
privada, com fins lucrativos”, lembra o pesquisador. A investigação do
Information Commissioner’s Office concluiu que o compartilhamento de dados foi
ilegal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD1rRsz4XUMLCXt80DLBqRbdfzyQJ9Nn5TASLoku79wbfdrpbICY9z7Ez809SioaM_rHS-Z1Y4CCDEN2Bv3xyYK0TKl4g9zmhlVSCAodH6SmWdr8KYIuJlvkTb2kEEVMxyEEQNhnRXXwA/s1600/comercio+ilegal+de+muni%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="323" data-original-width="500" height="413" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD1rRsz4XUMLCXt80DLBqRbdfzyQJ9Nn5TASLoku79wbfdrpbICY9z7Ez809SioaM_rHS-Z1Y4CCDEN2Bv3xyYK0TKl4g9zmhlVSCAodH6SmWdr8KYIuJlvkTb2kEEVMxyEEQNhnRXXwA/s640/comercio+ilegal+de+muni%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /><span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">Comércio ilegal de informações é tão ou mais grave <br />do que o comércio ilegal de armas e munições </span><br /><br /></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Também no Reino Unido, houve um recuo na busca de contratos
com empresas de propaganda depois que uma investigação levou à aplicação de
multa sobre uma farmácia online chamada Pharmacy2U. “Conseguiram evidências de
que ela havia vendido dados sensíveis de 20 mil clientes para um conjunto de
empresas de marketing. Foi o primeiro caso de uma investigação desse tipo em um
farmácia. E isso foi disseminado na União Europeia, para que as outras autoridades
ficassem de olho”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O advogado comenta ainda um caso brasileiro de fora da
saúde, mas que diz muito sobre como a relação público-privado pode ir longe em
relação à coleta de dados. Em março, o governo do estado de São Paulo lançou o
Sistema Estadual de Coleta e Identificação Biométrica Eletrônica. Só que esse
banco de dados vai ficar acessível aos órgãos de proteção do comércio, para
identificar, no ato da compra, a identidade dos consumidores. “Isso vai ser
feito mediante pagamento à Imprensa Oficial do Estado de São Paulo”, diz
Rafael. Serão R$ 0,43 por consulta, sendo que o valor cai conforme aumenta o
número de consultas, podendo chegar a 0,03. “Isso tem ‘n’ problemas. Ninguém
conhece bem o sistema, ninguém sabe se os padrões de segurança estão adequados.
E, não menos importante, as pessoas não consentiram que o estado pode ganhar
dinheiro em cima dos dados delas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Difícil previsão</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O problema da informação e do consentimento, para o
pesquisador, é crucial. E o pior é que é difícil prever hoje o que pode
acontecer no médio e no longo prazos. A propaganda direcionada de produtos é
talvez o resultado mais evidente, e todo mundo já se deparou com anúncios
relacionados a temas de conversa. “Mas, em 2012, ninguém pensava que testes de
personalidade no Facebook poderiam impactar eleições. Não se imaginava que
aqueles testes gerariam coleta de dados para isso. Tem um problema grave que é
a nossa incapacidade da reflexão no longo prazo. Mas, se não pensarmos em todos
os riscos, ficamos presos à dimensão presente, e aí ganha sempre o argumento da
inovação”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">No início do ano, a Vice publicou uma reportagem de Brunno
Marchetti que questionava o porquê de diversas redes de farmácia incentivarem o
cadastro de consumidores, por meio do CPF, para concessão de descontos. Não
havia muitas certezas, mas indagações e suspeitas não faltavam: segundo a
matéria, é bem razoável pensar que dados de prescrições podem ser usados para
criar perfis dos consumidores, por sua vez vendidos para terceiros, que podem
fazer discriminações com base nesses perfis. Alguém pode não ser contratado em
um emprego devido a determinada condição de saúde que não seria conhecida de
outra forma, por exemplo. Ou o plano de saúde pode avaliar o risco (e a
mensalidade) de um futuro cliente com base nos remédios que ele anda
consumindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Em Porto Alegre, o Procon tem razões para crer que está
sendo montado um grande banco de dados sobre medicamentos de uso continuado.
“Sabemos que o site de um fabricante oferece às pessoas a possibilidade de se
cadastrar para receber até 60% de desconto. Para isso, é preciso fornecer
informações que vão desde o endereço pessoal até o CRM do médico que receitou o
remédio”, diz Sophia Vial, diretora da instituição. “Por que esse tipo de
informação poderia ser realmente necessário? Precisamos entender por que e de
que modo esses dados são coletados e usados. Um desconto de 50%, 60%
dificilmente é conseguido. É no mínimo estranho. Qual o valor destes dados?
Será que estão sendo vendidos para planos de saúde? Será que os pacientes sabem
disso?”, pergunta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFbW8zYlew8nuicnX81oD4EmR50y5-prWh_ChYYWW2j1RufjSEaAc3cV6c0NCMNfcdADmwRfNBZsd1ev0Wuqbis0ffWs98Epfxnlj5zweApJZjq1fIDdwGiWULq5Q9Locp9fpd8w6YlFY/s1600/comercio+ilegal+filmes.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFbW8zYlew8nuicnX81oD4EmR50y5-prWh_ChYYWW2j1RufjSEaAc3cV6c0NCMNfcdADmwRfNBZsd1ev0Wuqbis0ffWs98Epfxnlj5zweApJZjq1fIDdwGiWULq5Q9Locp9fpd8w6YlFY/s640/comercio+ilegal+filmes.jpeg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /><span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">Piratear filmes não pode. Piratear informações pode?</span><br /><br /></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Para Sergio Amadeu, os ótimos descontos oferecidos em troca
do CPF indicam o quanto os dados pessoais são preciosos. “Seguros e planos de
saúde compram dados, e isso tudo visa a aumentar o poder de negociação dessas
corporações diante dos cidadãos. Empresas têm mais força do que pessoas, isso é
básico. Numa negociação, quando um dos lados tem muitas informações e você tem
quase nada, obviamente você sai prejudicado”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Melhor que ouro</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O mercado de dados da saúde é obscuro, mas não secreto. Nos
Estados Unidos, há vários anos é descrita a atuação na saúde de ‘data brokers’,
empresas que coletam informações de fontes públicas e privadas e as vendem. A
IMS Health (que há dois anos se fundiu com a Quintiles, gerando a IQVIA) é a maior
e, segundo esta matéria da Exame, a empresa tinha em 2014 informações sobre 85%
de todas as receitas médicas prescritas ao redor do mundo (há escritórios no
Brasil).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Além dos planos e seguros de saúde, citados por Sergio
Amadeu, quem também aprecia as compras é a indústria farmacêutica. Neste texto,
Adam Tanner, autor do livro Our Bodies, Our Data (Nossos corpos, nossos dados,
sem edição em português) conta que a Pfizer, por exemplo, gasta 12 milhões de
dólares por ano comprando dados. Ele também explica que, mesmo que eles sejam
vendidos sem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nome e documento de
identificação, é possível vincular informações de modo a identificá-las e,
assim, direcionar anúncios específicos pela internet.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o autor
explica melhor o processo: “No consultório médico, você fecha a porta e pensa:
estou dizendo ao meu médico meus segredos mais íntimos e apenas meu médico sabe
disso. Mas eles são vendidos”: dados como sexo, idade, doenças e endereço são
cruzados com perfis de consumidores existentes em outros bancos, como os de
farmácias — que têm identificação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">E os problemas vão além da coleta dos dados privados que damos
nos diversos serviços de saúde e nas farmácias. “Há muita gente investindo no
acesso e na coleta de informações que estão públicas na internet. Tentam cruzar
informações, e investem em análise de dados para tentar vender par outros
atores”, diz Rafael. Postagens públicas em redes sociais, curtidas,
comentários, interações com sites jornalísticos e blogs, postagens em blogs
pessoais, enfim, a lista não termina. “Rastreiam centenas de milhares de
páginas por dia, depois montam um grande grupo de matemáticos, estatísticos e
engenheiros para extrair desses dados algum tipo de informação de risco. Em
seguida, fazem a segmentação dos perfis comportamentais, mesmo que sem
informações pessoais. E listas de clientes para encontrar perfis semelhantes”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Segundo Rafael, a categorização de empresas de intermediação
de dados é “mal resolvida mundialmente”: “Não temos como saber quem é quem,
quem faz o quê — todas se registram apenas como empresas de tecnologia. A cada
instante a capacidade de análise de dados aumenta brutalmente, assim como a
capacidade de segmentação inclusive de perfis financeiros e de risco. Analisam
por exemplo se você sai muito para a balada, se fuma, o que bebe, o que come,
para gerar informações de risco a seu respeito. Esses mercados trocam muito
intensamente essas tecnologias, e têm uma capacidade de interferência e
manipulação brutal do comportamento humano”, diz, alertando: “Precisamos saber
o que está acontecendo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMKhhD5Nc65woqH3osKl-hUlofX-ZvCyQY1U63X-qW4iIOlrawzlMkVsM6dhzCNhqXT7BVwUuacZV67UHBwku-AT-Zy3F8EFvuwgLBoqdnqnyR3NU01IjMabGjs7QI-eKYLEx1_GYUSz0/s1600/sa%25C3%25BAde+dinheiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="368" data-original-width="959" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMKhhD5Nc65woqH3osKl-hUlofX-ZvCyQY1U63X-qW4iIOlrawzlMkVsM6dhzCNhqXT7BVwUuacZV67UHBwku-AT-Zy3F8EFvuwgLBoqdnqnyR3NU01IjMabGjs7QI-eKYLEx1_GYUSz0/s640/sa%25C3%25BAde+dinheiro.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>A proteção atual</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Esse tipo de mercado tem sido alvo de preocupação do Idec há
algum tempo, e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Rafael explica que o grau
de proteção dos brasileiros em relação à sua privacidade ainda é muito baixo.
“A proteção hoje se dá por uma espécie de ‘colcha de retalhos’”, diz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Há dois anos, o Brasil alcançou alguns avanços com o Marco
Civil da Internet. Essa lei diz que a coleta, o uso, o armazenamento e o
tratamento dos dados pessoais dos usuários só podem ser usados para finalidades
que “justifiquem sua coleta, não sejam vedadas pela legislação e que estejam
especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de
aplicações de internet”. Há outras leis que vão nesse sentido — a própria
Constituição diz que a privacidade é inviolável. Mesmo assim, ainda não há nenhuma
que diga, com todas as letras, que não é permitido vender informações. Nem
mesmo o Marco Civil, que não é especificamente voltado para a proteção de dados
e se restringe à internet, não abarcando o mundo offline.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">“Em março, lançamos os resultados de uma pesquisa sobre o
mercado de intermediação entre médicos e pacientes por meio de aplicativos no
Brasil [que se popularizaram como ‘uber’ dos médicos]. Como o Marco Civil tem
regras bem fortes em relação a isso, conseguimos, por assim dizer, “falar grosso’
com essas empresas, que reconheceram os problemas. Mas no mundo fora da
internet, diante da legislação atual, isso não seria possível. As farmácias,
por exemplo, não estão na internet, então ficam em um limbo”, exemplifica ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Atento e forte</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Para Sergio Amadeu, o único modo de limitar a coleta
“indiscriminada e perigosa” de dados por corporações ou governos é com
legislações que protejam os dados pessoais e institucionais. “Se você não tem
regras aprovadas ou aceitas pela sociedade transformadas em lei que limitam o
mercado, esse mercado vai avançar utilizando os dispositivos tecnológicos que
permitem obter cada vez mais informações das pessoas — tanto informações
públicas como privadas, e algumas muito sensíveis”, diz ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Assim, quanto mais a legislação resguarda a privacidade das
pessoas, menor é o espaço que o mercado tem para a compra e a venda de dados.
“Por outro lado, quanto menores forem as garantias dadas aos cidadãos pela
legislação, maior será o mercado, maiores serão as possibilidades de coleta,
processamento e cruzamento. Independentemente de esses dados serem obtidos na
internet ou offline, como em postos de gasolina, bancos ou farmácias”,
salienta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A Lei Geral de Proteção de Dados, que tramita no Congresso,
busca dar conta dessas brechas: no fim de maio, a Câmara aprovou o PL 4060/12
e, neste momento, com um novo número (PLC53), o texto aguarda avaliação do
Senado. Se for aprovado, empresas e outras instituições vão precisar do
consentimento expresso dos usuários para coletar, usar e compartilhar seus
dados, e a multa pelo uso indevido vai ser de 4% do faturamento da empresa, com
teto de R$ 50 milhões. No caso da realização de estudos em saúde pública, o
texto diz que instituições de pesquisa podem acessar bases de dados pessoais,
mas que eles devem ser tratados em ambiente controlado e seguro. Será proibido
compartilhar dados da saúde para obter vantagem econômica, a não ser que o
titular dos dados permita. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O projeto se aperfeiçoou desde que foi apresentado, em 2012
e o substitutivo do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator da proposta,
prevê a criação de uma autoridade nacional com atribuição de fiscalizar e punir
responsáveis pelo mau uso de informações pessoais.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O mesmo órgão deve ficar responsável por
determinar como deve ser a coleta e o tratamento desses dados. “Dificilmente se
conseguiria o cumprimento das regras sem uma instituição responsável”, avalia
Sergio Amadeu, afirmando que o texto busca proteger efetivamente a privacidade
sem “criar um engessamento total” do tratamento de dados. “Também avança, por
exemplo, ao definir o que é dado pessoal, entendido como sendo não apenas o da
identidade civil, mas qualquer dado que possa vir a identificar alguém”,
explica Sergio Amadeu. Isso é importante porque, como vimos, dados teoricamente
anônimos podem ser cruzados com outros e permitir a identificação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Outro ponto positivo é ressaltado por Bárbara Simão: o
princípio da minimização da coleta de dados: “Só os dados estritamente
necessários à atividade de determinada empresa ou instituição serão
considerados adequadamente coletados”, explica ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Embora a votação na Câmara tenha sido tranquila, as
discussões no Congresso e no governo em torno do tema nem sempre são. Bárbara
explica que elas vêm acontecendo desde 2011, e que diversos projetos surgiram
no Congresso além do que foi finalmente aprovado. “O PL 5276 foi um deles. Ele
foi escrito com bastante participação social e apresentado em 2016 pelo
executivo, ainda no governo de Dilma Rousseff, em regime de urgência. Depois do
impeachment, a urgência foi retirada e ele foi apensado a outros mais antigos.
Por fim, todos foram analisados juntos, sob o PL 4060”, explica ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Em paralelo, corria no Senado o PL 330, tratando do mesmo
tema. “O governo federal começou a negociar a aprovação do texto do Senado,
julgando ser melhor para seus interesses”, diz Bárbara. Isso porque, como
explica Rafael, este projeto não incluía os dados coletados pelo setor público.
“Criava-se um campo de exceção para eles”, pontua o pesquisador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Segundo Bárbara, após o caso Cambridge Analytica o debate
voltou a ganhar relevo e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>discussão
avançou rápido nas duas casas. “Na última semana de maio, foi aprovado um
requerimento de urgência para ambos. Os dois projetos entraram em votação no mesmo
dia, e nós, no Idec, achávamos que o do Senado passaria antes. Mas a sessão no
Senado terminou mais cedo, sem essa votação, e a Câmara teve uma sessão
extraordinária à noite, aprovando o PL 4060”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4KkE-oOFUrNrhyHNpstDrnvGyTdTLH1pRdHfCwEfiqnjJJJQMt0hbkMadubOu4tjfEWUvlPVx-XSOyNcxm58Yh-F7Wwhc3QqgMIHjI89_axM-WDDkkMVyKhGmblwDdtUvTvNhvZnAsyM/s1600/caso+de+pol%25C3%25ADcia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="326" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4KkE-oOFUrNrhyHNpstDrnvGyTdTLH1pRdHfCwEfiqnjJJJQMt0hbkMadubOu4tjfEWUvlPVx-XSOyNcxm58Yh-F7Wwhc3QqgMIHjI89_axM-WDDkkMVyKhGmblwDdtUvTvNhvZnAsyM/s1600/caso+de+pol%25C3%25ADcia.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Como agora o projeto está no Senado para avaliação e
aprovação, ele ainda pode ser alterado no sentido de tornar-se mais próximo do
PL 330. “O risco de piorar existe e é razoavelmente grande”, diz Rafael. “Se
empresas e sociedade civil conseguirem pressionar pelo PL da Câmara, ele ganha
força. Se o governo e parte do setor privado conseguir pressionar pelo PL
330,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o 4080 fica mais frouxo”, diz
Rafael. Mas a ‘vantagem’ é sempre da casa de origem, o que explica a correria
para ver quem aprovava primeiro: se o PL for alterado no Senado, precisa ser
analisado novamente pela Câmara, que pode ou não aceitar as alterações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Há alguns anos o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg,
declarou que a privacidade não é mais uma regra social. Porém, até aqui, isso
não tem sido uma escolha, mas uma imposição. “Só as próprias pessoas deveriam
poder abrir e negociar seus dados, usá-los a seu favor. O Estado e as
corporações têm que ser transparentes, e o indivíduo tem que ter proteção. O
oposto disso é uma inversão das premissas democráticas”, conclui Sergio Amadeu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>O regulamento europeu</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A Europa aprovou há dois anos o Regulamento Geral de
Produção de Dados, que começou a valer agora, em maio. Você deve ter percebido
que, ultimamente, um número enorme de sites apresenta janelas pop-up indicando
o uso de cookies e solicitando sua concordância — eles já estão se adequando às
regras europeias. “A Europa já tinha uma diretiva desde 1996 [a Diretiva de
Proteção de Dados Pessoais] , esse é um tema antigo por lá. Estamos atrasados
nessa discussão. O Regulamento Geral, agora, é um marco importante”, diz
Bárbara Simão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">“As empresas têm dois anos para se adequar a este
regulamento. A grande premissa é que você não pode ter seu dado coletado sem a
sua concordância, via de regra. E você tem o direito de saber por que aquele
dado está sendo coletado, quem está armazenando, como ele está sendo tratado e
com que objetivo está sendo tratado”, diz Sergio Amadeu, ressaltando que a
legislação é extensível a todas as empresas que fazem negócios na Europa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><a href="https://outraspalavras.net/outrasaude/2018/06/20/quando-o-prontuario-e-um-livro-aberto/">https://outraspalavras.net/outrasaude/2018/06/20/quando-o-prontuario-e-um-livro-aberto/</a></span></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-36102709038596296842018-06-20T11:45:00.000-03:002018-06-20T11:45:38.041-03:00Colide, mas não mata<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSj63yapMk4BcCnIn0wX4mXqBVgiFLEwiiLZxyh08ZsbOINFw7WKUdknhos17WJkxWm0zo4ZLVK-CYIfguOkH8Rt9vQFo2mD4KhAdyGoWMN-KzwsfrH4jeZBn9ApiYG6iGPERQ9UhX64s/s1600/accident-1497295_1280.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="968" height="416" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSj63yapMk4BcCnIn0wX4mXqBVgiFLEwiiLZxyh08ZsbOINFw7WKUdknhos17WJkxWm0zo4ZLVK-CYIfguOkH8Rt9vQFo2mD4KhAdyGoWMN-KzwsfrH4jeZBn9ApiYG6iGPERQ9UhX64s/s640/accident-1497295_1280.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><i><span style="color: #0b5394;"><br /></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><i><span style="color: #0b5394;">O Ministério da Saúde (MS) informa que os óbitos por
acidentes de trânsito diminuíram, mas, curiosamente, cresceu no Sistema Único de
Saúde (SUS) o número de internações de acidentados no trânsito</span></i> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O MS comemora a queda das mortes em acidentes de trânsito e </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: x-large;">atribui à Lei Seca o sucesso. Desde 2008, quando a Lei foi
implementada, e desde 2012, ano em que houve o endurecimento da Lei, as mortes
por conta do consumo de álcool no trânsito, os índices despencaram, segundo o Sistema
de Informações de Mortalidade (SIM) do SUS.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Porém, se há essa boa notícia, há outra, bem má. O número de
internações por acidentes com veículos automotores disparou. De 2008 para cá,
por exemplo, houve um aumento de 90%. Isso, na média, pois se tomarmos os
números por região, apenas a Sudeste teve aumento algo modesto, se comparado às
demais regiões do país: 49%. Na região Norte, os índices se elevaram em quase
300%! </span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Segue, abaixo, a relação das dez causas mais frequentes de acidentes em ruas e rodovias, segundo a página da tradicional revista <a href="http://www.ocarreteiro.com.br/confira-os-erros-mais-comuns-que-podem-ocasionar-acidentes/" target="_blank">“<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Carreteiro”</b></a>: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394;"><b>1. Excesso de velocidade:</b></span> Os condutores acabam acelerando
além do limite na via com a pressa causada pela rotina diária.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394;"><b>2. Esquecer o cinto de segurança:</b> </span>Apesar do uso obrigatório,
muitos negligenciam seu uso principalmente nos bancos traseiros.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: #0b5394;">3. Uma mão no volante:</span></b> Apesar de parecer inofensivo, ao
dirigir com apenas uma das mãos qualquer descuido pode levar à perda do
controle do veículo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: #0b5394;">4. Mudança repentina de faixa:</span></b> Na pressa, motoristas podem
mudar de faixa ou fazer manobras muito bruscas sem pensar em quem segue atrás.
É importante dirigir com calma, calculando possíveis imprevistos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394;"><b>5. Pouca distância de veículos: </b></span>Para prevenir colisões e
acidentes, é recomendável manter sempre uma distância segura de outros carros
na via.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: #0b5394;">6. Uso do celular: </span></b>Atender, falar ou teclar ao telefone
celular no veículo, mesmo utilizando o viva-voz, reduz a concentração do
condutor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394;"><b>7. Cansaço, fadiga e sono:</b></span> Dirigir com sono e cansado é uma
combinação extremamente perigosa, pois reduz o tempo de resposta, além de
correr o risco de sair da estrada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmn8gfxOajtPo0UzpT5ImdIxrXTJwLFc2_4jGquOT4d2CCPxILs8IYUWwoH8y8DAY652UMOVbNwpyyMXtxBEJMllYCiIHPa6YGYcLsATaGDBTFnO4MIivv9K5GkVc8gxWLRz35sBnB_DE/s1600/acidentetransito.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="712" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmn8gfxOajtPo0UzpT5ImdIxrXTJwLFc2_4jGquOT4d2CCPxILs8IYUWwoH8y8DAY652UMOVbNwpyyMXtxBEJMllYCiIHPa6YGYcLsATaGDBTFnO4MIivv9K5GkVc8gxWLRz35sBnB_DE/s1600/acidentetransito.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: #0b5394;">8. Consumir bebidas alcoólicas: </span></b>O álcool diminui a percepção
do perigo, retarda os reflexos, provoca sonolência e coloca em risco a vida do
condutor e de outras pessoas no trânsito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394;"><b>9. Não observar a via: </b></span>Dirigir sem prestar atenção nas
características da estrada, como curvas, número de faixas, tipos de
pavimentação e lombadas, pode levar a acidentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: #0b5394;">10. Falta de revisão do veículo:</span></b> Problemas como pneus
gastos, freios em más condições, folga de direção e suspensão empenada podem se
tornar muito perigosos em condições encontradas na estrada. É importante sempre
manter o veículo revisado.<o:p></o:p></span></div>
<br />luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-19290496383869861042018-06-14T18:06:00.000-03:002018-06-14T18:37:54.784-03:00Trocar SUS por CUS?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrLeXdlx28uZQIX4ETfHC4m95hmAmFo7kyn-1F0ZPnVNBGEahxIS2WzPnhLII8oLInBzA7pyaV06QA2Hfpdq8RWtWOmIwYd2VIyzT-tqCu4GxMjVRvNzbbBODgLLKDNKDV1ZH8T_dKn3M/s1600/4234a9d240c0d735989bfe2734ec0a64.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="744" data-original-width="640" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrLeXdlx28uZQIX4ETfHC4m95hmAmFo7kyn-1F0ZPnVNBGEahxIS2WzPnhLII8oLInBzA7pyaV06QA2Hfpdq8RWtWOmIwYd2VIyzT-tqCu4GxMjVRvNzbbBODgLLKDNKDV1ZH8T_dKn3M/s640/4234a9d240c0d735989bfe2734ec0a64.jpg" width="550" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<span style="color: #073763; font-family: "verdana" , sans-serif;"><b><span style="font-size: x-large;">Na foto, o cidadão avalia, em praça pública, </span><br /><span style="font-size: x-large;">a Cobertura Universal de Saúde da amiga</span><br /><span style="font-size: small;"><br /></span></b></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A proposta dos planos de saúde para substituir o Sistema
Único de Saúde, o SUS, é (não ria) a Cobertura Universal de Saúde, ou seja,
CUS. Se essa proposta vinga, daqui a um tempo vamos todos estar
tomando vacina no CUS, que, aliás, é uma proposta provavelmente inspirada no
que esse pessoal tem na cabeça para propor algo assim.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Apesar de ser um excelente motivo para piada, t</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">rata-se de coisa bem séria. É que a Organização Mundial da Saúde (OMS) está namorando firme com o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) (instituições comprometidas apenas com a multiplicação do capital e a ampliação
das desigualdades) e quer acabar de vez com os sistemas públicos de saúde, como
o SUS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: blue;">Idólatras do CUS -</span> </b>Segundo os idólatras dessa coisa que se intitula CUS, a
proposta é "o conceito mais poderoso que a saúde pública tem a oferecer” e
pretende ser, ainda, a “terceira transição sanitária global” e “Um caminho
fundamental para aumentar o acesso equitativo a cuidados de qualidade”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: blue;">Amantes do CUS - </span></b>Tudo isso parece realmente piada, e de mau gosto,
principalmente quando entendemos que o propósito fundamental disso que estão
chamando apropriadamente de CUS é nos fazer esquecer que “a saúde é direito de
todos e dever do Estado”. Para os amantes do CUS, é dever de cada um de
nós gastar o suficiente para satisfazer os direitos que empresários do setor acreditam ter. E
o Estado? Este fica livre para deixar a população entregue aos lobos e proteger
apenas os direitos do mercado financeiro.</span></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-64710669975841267002018-06-07T14:13:00.000-03:002018-06-07T14:13:50.477-03:00Governo e parlamentares querem potencializar planos de saúde em detrimento do SUS<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzwlHjufnBNpaPiyQBKtH8XKqCanFCWOGM0R21jfrd1j-jdJo4UQtkW5KKdi34XdV3WX3AxbNTHFvUIAa1h3m5rVRGA7KDTRHNpAtVu_leQudTqVdX3xk2oCd3jSAxSDlrUeWrEBcyNag/s1600/sa%25C3%25BAde+n%25C3%25A3o+%25C3%25A9+neg%25C3%25B3cio.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzwlHjufnBNpaPiyQBKtH8XKqCanFCWOGM0R21jfrd1j-jdJo4UQtkW5KKdi34XdV3WX3AxbNTHFvUIAa1h3m5rVRGA7KDTRHNpAtVu_leQudTqVdX3xk2oCd3jSAxSDlrUeWrEBcyNag/s640/sa%25C3%25BAde+n%25C3%25A3o+%25C3%25A9+neg%25C3%25B3cio.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">7 JUN 2018 | do Susconecta</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo fragilizado desde
2016. Ao mesmo tempo, uma proposta de “planos acessíveis” que une interesse do
atual governo e parte dos parlamentares quer potencializar o mercado de planos
de saúde. Por esse motivo, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizou nesta
terça (05/06) seminário “Planos de Saúde e o papel do controle social na
garantia da saúde como direito humano”, na sede do CNS, em Brasília.</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: x-large;">O evento foi organizado pela Comissão Intersetorial de Saúde
Suplementar (CISS) do CNS. A conselheira Shirley Morales, representante da
Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), alertou sore o Projeto de Lei Projeto
de Lei nº 7.419/2006, que flexibiliza as regras para os planos de saúde em
detrimento dos direitos dos consumidores. “Estão reduzindo nosso papel no
controle social, queremos debater sobre a saúde suplementar no Brasil. Essa
situação não está isolada, já estão falando sobre um novo sistema intitulado de
‘Sistema Nacional de Saúde’”, criticou.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4rqF5s3Nx5bGAsvOwNuZk8TdnZ9uB8-pnqMDd_r09UR9suUc8bCq8rZ4rZgjdRoGCSHTbVBepQhofHkVSiFs3_h-SYbz-oQBXIJJtKpeuMXotx8DbWaXNizM2QDGRoqMqymOkH2oC4qE/s1600/barros.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="297" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4rqF5s3Nx5bGAsvOwNuZk8TdnZ9uB8-pnqMDd_r09UR9suUc8bCq8rZ4rZgjdRoGCSHTbVBepQhofHkVSiFs3_h-SYbz-oQBXIJJtKpeuMXotx8DbWaXNizM2QDGRoqMqymOkH2oC4qE/s1600/barros.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A pesquisadora em saúde do Instituto em Defesa do Consumidor
(Idec), Ana Navarrete, afirmou que a preocupação da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) diante das possíveis mudanças tem sido pelo viés econômico e
não na qualidade assistencial do serviço. “Acessível significa preço baixo e
não acesso à saúde”, disse. Segundo ela, o setor de planos de saúde é campeão
de reclamações, chegando a 23,4% nos registros do Idec. Os principais motivos:
reajustes de valores e negativas de cobertura e serviços em saúde aos clientes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Davidson Tolentino de Almeida foi escolhido por Michel Temer
para exercer o cargo de Diretor da ANS, porém, o mesmo foi citado por um dos
investigados na “Operação Lava Jato”. Outro fato que a pesquisadora alerta é
que o relator do PL que flexibiliza regras aos planos de saúde é o mesmo da
Reforma Trabalhista: Rogério Marinho (PSDB/RN). “Num momento de cortes no SUS,
há uma expansão do mercado da saúde via desregulamentação”, criticou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O conselheiro Heleno Corrêa, do Centro Brasileiro de Estudos
de Saúde (Cebes), alertou sobre os graves ataques à Constituição de 1988 com a
fragilização do SUS. “Estamos vivendo um momento onde o que se negocia
prevalece sobre o que diz a lei. É um cenário neoliberal, que deixa a população
que não pode pagar um plano de saúde à míngua, já que o SUS vem sendo
fragilizado”. O seminário deve encaminhar uma proposta de recomendação para ser
aprovada no pleno do CNS contestando as indicações da presidência da república
para a diretoria da ANS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Principais críticas
do CNS ao PL nº 7.419/2006<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">1 – Introdução do princípio da “segmentação”, que deve
liberar a venda de planos segmentados, também chamados “acessíveis” ou “populares”;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">2 – Redução de coberturas e diminuição do rol de
procedimentos médicos e tratamentos que hoje são obrigatórios;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">3 – Alteração no Estatuto do Idoso e volta dos reajustes das
mensalidades de planos de saúde por faixa etária após 60 anos de idade;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">4 – Vários benefícios e vantagens para as empresas de planos
de saúde, incluindo diminuição no valor das multas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">5 – Mudança da lógica do ressarcimento das empresas ao SUS,
incentivando a “dupla porta”, ou seja: o atendimento de clientes de planos de
saúde nos serviços públicos sem que as empresas paguem ao SUS o valor dos
procedimentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><a href="http://www.susconecta.org.br/2018/06/governo-e-parlamentares-querem-potencializar-planos-de-saude-em-detrimento-do-sus/">http://www.susconecta.org.br/2018/06/governo-e-parlamentares-querem-potencializar-planos-de-saude-em-detrimento-do-sus/</a>
<o:p></o:p></span></div>
<br />luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-35264547882840608912018-06-07T13:17:00.000-03:002018-06-07T13:17:56.855-03:00Após 30 anos de história, SUS corre risco de não existir mais no Brasil<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHXlMpShkKxer4ELi_Ox4cohkZr8Zpe2t6jObxNPw_YHr2ptM81rfHz_XE897TuClsMgPWT5Gk4YhbvKJ8yp-SSvJuFu2nQSOqXYdXQgSm9QFQlBFOfG3bB3_sk4k3TQrAhRNBUwtN6sM/s1600/O-SUS-n%25C3%25A3o-%25C3%25A9-de-nenhum-governo-%25C3%25A9-do-povo-brasileiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="568" data-original-width="818" height="277" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHXlMpShkKxer4ELi_Ox4cohkZr8Zpe2t6jObxNPw_YHr2ptM81rfHz_XE897TuClsMgPWT5Gk4YhbvKJ8yp-SSvJuFu2nQSOqXYdXQgSm9QFQlBFOfG3bB3_sk4k3TQrAhRNBUwtN6sM/s400/O-SUS-n%25C3%25A3o-%25C3%25A9-de-nenhum-governo-%25C3%25A9-do-povo-brasileiro.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b>07 JUN. 2018 | </b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b><a href="http://www.susconecta.org.br/">www.susconecta.org.br</a></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O Sistema Único de Saúde (SUS) nasceu após a Constituição de
1988, fruto de muita luta dos movimentos populares e do controle social
brasileiro. Porém, desde 2016, uma das maiores políticas públicas do mundo vem
sendo fragilizada com cortes drásticos no orçamento. Por esse motivo, o
Conselho Nacional de Saúde (CNS) participou nesta terça (06/06) do seminário
que debateu o “Futuro do SUS num cenário de crise”, realizado pela Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Em 2015, a Emenda Constitucional 86/2015 retirou recursos do
pré-sal que eram destinados para saúde e educação. Em seguida, foi aprovada a
EC 95/2016, que congela o investimento para as duas áreas até 2036. Nos dois
últimos anos, uma série de mudanças foram feitas sem aval do CNS, responsável
constitucional pela deliberação sobre as políticas de saúde. Mudanças graves na
Atenção Básica, na Saúde Mental, no modelo de financiamento aos municípios e
estados, além da proposta do governo de potencializar os planos de saúde em detrimento
do SUS podem levar o sistema ao seu fim.</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: x-large;">O SUS é responsável pelo maior programa de vacinação do
mundo, maior cobertura de tratamento para pessoas que vivem com HIV/Aids, maior
distribuição de medicamentos, além de ser responsável por “90% da medicina de
alta complexidade”, como afirmou o deputado Jorge Solla (PT/BA). Arthur Chioro,
ex-ministro da saúde (2014-2015), em vídeo, disse que sem o SUS a população
brasileira pode chegar à barbárie. “É escandalosa e promíscua a relação que
está sendo construída com a saúde suplementar. É inadmissível deixar ao mercado
a responsabilidade de cuidar da população brasileira”, disse.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOgrsneUSRBWypzH8Lo3uc-Dkubjt3geR33tbKN9eOA8-YU6DbmsvHcmGg55u75eogLVJzduetQvTvPxIYXYZEfcFrZj4y8UXVx6xb2uSy95anlHenFeRAtbSfwr4eZOH2uFzbMkqfk4g/s1600/prioridade116576.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="291" data-original-width="474" height="392" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOgrsneUSRBWypzH8Lo3uc-Dkubjt3geR33tbKN9eOA8-YU6DbmsvHcmGg55u75eogLVJzduetQvTvPxIYXYZEfcFrZj4y8UXVx6xb2uSy95anlHenFeRAtbSfwr4eZOH2uFzbMkqfk4g/s640/prioridade116576.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Já o ex-ministro Ricardo Barros (2016-2018) disse que há uma
“divergência radical” dos posicionamentos do CNS, de parte dos parlamentares e
dos movimentos sociais. Ele minimizou os prejuízos da EC 95/2016 para a
população. “Parem de enganar as pessoas. A EC define para a educação e saúde o
piso [de investimento]. Outras áreas sofrerão, mas saúde e educação, não”,
retrucou. Porém, Solla esclareceu que o corte em políticas como bolsa família e
a recente reforma trabalhista levam a um “impacto negativo na saúde”. Além
disso, em maio de 2018, o governo assinou medida que retira verba do SUS para
pagar diesel oriundo do exterior após a paralisação dos caminhoneiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Segundo Ronald dos Santos, presidente do CNS, “não é só o
futuro do SUS que está em jogo, mas o futuro da democracia”. Ele destacou que o
Brasil foi escolhido para ser presidente do conselho da Organização Mundial da
Saúde (OMS) justamente pelo pioneirismo na construção do SUS pelo povo
brasileiro. O presidente aproveitou a ocasião para ler a carta do CNS aos
candidatos às eleições 2018. “Candidatos que não têm compromisso com a
democracia, não terá nosso voto”, afirmou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAnPsrGN9lvlblKK7g0WqgLx8ONUkMx7zcgGx6r-Sgi2u5ue_olbWajtbIsZ6daP1HD0zAuYwGMd3qv-NlOjNObF6StVIAcGTWX02N3l6zmryAyvLotTiWuuQnwgcV6Ol1D8QKnQwWd2w/s1600/Saude+p%25C3%25BAblica.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="362" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAnPsrGN9lvlblKK7g0WqgLx8ONUkMx7zcgGx6r-Sgi2u5ue_olbWajtbIsZ6daP1HD0zAuYwGMd3qv-NlOjNObF6StVIAcGTWX02N3l6zmryAyvLotTiWuuQnwgcV6Ol1D8QKnQwWd2w/s1600/Saude+p%25C3%25BAblica.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional de
Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Leonardo Vilela, presidente do
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), afirmaram que o Produto
Interno Bruto (PIB), que atualmente é de 1,6% para a saúde, em 2036 pode chegar
a apenas 1%. “Isso será catastrófico”, disse Vilela. “Não dá para investir R$
3,80 por dia, por pessoa, e achar que é suficiente”, disse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O conselheiro nacional de saúde Heleno Correa, representante
do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), lembrou que a perda de
direitos no Brasil vem sendo articulada pelo poder executivo junto<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a deputados e senadores “que aprovam emendas
que retiram dinheiro do SUS”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A EC 95/2016, que vem prejudicando o SUS gravemente, só será
revogada se a ação de inconstitucionalidade (ADI 5595) voltar à pauta do
Supremo Tribunal Federal (SFT) para que os juízes declarem a emenda
inconstitucional. O CNS tem mobilizado diversas entidades, parlamentares e
movimentos sociais contra a emenda, esclarecendo os prejuízos da EC para a
população em uma série de eventos, fóruns, seminários e congressos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b>Link para a matéria, abaixo:</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><a href="http://www.susconecta.org.br/2018/06/apos-30-anos-de-historia-sus-corre-risco-de-nao-existir-mais-no-brasil/">http://www.susconecta.org.br/2018/06/apos-30-anos-de-historia-sus-corre-risco-de-nao-existir-mais-no-brasil/</a>
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="color: #0b5394;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;"><b>=============================</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"> </span></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisN_6M3f4WF4PXvfJdOa-SBxrAnyrfN2_Iap5Y_mgENqzTksq2agCGfdBd1c-Psx4gcIIEhpS9V5-BexNLKxzyAcz6zeZjNvr1lFJQ3vQkCHNRWVa3O1iAA-pDMVVDjL8Dc1Unu0Y_8Sg/s1600/cns.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisN_6M3f4WF4PXvfJdOa-SBxrAnyrfN2_Iap5Y_mgENqzTksq2agCGfdBd1c-Psx4gcIIEhpS9V5-BexNLKxzyAcz6zeZjNvr1lFJQ3vQkCHNRWVa3O1iAA-pDMVVDjL8Dc1Unu0Y_8Sg/s640/cns.gif" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: #783f04;">CARTA DO CNS AOS(ÀS)
CANDIDATOS(AS) ÀS ELEIÇÕES 2018</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Consolidação da
Democracia, fortalecimento e defesa do SUS</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O Conselho Nacional de Saúde (CNS), expressão maior do
Controle Social na Saúde da Democracia Participativa no Brasil, componente
estrutural do Sistema Único de Saúde (SUS), historicamente comprometido com o
direito à saúde como dever do Estado, faz um chamamento geral aos(às)
candidatos(as), aos(às) eleitores(as) e à sociedade quanto à defesa e o
fortalecimento do SUS para os próximos quatro anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A Constituição Federal do Brasil, promulgada em 1988, define
Saúde como um direito social por meio do acesso universal e igualitário às
ações e serviços, que devem garantir a sua promoção, proteção e recuperação.
Esse direito se materializa na implementação do SUS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O fortalecimento e a defesa do SUS devem estar inseridos no
contexto do projeto de nação que tem como pilares a soberania nacional, a
democracia, o desenvolvimento econômico e ambiental sustentável, a liberdade, a
diminuição da desigualdade, melhor segurança e proteção das populações
indígenas; quilombolas; ribeirinhas; Lésbica, Gay, Bissexual, Travesti e
Transexual (LGBT); negras; urbanas, rurais; em situação de rua e demais
populações em vulnerabilidade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;">Candidatos(as) que
não têm histórico nem compromisso com a Democracia e com o SUS não terão nosso
voto<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">No intuito de aglutinar forças políticas e sociais
comprometidas com a consolidação da democracia e com os avanços na política de
saúde, o CNS exige o compromisso de cada candidato(a) a presidente(a), a
governador(a), a senador(a) e a deputado(a) estadual e federal com o SUS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Compromisso com o direito ao trabalho e à saúde pública, no
intuito de garantir um crescimento para o país de forma mais consistente, com
inclusão e independência. Temos que nos unir com o objetivo de reconstruir
nossa nação e definir um projeto de desenvolvimento social que faça o país
seguir rumo a um estágio civilizacional cada vez mais avançado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBx1v-_NkumLw5OIrEju1cqrS_G9d4-CS-XSB-qJEZXDhbvGiMbKH-Pe26RZCnxd7F6HmOB0siUUHFyAC0pwt2KmN-0YdynQhykATY77A9fH6azVW5GmlppP9622wLiOsGyN_4T0JyEDk/s1600/ELEITORES+BANANAS.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="261" data-original-width="425" height="393" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBx1v-_NkumLw5OIrEju1cqrS_G9d4-CS-XSB-qJEZXDhbvGiMbKH-Pe26RZCnxd7F6HmOB0siUUHFyAC0pwt2KmN-0YdynQhykATY77A9fH6azVW5GmlppP9622wLiOsGyN_4T0JyEDk/s640/ELEITORES+BANANAS.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O compromisso dos(as) candidatos(as) com o Direito à Saúde
se dá principalmente com a defesa de um financiamento duradouro, justo e
adequado para a saúde.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Portanto,
queremos o compromisso dos elegíveis com uma posição pública contrária em
relação às medidas fiscais e econômicas, em especial, à Emenda Constitucional
95/2016 do “teto de gastos”, que asfixia por 20 anos e fere de morte o SUS e
outras políticas sociais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Da mesma forma, os futuros dirigentes devem assumir
compromissos com a defesa do SUS e ser contrários(as) aos ataques promovidos
por iniciativas como: o rompimento com a universalidade e integralidade, por
meio dos “planos de saúde populares”, a desestruturação da atenção básica, a
fragilização do acesso à saúde, o retrocesso na política de saúde mental e o
enfraquecimento da regulação sanitária e da educação na graduação em saúde por
meio do Ensino à Distância (EaD).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Queremos dos(as) candidatos(as) o compromisso com a valorização
dos(as) trabalhadores(as) da saúde, combatendo a precarização, a terceirização
e a privatização, favorecendo a democratização das relações de trabalho. Assim,
conclamamos cada elegível a assumir o compromisso concreto com a superação dos
desafios do SUS, junto à sociedade e aos conselhos de saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Somos o Controle Social do SUS, com mais de 100 mil
conselheiros(as) defensores(as) de um sistema público de saúde que atenda a
totalidade dos brasileiros(as) e estrangeiros(as) residentes no nosso país, que
envolve usuários(as), trabalhadores(as), gestores(as) e prestadores(as) de
serviços do SUS no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Somos a força viva da sociedade que construiu as
deliberações da 15ª Conferência Nacional de Saúde, subsidiou o Plano Nacional
de Saúde 2016/2019 e está rumo à realização da 16ª Conferência Nacional de
Saúde (8ª+8), em 2019, que deverá indicar as diretrizes para o Plano Nacional
de Saúde 2020/2023, referência para execução das políticas públicas de saúde no
Brasil e instrumento fundamental para consolidação e fortalecimento do SUS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Dessa forma, considerando que a saúde tem sido uma das
principais preocupações do povo brasileiro, nós, por meio do nosso voto,
comprometidos com mais e melhor saúde para nossa população, podemos ajudar a
decidir o rumo das eleições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">CONSELHO NACIONAL DE
SAÚDE</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><a href="http://susconecta.org.br/2018/05/carta-do-cns-aosas-candidatosas-as-eleicoes-2018/">http://susconecta.org.br/2018/05/carta-do-cns-aosas-candidatosas-as-eleicoes-2018/</a>
<o:p></o:p></span></div>
<br />luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-73540240831601108462018-06-04T09:03:00.000-03:002018-06-18T10:11:20.779-03:00“Comida porcaria” é grave problema de saúde pública, mas empresas que a produzem não pagam por isso<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2OnGqsy4sHcq93a6GfrTLDIE4IfukhGK9hJyRGCRDfRDfhMUkEl_BW6hDLOjYl-8U9Jju5TNj1HyzLvJQ0G6HzLlRUJ4NkjnIx_weDOMl7rjhYG3TU63UVgpVG_kcz0Rt4PjO4rP-atA/s1600/junk_food.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="336" data-original-width="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2OnGqsy4sHcq93a6GfrTLDIE4IfukhGK9hJyRGCRDfRDfhMUkEl_BW6hDLOjYl-8U9Jju5TNj1HyzLvJQ0G6HzLlRUJ4NkjnIx_weDOMl7rjhYG3TU63UVgpVG_kcz0Rt4PjO4rP-atA/s1600/junk_food.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Os males que determinadas empresas da indústria alimentícia
causam a nós são inegáveis. A qualidade de muitos dos produtos oferecidos por
essas empresas é baixa, principalmente se tomarmos em conta os fatores
nutricionais. Algumas coisas que chamamos de alimentos não são, na verdade,
alimentos, pois não nutrem, não alimentam, não fazem bem ao corpo. Na melhor
das hipóteses, simplesmente não têm valor nutricional, mas, em diversos casos,
fazem mal ao organismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Uma das doenças geralmente associadas a esses “alimentos que
não alimentam” é o câncer, uma doença não transmissível que, junto com a
diabetes, é responsável pela morte de aproximadamente um milhão de pessoas por ano, somente no Brasil.
O quadro é tão grave que, segundo o jornal O Estado de São Paulo (Estadão), o
número de mortes por essa causa cresce de forma mais veloz do que a população. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Segundo o cardiologista Carlos Alberto Machado, ouvido em
matéria do Estadão, o aumento das mortes por doenças não transmissíveis está
ligado a uma combinação de piora no estilo de vida, envelhecimento populacional
e redução do acesso aos serviços de saúde públicos e privados. E, embora ele não tenha citado, dentro dessa piora no estilo de vida está o fator "alimentação". Muitas pessoas consomem ultraprocessados, inclusive nas refeições diárias, e esse é um importante fator de adoecimento. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Na matéria do Estadão, o mesmo cardiologista </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">afirma que "para reduzir as mortes por doenças não transmissíveis, seria preciso investir no diagnóstico precoce e no tratamento adequado, estimulando o combate à obesidade, ao tabagismo e ao sedentarismo". Segundo suas palavras:</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"></span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #38761d; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><i>"É preciso incentivar a atenção básica, mas o governo vem privilegiando o atendimento de alta complexidade. Se valorizamos só o hospital, só vamos tratar doentes, em vez de impedir que as pessoas adoeçam. É preciso valorizar a promoção de saúde. Esse sistema está praticamente inviável".</i></span></blockquote>
<div>
<br /></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdLCD0V3OwXXFNZtdrZo4FwbQi8sR_MnRT8x_Qd-hsW1a_jxo3H4yQpPP8M0Jyi5AFizkdJ1sJRJKw3buOdht995h4YVygYmQafojO_nTPxHT3-hn3Ycx-9-9_x_suHSvJRnBtMr2btKk/s1600/fast-food-2-300x200.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="300" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdLCD0V3OwXXFNZtdrZo4FwbQi8sR_MnRT8x_Qd-hsW1a_jxo3H4yQpPP8M0Jyi5AFizkdJ1sJRJKw3buOdht995h4YVygYmQafojO_nTPxHT3-hn3Ycx-9-9_x_suHSvJRnBtMr2btKk/s400/fast-food-2-300x200.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #073763; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>Taxar "comida porcaria" é preciso</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O custo para fornecer assistência a essas pessoas é alto e
uma solução para cobri-lo seria a responsabilização das indústrias de alimentos
que não alimentam, com uma taxação pesada (como ocorre com o cigarro, que hoje
está sendo muito menos consumido do que já foi no passado), o que elevaria o
preço da “comida porcaria” e afastaria parte da população desse tipo de
produto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">No entanto, como essas empresas investem pesado na eleição de
deputados e senadores, a coisa não anda. E o caso é mais grave ainda por conta
de que a publicidade de alimentos porcaria é em grande parte dirigida a
crianças. O resultado é o aumento da obesidade e de outras doenças, como as
citadas anteriormente neste mesmo texto.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Link para a matéria do Estadão: </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><a href="https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,mortes-por-principais-doencas-nao-transmissiveis-avancam-26-no-pais,70002334349">https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,mortes-por-principais-doencas-nao-transmissiveis-avancam-26-no-pais,70002334349</a>. </span></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-46660213184569545452018-05-25T19:30:00.000-03:002018-05-25T19:30:51.851-03:00Sobrevivente de tragédia na BR-277, onde cinco morreram, faz elogio ao SUS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8HZC2mCiRw5SofnMkrHIqWJDmlakXFrvaYcMDsjzFAYdSIl_Yk18YHmv5m8SWsJ7BbNyvaCpFamKoWFnMoD5LOx7h_tKLmEPj0-xSpCbqEuI1u80OW8bikN8RNiy0wiZiQC8fiX4ttwA/s1600/SOBREVIVENTE+SUS.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="267" data-original-width="475" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8HZC2mCiRw5SofnMkrHIqWJDmlakXFrvaYcMDsjzFAYdSIl_Yk18YHmv5m8SWsJ7BbNyvaCpFamKoWFnMoD5LOx7h_tKLmEPj0-xSpCbqEuI1u80OW8bikN8RNiy0wiZiQC8fiX4ttwA/s1600/SOBREVIVENTE+SUS.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;"><b>Mariana Lioto | CGN | 17 Abril 2018</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Após três meses, jovem que foi socorrida ao HU em Cascavel,
se recupera e já consegue ficar em pé...</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Já teve mais de 2 mil compartilhamentos no Facebook o relato
da sobrevivente de um grave acidente ocorrido na BR-277, em Céu Azul, em
dezembro. Cinco alunos da Unila morreram no acidente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A Uruguaia Besna Yacovenco, que sobreviveu à tragédia fez
uma publicação elogiando o atendimento recebido no SUS. Ela disse que desde que
chegou ao Brasil, em 2011, utiliza a rede pública, mas que o atendimento com
helicóptero e a equipe multidisciplinar que a recebeu no HU, em Cascavel, foram
fundamentais para a sua recuperação. Ela comenta que foram várias fraturas mas,
três meses após o acidente estava começando a conseguir ficar em pé.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Veja o relato:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Meu nome é Besna Yacovenco, sou do #Uruguai e estudante da
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Desde o ano 2011,
quando cheguei ao Brasil, sou usuária do SUS, mas no dia 16 de dezembro de 2017
essa relação se aprofundou.</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Na manhã do dia 16, saímos de Foz do Iguaçu rumo a nossas
casas numa Kombi, conhecida como #Magnólia, meus amigos, meu companheiro de
vida e nossas cachorrinhas. Mas num terrível e fatal imprevisto tudo mudou.
Nada voltaria a ser como antes. Por volta das 8h30min, tivemos um acidente com
uma camioneta perto da cidade de Céu Azul - PR. Todos da Kombi morreram, menos
meu amigo Bruno e eu. Nossa situação era muito grave.</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Rapidamente foram ativados os socorristas que
disponibilizaram para nosso resgate um helicóptero e realizaram um eficiente
traslado ao Hospital Universitário do Oeste do Paraná - HUOP. No hospital uma
equipe multidisciplinar esperava nossa chegada, desde neurologistas e
ortopedistas até psicólogos e assistentes sociais. Tudo pelo SUS!</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Sim! A saúde e a educação publica salvaram nossas vidas!</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Todos os recursos destinados provieram do SUS. À diferença
da saúde privada, o sistema de saúde publica não pensou no gasto que estava
realizando e sim no investimento sobre nossas vidas. Eu não sei dizer quanto
(R$) foi e é dedicado para salvar-nos e ter um a excelente recuperação, mas com
certeza foi muito e tudo de graça. E é de graça porque o servicio é financiado
coletivamente pelas contribuições feitas pelas trabalhadoras e pelos
trabalhadores da sociedade brasileira.</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O SUS é um dos maiores e melhores sistemas públicos de saúde
no mundo que garante acesso integral, universal e igualitário as pessoas que se
encontram no território brasileiro.</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">No acidente eu fraturei o sacro, coluna anterior e
posterior, isquion bilateral, acetábulo, púbis, acrômio, nove costelas e a base
do crânio tudo do lado direito, lesionei a quarta vértebra do tórax e tive
queimaduras nas pernas. Após duas cirurgias exitosas, cuidados e tratamentos
integrais com muito respeito, hoje, depois de três meses, estou sem dor,
começando a ficar em pé e dando os primeiros passos.</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Sou muito grata ao SUS e a todos os especialistas que
cuidaram de nos e de nossas familias.</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Desejamos mais investimento na saúde publica e mais SUS para
todos.</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Muito obrigada ao povo do Brasil, o SUS é patrimônio de
vocês!</span></span></i></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Rafael Gomes (Cinema e Audiovisual), Sid-Nilson Alves
Teixeira (Letras – Artes e Mediação Cultural), Mijael Pavel Aguirre (peruano,
formando em Arquitetura e Urbanismo e matriculado no Mestrado Interdisciplinar
em Estudos Latino-Americanos), Raquel Farias Stern (Mestrado em Integração
Contemporânea da América Latina) e Raul Cesari Filho morreram no acidente.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://cgn.inf.br/noticia/287572/sobrevivente-de-tragedia-na-br-277-onde-cinco-morreram-faz-elogio-ao-sus"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">https://cgn.inf.br/noticia/287572/sobrevivente-de-tragedia-na-br-277-onde-cinco-morreram-faz-elogio-ao-sus</span></a>
</div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-14142801620181638122018-05-24T12:02:00.000-03:002018-05-24T12:02:28.404-03:00Nos próximos 20 anos, haverá 20 mil mortes evitáveis de crianças no Brasil, diz estudo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKT6fSCCVBKuUm0p6rbZWbezoWRHcLTszPwEg03VOkSIPbEbGtTIEZUZrfF0AJrXSdh-TR7W7C1gFLszXsC9TAKB2m1BgMgR5fzFoYP5Hldu-UhLvEe0IpDNx8Ub87X51ibcjHsYYPXqE/s1600/imagem+mat%25C3%25A9ria+PBF+PSF.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="823" data-original-width="1260" height="418" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKT6fSCCVBKuUm0p6rbZWbezoWRHcLTszPwEg03VOkSIPbEbGtTIEZUZrfF0AJrXSdh-TR7W7C1gFLszXsC9TAKB2m1BgMgR5fzFoYP5Hldu-UhLvEe0IpDNx8Ub87X51ibcjHsYYPXqE/s640/imagem+mat%25C3%25A9ria+PBF+PSF.png" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Estudo publicado pela <b><span style="color: #073763;">Public Library of Science </span></b>(1) denuncia que o Estado brasileiro será responsável pela morte de 20 mil crianças nos próximos 20 anos. Morte evitável, diga-se. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Mais: também ocorrerão centenas de milhares de hospitalizações infantis, também evitáveis. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Tudo isso, por conta das irresponsáveis contenções de despesas e investimentos na área da Saúde Pública. </span><span style="font-family: "trebuchet ms", sans-serif; font-size: x-large;">Trata-se de um crime inaceitável. </span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Abaixo, trecho do texto de apresentação do trabalho, publicado em 22/05/18 e assinado por </span><span style="font-family: "trebuchet ms", sans-serif; font-size: x-large;">Davide Rasella , Sanjay Basu, Thomas Hone, Romulo Paes-Sousa, Carlos Octávio Ocké-Reis e Christopher Millett, os autores. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms", sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">========================</span></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms", sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms", sans-serif; font-size: x-large;">Desde 2015, uma grande crise econômica no Brasil levou ao
aumento da pobreza e à implementação de medidas de austeridade fiscal de longo
prazo que reduzirão substancialmente os gastos com programas de assistência
social como uma porcentagem do PIB do país nos próximos 20 anos. O Programa
Bolsa Família (PBF) - um dos maiores programas de transferência condicionada de
renda do mundo - e a estratégia nacional de atenção primária à saúde (ESF) são
afetados pela austeridade fiscal, apesar de estarem entre as intervenções
políticas de mais forte impacto sobre a mortalidade infantil no país.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">As previsões do estudo indicam que, no período 2017-2030, a
redução da cobertura do PBF e da ESF, em comparação com a manutenção de sua
cobertura, poder resultar em uma taxa de mortalidade infantil mais alta - até
8,6% maior em 2030. Essas medidas de austeridade seriam responsáveis por quase
20.000 mortes infantis evitáveis e 124.000 hospitalizações infantis evitáveis
entre 2017 e 2030.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://journals.plos.org/plosmedicine/article?id=10.1371/journal.pmed.1002570"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">http://journals.plos.org/plosmedicine/article?id=10.1371/journal.pmed.1002570</span></a><o:p></o:p></div>
<br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><b>(1)</b> <i><span style="color: #38761d;">Um projeto sem fins lucrativos que tem o objetivo de criar uma biblioteca de revistas científicas e publicações afins dentro do modelo de licenciamento de conteúdo aberto, fazendo uso, especificamente, da Creative Commons.</span></i></span>luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-88852374754234487532018-05-18T09:00:00.000-03:002018-05-18T09:00:20.242-03:00Vamos mal demais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvPSzFT_X_SB1cQ_oek6OSE3vovK7Iz319C5D0x0Ax0aTN7uZuKMjP1w3RjkAdDccOA2r7KAnacIsgb09_DfXGzIbG8LlX01Xc8vPIm00dwMbppPqBl7613EVHl8DP0_aERsrWvYIbsVM/s1600/investimentos_saude_conta_gotas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="464" data-original-width="618" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvPSzFT_X_SB1cQ_oek6OSE3vovK7Iz319C5D0x0Ax0aTN7uZuKMjP1w3RjkAdDccOA2r7KAnacIsgb09_DfXGzIbG8LlX01Xc8vPIm00dwMbppPqBl7613EVHl8DP0_aERsrWvYIbsVM/s1600/investimentos_saude_conta_gotas.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O Brasil gasta 7,7% do seu orçamento geral com saúde. A taxa é inferior à média mundial, de 9,9%, e mesmo ao gasto médio na Europa (12,5%), nas Américas (12%) e no Sudeste asiático (8,5%), só superando a média africana, de 6,9%. E, mesmo assim, 17 países africanos destinam mais dinheiro público para a saúde do que nós. Entre eles estão Madagascar (15%), Suazilândia (14,9%) e África do Sul (14,1%). Mas não para por aí: apenas cinco países no continente americano gastam menos do que nós, entre eles estão Barbados, Haiti e Venezuela. </span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: x-large;"><blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">De acordo com a OMS, apenas cinco países no continente americano têm um porcentual de gastos governamentais inferiores aos do Brasil, entre eles Barbados, Haiti e Venezuela. </span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">No outro extremo estão Alemanha, Suíça, EUA e Uruguai, todos com gastos três vezes superiores aos do Brasil em termos porcentuais. Na Europa, apenas quatro países gastam menos de 7,7% de seu orçamento com a saúde: Chipre, Armênia, Tajiquistão e Azerbaijão. </span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">
<b><span style="color: #660000;">Jamil Chade, O Estado de S.Paulo</span></b></blockquote>
</span></blockquote>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Já em relação ao gasto privado, ou seja, o desembolso direto feito por indivíduos e famílias, o Brasil vai para o topo do ranking. Apenas quatro países no mundo contam com índices superiores ao brasileiro: Georgia, Nicarágua, Nepal e Egito. Por aqui, 25% das famílias destinam mais de 10% do seu orçamento doméstico para a saúde. No mundo, esse nível de gasto só é observado em 11,7% das famílias (e na Europa, em menos de 7%). E uma parcela de 3,5% da população brasileira é obrigada a gastar ainda mais: a saúde consome inacreditáveis 25% de seu orçamento. Somando gastos privados e públicos, cada brasileiro gasta, em média, US$ 780 por ano. No mundo, a média é de US$ 822. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Os números se referem ao gasto de 2015. As informações foram divulgadas ontem pela Organização Mundial da Saúde e obtidas pelo correspondente do Estadão em Genebra, Jamil Chade. Até o envio desta newsletter, o relatório ainda não estava disponível no site da OMS. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: #660000;">Informações do newsletter da página "Outra Saúde". Para acessar a matéria do Estadão:</span><span style="color: blue;"> </span></b><a href="http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,porcentual-de-orcamento-para-a-saude-no-brasil-e-proximo-ao-do-africano,70002312554">http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,porcentual-de-orcamento-para-a-saude-no-brasil-e-proximo-ao-do-africano,70002312554</a>. </span>luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-69078339342506100912018-04-27T12:26:00.000-03:002018-05-11T10:59:11.613-03:00SUS para pobre (e bolsa saúde para quem pode)<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlWTUOo0SiWhx4qQDR7xpgRbATgeSpELxvDXhTrLlDSJvymrPLzsWmP4rwQXt9RCoR-OTr55-Q-KfswDc5f-bQXoiPLF26opgvuS1XOJOMzqTyG0VXR7_VL62kkzA6hzvh9_yu_Kq67iE/s1600/barros-enfermeira.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="253" data-original-width="480" height="337" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlWTUOo0SiWhx4qQDR7xpgRbATgeSpELxvDXhTrLlDSJvymrPLzsWmP4rwQXt9RCoR-OTr55-Q-KfswDc5f-bQXoiPLF26opgvuS1XOJOMzqTyG0VXR7_VL62kkzA6hzvh9_yu_Kq67iE/s640/barros-enfermeira.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><i>Conrado Hübner Mendes 20/04/2018 </i></span></b><br />
<b><span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><i><br /></i></span></b>
<b><span style="color: #073763; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><i>Aproveitando-se desse círculo vicioso, o setor privado articula hoje suas
forças políticas para dar novo salto e ganhar autorização para oferecer os
“planos populares”</i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">Há muitas formas de trair a Constituição. Uma delas é forçar
o texto a dizer algo diverso do que diz. Juristas às vezes recorrem a
interpretações excêntricas para dar verniz técnico a posições avessas ao texto.
A segurança pública e o combate à impunidade, por exemplo, têm sido há muito
defendidos como fins soberanos que, em nome de um Brasil melhor, justificam a
supressão de liberdades civis. Outra forma de infidelidade constitucional é
presumir que a norma mira futuro distante. Enquanto não chegamos lá, aplicam-se
no presente padrões normativos esvaziados, sem explicar como defini-los ou
quando aquele futuro começa. O direito à moradia está nessa fila de espera,
entre tantos outros.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"></span><br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A traição mais refinada, contudo, não vem da arte do
jurista, mas do engenho contábil. Essa técnica abraça a retórica generosa do
texto constitucional, mas inviabiliza sua realização por meio de ardil
orçamentário, que esconde conflitos distributivos e beneficia o topo da
pirâmide. Em política social, o diabo mora nas finanças, não só na sutileza
jurídica.<o:p></o:p></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: blue; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><i>Ricardo Barros, ministro da Saúde até o mês passado: entre “andar a pé” (como se referiu ao SUS) e “andar de Mercedes” (os planos privados), os cidadãos deveriam ter a opção intermediária de pagar por um plano barato em troca de serviços baratos (uma espécie de fusquinha, para adaptar a infeliz metáfora).</i></span></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O direito à saúde sempre foi vítima dessa manobra. O
movimento sanitarista obteve retumbante conquista na Constituição de 1988 e
emplacou política pública de saúde gratuita e universal por meio de um sistema
único. O SUS tornou-se a espinha dorsal do projeto igualitário brasileiro.
Entre um modelo de direitos sociais voltados para pobres, com o estigma e a
precariedade embutidos, e um modelo de direitos sociais universais, a ser
usufruído por todos, o SUS adotou o segundo. Nesse sistema, saúde não é bem de consumo
para quem pode pagar, cuja qualidade depende de quanto se paga, mas direito de
qualquer cidadão e dever do Estado. Consagrou-se uma concepção arrojada de
justiça social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A Constituição permitiu que a iniciativa privada prestasse
assistência à saúde de forma complementar ao SUS (Art. 199). A partir daí, a
política estatal optou por oferecer, de um lado, vultosos incentivos ao setor
privado de hospitais e planos de saúde por meio de renúncia fiscal; de outro,
por submeter o SUS a crônico subfinanciamento, que impede maior efetividade ao
direito à saúde. O Estado retirou recursos do SUS para subsidiar o mercado,
estabeleceu uma perversa relação entre o público e o privado e construiu
eficiente engrenagem de concentração de renda. Boicotou a inspiração igualitária
do SUS e se fez “Robin Hood ao contrário”, como se costuma dizer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Hoje, 75% da população brasileira depende exclusivamente do
SUS, que recebe pouco mais de 40% do que se gasta com saúde no país; os outros
25% da população se beneficia do “bolsa saúde” para contratar um plano privado.
Deixa-se de arrecadar aproximadamente R$ 30 bilhões, o que ao mesmo tempo ajuda
a corroer o SUS e a viabilizar amplo mercado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Esse arranjo regressivo ainda faz consolidar o discurso de
que o SUS é caro, ineficiente e merece ser “desafogado” pelo setor privado,
senso comum que justifica crescente mercantilização da saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Aproveitando-se desse círculo vicioso, o setor privado
articula hoje suas forças políticas para dar novo salto e ganhar autorização
para oferecer os “planos populares”. Nas palavras de Ricardo Barros, ministro
da Saúde até o mês passado, entre “andar a pé” (como se referiu ao SUS) e
“andar de Mercedes” (os planos privados), os cidadãos deveriam ter a opção
intermediária de pagar por um plano barato em troca de serviços baratos (uma
espécie de fusquinha, para adaptar a infeliz metáfora).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Esse movimento não é surpreendente e tem coerência com a
trajetória de desnaturação disfarçada do SUS. É sintomático que o próprio
ministro não se expresse no idioma do direito universal à saúde. A conversão
definitiva do SUS em política para pobre, e da saúde em bem de consumo, não é
mero rearranjo econômico-financeiro, mas mudança de código moral. Precisamos de
clareza quanto ao caráter e à magnitude da mudança: sem um sistema universal de
saúde, a proposta liberal de igualdade de oportunidades, da qual depende a
liberdade, torna-se uma fraude. Virar essa chave representa o fim de um projeto
constitucional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><a href="https://epoca.globo.com/politica/Conrado-Hubner/noticia/2018/04/sus-para-pobre-e-bolsa-saude-para-quem-pode.html">https://epoca.globo.com/politica/Conrado-Hubner/noticia/2018/04/sus-para-pobre-e-bolsa-saude-para-quem-pode.html</a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;">=============================================</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBBfXU7Ei6vQGiZILBd8qerKf033D7hvKR6LI8PeVT7ekNBvCgP5oeIchr6lQUWiCi34avz5FpfYLudzp6_tmb9T1KkpsYeqLmJTZ_tXCVIyBdpA0BWdF3mLfFD0GyQsVasqpkZHgBIGM/s1600/PLANO+POPULAR.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="620" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBBfXU7Ei6vQGiZILBd8qerKf033D7hvKR6LI8PeVT7ekNBvCgP5oeIchr6lQUWiCi34avz5FpfYLudzp6_tmb9T1KkpsYeqLmJTZ_tXCVIyBdpA0BWdF3mLfFD0GyQsVasqpkZHgBIGM/s1600/PLANO+POPULAR.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>A proposta infeliz do ministro Ricardo Barros </b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="color: #6fa8dc;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O Estado de S.Paulo - 2016</span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A proposta do ministro da Saúde, Ricardo Barros, para a criação de planos de saúde mais baratos, feita durante audiência pública no Senado na última quarta-feira, reforça a dúvida – levantada desde o anúncio de sua escolha – sobre a sua real capacidade para bem gerir um dos setores mais importantes da administração federal. Embora Barros tenha se limitado a adiantar tão somente as linhas gerais da proposta, especialistas na questão reagiram prontamente e em termos duros.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Aqueles planos, com cobertura obrigatória menor – e por isso mesmo mais em conta –, atrairiam um grande número de pessoas, o que diminuiria a procura pelos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Por um lado, isso aliviaria as dificuldades financeiras do SUS e, por outro, como diz Barros, “renderia mais conforto para a população que quer um plano de saúde e não pode arcar com os custos”. O plano capaz de operar essa mágica ainda vai ser elaborado por técnicos do Ministério da Saúde. Sua implementação, porém, dependerá do que pensa a respeito a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), à qual cabe a regulamentação dos planos de saúde.</span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: blue; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><i>Com atendimento limitado por planos baratos, os que a eles aderirem vão ter, evidentemente, de continuar recorrendo ao SUS, sendo por isso uma ilusão imaginar que tais planos ajudarão a desafogar a rede pública</i></span></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Segundo o ministro, não existe ainda uma estimativa do número de pessoas que poderiam aderir aos planos atraídas pelo seu menor custo. Ele não soube explicar também se a proposta abrange os planos empresariais e individuais ou apenas um desses segmentos. Em resumo, Barros e seus assessores têm uma ideia muito vaga do que desejam, o que é incompatível com a importância do que está em jogo. É preciso bem mais que isso – como os estudos preliminares que existem exatamente para esse fim – para que tal proposta possa ser considerada seriamente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Nada disso impediu o ministro de pontificar sobre um assunto que, está se vendo, domina mal. Depois de argumentar que os planos mais baratos ajudariam a reduzir a pressão sobre o sistema público de saúde, Barros afirmou: “Eu trabalho com a realidade que temos no Brasil. O orçamento é finito. Não há recursos ilimitados”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Ninguém, é claro, nega essas obviedades. Como também a outra que enunciou: não é o momento de lutar por mais recursos públicos para a saúde, tendo em vista a crise, mas tentar tirar o máximo do que se tem.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Há muito mesmo a se fazer para aplicar melhor os recursos do SUS, como é público e notório, e há muito tempo. Mas isso, a rigor, nada tem a ver com a proposta do ministro, que, em vez de resolver os atuais, pode criar outros e sérios problemas na área da saúde, como se depreende das críticas feitas a ela por especialistas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A advogada Renata Vilhena, especializada em saúde suplementar, por exemplo, afirma que, com atendimento limitado por planos baratos, os que a eles aderirem vão ter, evidentemente, de continuar recorrendo ao SUS, sendo por isso uma ilusão imaginar que tais planos ajudarão a desafogar a rede pública.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Por sua vez, Lígia Bahia, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), chama a atenção para outro aspecto da maior importância: se a rede privada de médicos, laboratórios e hospitais já não dá conta de atender a contento à demanda atual dos planos, como é sabido, é fácil imaginar o que acontecerá com o significativo aumento dos clientes pretendido pelo ministro.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">“Houve um aumento de usuários sem que a rede credenciada tivesse uma expansão proporcional. O resultado foi visto: longas filas de espera para marcar consultas, exames, cirurgias”, lembra ela.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">É verdade: as empresas de saúde privada não investiram na expansão da rede, ao mesmo tempo que aumentavam o número de seus clientes, vendendo o que não podiam entregar, com a complacência dos governos do PT, que com isso se sentiram desobrigados de investir no SUS. Daí o enorme desequilíbrio entre demanda e oferta nesse setor.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O ministro Barros não sabe disso? Nem seus assessores? Ou alguém abre seus olhos a tempo ou essa desastrada proposta tem tudo para agravar ainda mais esse quadro.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><a href="http://www.josepedriali.com.br/2016/07/a-proposta-infeliz-do-ministro-ricardo.html">http://www.josepedriali.com.br/2016/07/a-proposta-infeliz-do-ministro-ricardo.html</a></span></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-81748646062997640422018-03-16T11:57:00.000-03:002018-03-16T11:57:23.736-03:00Fatores determinantes e condicionantes da saúde<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8_2K_LA7eh1XNJGRXCnE96UpX99M-noNCIPSavs4jTYdQpoSToXW5LO2rahbrdb6TMkapN7L21Tk9iFovSc_hXF5z6P8hbXU4_jP2O9YBp6Xy8D0zU0jfiJIr64zGGyjbRGZcPSGRuW0/s1600/FATORES+DETERMINANTES+E+CONDICIONANTES.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="380" data-original-width="507" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8_2K_LA7eh1XNJGRXCnE96UpX99M-noNCIPSavs4jTYdQpoSToXW5LO2rahbrdb6TMkapN7L21Tk9iFovSc_hXF5z6P8hbXU4_jP2O9YBp6Xy8D0zU0jfiJIr64zGGyjbRGZcPSGRuW0/s1600/FATORES+DETERMINANTES+E+CONDICIONANTES.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Autor: José Evangelista Damasceno (Graduado
em Tecnologia da Radiologia pela FATECI, Licenciatura em Pedagogia, em curso
pela - UNIFACS. Doutorando em Saúde Pública, Mestre em Ciências da Educação
pela Universidad Internacional Tres Fronteras UNINTER. Pós Graduado em Gestão
Perícia e Auditoria-UECE. Especialista em Enfermagem do Trabalho pela - UECE,
Especialização em Didática, Formação Docente e Metodologia de Ensino
UNIAMERICAS).</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Os fatores determinantes e condicionantes da saúde
implícitos no artigo 3o da Lei nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990. Dada pela
redação da Lei nº 12.864 de 24 de Setembro de 2013, que alterou o caput do
artigo 3o da Lei no 8.080/90, incluindo a atividade física como fator
determinante e condicionante da saúde. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A citada lei “Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências”. A luz do Decreto Nº 7.508 de 28 de
Junho de 2011, que veio regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento
da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras
providências. Promovendo assim, uma articulação universal e igualitária nas
políticas públicas de saúde para o sistema interfederativo do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">No contexto saúde, para a Organização Mundial de Saúde, a
OMS exemplifica que: “Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e
social e não apenas a ausência de doença”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Não obstante, este conceito adotado pela Organização Mundial
de Saúde - OMS em 1948, estar longe de ser uma realidade. Em nosso ponto de
vista, este conceito tantas vezes exemplificado pode simbolizar um compromisso,
talvez um horizonte a ser vislumbrado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Este conceito remete-nos à ideia de saúde, como orienta a
OMS, é por tanto, e provavelmente inatingível. Entendemos ainda como utópico,
posto que, as mudanças nas condições de saúde são constantes, e não são
linearmente estáveis, e nem tão pouco, apresentam estabilidade. Porém, o que
podemos perceber e observar como real é a predominância da vida e da existência
dos seres indivíduos (no geral) ou seres individualizados (únicos). Todavia,
Saúde não é um “estado estável” mais sim uma variância das condições sociais,
do ambiente e do meio ao qual estamos inseridos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKjYB_8wDLSkQu6puTubomL8c3Z17Vk150G1DjSuEzPRqy93FKfTHYjBQisa5Xi7x7wZPoUnRTEbWmp_M8xZuzec-j5AI4xd1B8rjgpMR8Sve7mWlqjEC8HwERVAzwA_I9hQpOR-LJkSg/s1600/FATORES+DETERMINANTES+E+CONDICIONANTES+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKjYB_8wDLSkQu6puTubomL8c3Z17Vk150G1DjSuEzPRqy93FKfTHYjBQisa5Xi7x7wZPoUnRTEbWmp_M8xZuzec-j5AI4xd1B8rjgpMR8Sve7mWlqjEC8HwERVAzwA_I9hQpOR-LJkSg/s640/FATORES+DETERMINANTES+E+CONDICIONANTES+%25281%2529.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Neste entendimento, a própria compreensão de saúde, bem como
dos fatores determinantes e condicionantes sociais, tem um alto grau de
subjetividade pela sua concepção histórica, na medida em que saúde depende do
momento, condição, situação ou do referencial que é atribuído e este valor. Não
se pode compreender ou transformar a situação de saúde de um indivíduo ou de
uma coletividade sem levar em conta, que “Ela” é produzida nas relações com o
meio físico, psíquico, social, político, econômico, cultural, ambiental de uma
sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A constituição brasileira de 1988 legitima a saúde como um
direito de todos como também um dever do “Estado”, sem qualquer discriminação
nas ações voltadas a saúde, que estar balizada em princípios doutrinários que
dão valor legal ao exercício de uma prática de saúde ética, que respondam não,
as relações de mercado, mas sim, os direitos dos seres humanos. Não obstantes
estas ações estão fundamentadas nos princípios da:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b>• Universalidade:</b> que estabelece a garantia de atenção à
saúde a todos e qualquer cidadão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b>• Equidade:</b> que deve ser entendida como direito ao
atendimento adequado às necessidades de cada indivíduo e da coletividade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b>• Integralidade:</b> da pessoa como um todo indivisível inserido
em uma comunidade ou meio social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O SUS, na forma como estar definido em lei, segue em todo
país, as mesmas doutrinas e os mesmos princípios organizativos, prevendo
atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. No artigo 3º da lei
8080/90, consta que: A saúdes têm como fatores “determinantes e condicionantes,
entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o
trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o
acesso aos bens e serviços essenciais”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Porém, os Determinantes Sociais de Saúde – (DSS) são as
condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham ou “as características
sociais dentro das quais a vida transcorre” (Tarlov,1996). Contudo, a comissão
homônima da Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma definição mais curta,
segundo a qual os DSS são “as condições sociais em que as pessoas vivem e
trabalham”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Dentre os inúmeros fatores determinantes da condição de
saúde, incluem-se também os condicionantes biológicos como: (idade, sexo,
características pessoais eventualmente determinadas pela herança genética), o
meio físico (que abrange condições geográficas, características da ocupação
humana, fontes de água para consumo, disponibilidade e qualidade dos alimentos,
condições de habitação), bem como, o meio socioeconômico e cultural, que
expressa os níveis de ocupação e renda, o acesso à educação formal e ao lazer,
os graus de liberdade, hábitos e formas de relacionamento interpessoal, a
possibilidade de acesso aos serviços voltados para a promoção e recuperação da saúde
e da qualidade da atenção nos serviços prestados e dispensados aos utentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzBSkfSW1Yz-Tm45tmicbGF8Pzq4TgmGWimtdgU7CLOrBoCzWg37VmnmDEOn039gt1lT5mVJXYCacOsiSWZ8QfjMHwGTAfvIyPTb6zk0cv4ov7WzH9_k7_4Mv8cPMRx4lpUozxEsUNIk4/s1600/IGUALDADE-EQUIDADE.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="608" data-original-width="1033" height="376" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzBSkfSW1Yz-Tm45tmicbGF8Pzq4TgmGWimtdgU7CLOrBoCzWg37VmnmDEOn039gt1lT5mVJXYCacOsiSWZ8QfjMHwGTAfvIyPTb6zk0cv4ov7WzH9_k7_4Mv8cPMRx4lpUozxEsUNIk4/s640/IGUALDADE-EQUIDADE.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Todavia, entendemos que a promoção da saúde se faz por meio
da educação, da adoção de estilos de vida saudáveis, do desenvolvimento de
aptidões e capacidades individuais, da produção de um ambiente saudável,
estando estreitamente vinculadas as políticas públicas voltadas para a
qualidade de vida e ao desenvolvimento de capacidades para analisar
criticamente a realidade e promover a transformação positiva dos fatores determinantes
da condição de saúde da população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Sem dúvida, a melhoria das condições de vida, saúde,
alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda,
educação, transporte, lazer, atividades físicas, e o acesso aos bens e serviços
essenciais, não são constituídas automaticamente, e nem tão pouco, está
garantido pelo passar do tempo, assim como o progresso e o desenvolvimento não
trazem necessariamente em seu arcabouço saúde e longevidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A compreensão ampla dos fatores intervenientes da saúde como
determinantes e condicionantes de saúde provém de compromissos políticos e
ações intergovernamentais voltadas para as características de cada “Estado ou
Região” como instrumentos necessários às exigências de cada população e
localização geográfica para a efetivação dos direitos sociais estabelecidos nas
leis do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Mesmo com estes direitos determinantes e condicionantes
garantidos em leis o “Estado” brasileiro é marcado por grandes diferenças
sociais, políticas, culturais e econômicas. O “Estado” como um todo, para a
efetivação destes condicionantes e determinantes deve adotar estratégias que
permitam ampliar o acesso às ações e as políticas públicas intergovernamentais
de saúde para alcançar, a enorme parcela dos menos favorecidos destes serviços
e com menos recursos, portanto, com menos escolhas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Apesar de poucas pessoas poderem elaborar as políticas
públicas para a saúde, embora todos sejam capazes de avalia-las, qualquer
pessoa pode observar que os determinantes e condicionantes da saúde de uma
população, passam exatamente pelos direitos não efetivados. Contudo, quando
estes direitos garantidos em leis não são efetivados conforme rege os
princípios constitucionais e doutrinários do SUS, parte da população mais
esclarecida busca o Poder Judiciário para fazer valer os seus direitos sociais
que estão instituídos e implícitos e garantidos nas leis do país, configurando
assim, a judicialização da saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Não obstante, a população menos favorecida e com menos
esclarecimentos e poder aquisitivo, padece da condição do “não ter, pelo não
conhecer e pelo não saber fazer” Mesmo assim, estes direitos sociais estão
garantidos na Carta Magna da República Federativa do Brasil, intitulada de
Constituição Cidadã de 1988, na Lei 8080 de 1990, regulamentada pelo Decreto
Presidencial Nº 7.508 de 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs7UgIOpAjAT48ZB3KQb5Tq6HCuGHDxj5CrvEe9KuxiKHaopZJ7Oy-2k1XPw6sUpO1Y9aymDUtyopA7V4PlBrOd5tDMvti25ogUGDENTgzpC4RCLp2e7GP-JlfU2VHpzuCTYNTXRoktf4/s1600/postal-promoc3a7c3a3o-saude1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1136" data-original-width="1600" height="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs7UgIOpAjAT48ZB3KQb5Tq6HCuGHDxj5CrvEe9KuxiKHaopZJ7Oy-2k1XPw6sUpO1Y9aymDUtyopA7V4PlBrOd5tDMvti25ogUGDENTgzpC4RCLp2e7GP-JlfU2VHpzuCTYNTXRoktf4/s640/postal-promoc3a7c3a3o-saude1.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">CONSIDERAÇÕES FINAIS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Uma concepção tão ampla de saúde e garantias sociais pode
levar a crer que o desafio que se impõe é demasiadamente grande para ser
enfrentado ou demasiadamente caro para ser custeado. [...]. O que se deseja
enfatizar é que grandes saltos na condição de vida e saúde da maioria da
população brasileira e mundial são possíveis por meio de medidas já conhecidas
de baixo custo, eficientes e eficazes, sensíveis já para às próximas gerações.
São desafios grandiosos, mas exequíveis. [...] Sem dúvida, a melhoria das
condições de vida e saúde não é automática nem está garantida pelo passar do
tempo, assim como o progresso e o desenvolvimento não trazem necessariamente em
seu bojo a saúde e a longevidade de uma sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Os valores e os determinantes e condicionantes da saúde,
devem expressar as tendências e as conformações dos hábitos sociais,
legitimados pelos diversos aspectos da sociedade. Em suma, compreender que a
saúde é um direito de todos como dimensão essencial para o crescimento e
desenvolvimento do ser humano no contexto social e de vida em sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">REFERÊNCIAS<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">BRASIL - Lei
nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990. Acessado em 15 abr de 2014. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______.Constituição
da República Federativa do Brasil de 1988. Acessado em 15 abr de 2014.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______.
Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Diretrizes nacionais para o processo
de educação permanente no controle social do SUS. Brasília: Ministério da
Saúde, 2006 a.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______.
Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. A
Construção do SUS: histórias da Reforma Sanitária e do processo participativo.
Brasília: Ministério da Saúde, 2006b.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______.
Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Coletânea de Normas para o
Controle Social do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006c.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______.Ministério
da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégia e Participativa. Caderno de Educação
Popular e Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2007a.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______.
Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. 13ª Conferência Nacional de
Saúde: O Brasil reunido pela saúde e qualidade de vida. Brasília: Ministério da
Saúde, 2007b.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______.
Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Política nacional de educação
permanente para o controle social nos sistema único de saúde. Brasília:
Ministério da Saúde, 2007c.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______.
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. Movimento Sanitário
Brasileiro na década de 70: a participação das universidades e dos municípios –
memórias. Brasília: CONASESMS, 2007d.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______.
Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília: Ministério da
Saúde, 2009.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______.
Decreto nº 7.508, de 28 de Junho de 2011. Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de
setembro de 1990. Acessado em 15 abr de 2014. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/D7508.htm<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______. Lei
Federal n° 12864/13 altera o caput do art. 3° da Lei n° 8080 de 19 de setembro
de 1990 - incluir a atividade física como fator determinante e condicionante da
saúde. Acessado em 15 abr de 2014. Disponível em: http://www.crefsp.org.br/interna.asp?campo=2520&secao_id=112<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">______. MEC –
Saúde -. Acessado em 15 abr de 2014. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro092.pdf<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">BUSS, Paulo
Marchiori; PELLEGRINI FILHO, Alberto. A saúde e seus determinantes sociais.
Physis, v. 17, n. 1, p. 77-93, 2007. Acessado em 15 abr de 2014. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a06.pdf<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">DAHLGREN, Gbran; WHITEHEAD, Margaret.
Policies and Strategies to Promote Social 9. Equity in Health. Stockholm:
Institute for Future Studies, 1991.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><span lang="EN-US">DAGNINO, Evelina. </span>Sociedade
Civil, Espaços Públicos e a Construção Democrática no Brasil: limites e
possibilidades. In: _____ (Org.). Sociedade civil e espaços públicos no Brasil.
São Paulo: Paz e Terra, 2002. p. 279-302.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">NOGUEIRA, M.
A. Um Estado para a sociedade civil. São Paulo: Cortez, 2004.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">OLIVEIRA,
Newton Kepler de. Apostila Legislação e Saúde Pública. UNIAMERICAS – 2014.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">RIBEIRO, R.
J. Democracia versus República: a questão do desejo nas lutas sociais. In:
BIGNOTTO, N, (Org.) Pensar a república. Belo Horizonte: UFMG, 2005. p. 13-25.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">TARLOV, A. Social Determinants of
Health: the sociobiological translation. In: BLANE, D.; BRUNNER,E.; WILKINSON,
R. (Eds.). Health and Social Organization. London: Routledge. p. 71-93, 1996. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: large; text-indent: -14.2pt;">WHITEHEAD, M. DAHLGREN, G. GILSON.
L. Developing the policy response to inequities in Health: a global
perspective. ill;.- Challenging inequities in health care: from ethics to
action. New Y ork:Oxford University Press; 2001:309-322. </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: large; text-indent: -14.2pt;">Acessado em 15
abr de 2014. Disponível em: http://www.ais.up.ac.za/med/scm870/developingpolicychallenginginequitieshealthcare.pdf </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: large;"><a href="https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/fatores-determinantes-e-condicionantes-da-saude/55634" style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/fatores-determinantes-e-condicionantes-da-saude/55634</a></span></div>
<br />luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-61076985216383005602018-03-09T15:38:00.000-03:002018-03-09T15:38:32.264-03:00O conceito de promoção da saúde e os determinantes sociais<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjILPwk33NEzpF7d-rGqdrG86PHVb8fQm8HLHeZLP6iaGy_KM08zDRiTGWqwJ-e-0Ouu__0hMifumi8SwpOQsy5tCSBpTPVzkT_N56qKMtiKZPFq0pxJOaOBuvDc9Z6EQshBjHwbshJCpQ/s1600/apps-saude-analise.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="244" data-original-width="709" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjILPwk33NEzpF7d-rGqdrG86PHVb8fQm8HLHeZLP6iaGy_KM08zDRiTGWqwJ-e-0Ouu__0hMifumi8SwpOQsy5tCSBpTPVzkT_N56qKMtiKZPFq0pxJOaOBuvDc9Z6EQshBjHwbshJCpQ/s1600/apps-saude-analise.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Por Paulo Buss coordenador do Centro
de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz e membro-titular da Academia
Nacional de Medicina | Publicado em 9/2/2010.</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Os cuidados integrais com a saúde implicam ações de promoção
da saúde, prevenção de doenças e fatores de risco e, depois de instalada a
doença, o tratamento adequado dos doentes. Esses três tipos de ação têm áreas
de superposição, como seria de esperar. Neste pequeno artigo de divulgação,
pretendo apresentar o conceito de promoção da saúde e o espectro de ações que
estão embutidas na prática da promoção da saúde pelos profissionais da área e
pela comunidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Saúde é um direito humano fundamental reconhecido por todos
os foros mundiais e em todas as sociedades. Como tal, a saúde se encontra em pé
de igualdade com outros direitos garantidos pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos, de 1948: liberdade, alimentação, educação, segurança,
nacionalidade etc. A saúde é amplamente reconhecida como o maior e o melhor
recurso para os desenvolvimentos social, econômico e pessoal, assim como uma
das mais importantes dimensões da qualidade de vida.</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnn8ymF4awkZuTqRXC7w8GnPZKyS3KbP97SMCexV39fnzA6cARb8hYviyzfZRr0gbfoaVlF97A5IKhJL2_Hg4Us4CbLNSlwJGKhOrZJS4SY38qKA1AtHTR7TnjSV3og4Yuh8fV8fpedr4/s1600/SUS%252B%25E2%2580%2593%252BPromo%25C3%25A7%25C3%25A3o%252Bda%252BSa%25C3%25BAde%252Bpromove%252Ba%252Bqualidade%252Bde%252Bvida.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1040" height="441" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnn8ymF4awkZuTqRXC7w8GnPZKyS3KbP97SMCexV39fnzA6cARb8hYviyzfZRr0gbfoaVlF97A5IKhJL2_Hg4Us4CbLNSlwJGKhOrZJS4SY38qKA1AtHTR7TnjSV3og4Yuh8fV8fpedr4/s640/SUS%252B%25E2%2580%2593%252BPromo%25C3%25A7%25C3%25A3o%252Bda%252BSa%25C3%25BAde%252Bpromove%252Ba%252Bqualidade%252Bde%252Bvida.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Saúde e qualidade de vida são dois temas estreitamente
relacionados, fato que podemos reconhecer no nosso cotidiano, com o qual
pesquisadores e cientistas concordam inteiramente. Isto é, a saúde contribui
para melhorar a qualidade de vida e esta é fundamental para que um indivíduo ou
comunidade tenha saúde. Em síntese, promover a saúde é promover a qualidade de
vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde,
realizada em Ottawa, no Canadá, em 1986 que estabeleceu uma série de princípios
éticos e políticos, definindo os campos de ação. De acordo com o documento,
promoção da saúde é o “processo de capacitação da comunidade para atuar na
melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no
controle desse processo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental
e social, os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer
necessidades e modificar favoravelmente o ambiente natural, político e social.
A saúde é, portanto, um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e
pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, não é responsabilidade
exclusiva do setor saúde e vai além de um estilo de vida saudável, na direção
de um bem-estar global.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A carta afirma que são recursos indispensáveis para ter
saúde: paz, renda, habitação, educação, alimentação adequada, ambiente
saudável, recursos sustentáveis, equidade e justiça social, com toda a
complexidade que implicam alguns desses conceitos. A promoção da saúde é o
resultado de um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos e culturais,
coletivos e individuais, que se combinam de forma particular em cada sociedade
e em conjunturas específicas, resultando em sociedades mais ou menos saudáveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Na maior parte do tempo de suas vidas, a maioria das pessoas
é saudável, ou seja, não necessita de hospitais, CTI ou complexos procedimentos
médicos, diagnósticos ou terapêuticos. Mas, durante toda a vida, todas as
pessoas necessitam de água e ar puros, ambiente saudável, alimentação adequada,
situações social, econômica e cultural favoráveis, prevenção de problemas
específicos de saúde, assim como educação e informação – estes, componentes
importantes da promoção da saúde. Então, para promover a saúde, é preciso
enfrentar os chamados determinantes sociais da saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMcJ3HLM64HTrhW_fqyov_8iRKZlu69cBqHaknNaFtCtDNHERbE5t_8_R8dpzDQgtBIKfPbA3b7ESJ1u85WdQcJp4JeOQYKUx8BX-MEDquI4uuSM_37Eqo3DaRnLfOkYoVIBMmADN52EA/s1600/sade-coletiva-poltica-nacional-de-promoo-da-sade-7-638.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="479" data-original-width="638" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMcJ3HLM64HTrhW_fqyov_8iRKZlu69cBqHaknNaFtCtDNHERbE5t_8_R8dpzDQgtBIKfPbA3b7ESJ1u85WdQcJp4JeOQYKUx8BX-MEDquI4uuSM_37Eqo3DaRnLfOkYoVIBMmADN52EA/s1600/sade-coletiva-poltica-nacional-de-promoo-da-sade-7-638.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A promoção da saúde se refere às ações sobre os
condicionantes e determinantes sociais da saúde, dirigidas a impactar
favoravelmente a qualidade de vida. Por isso, caracterizam-se fundamentalmente
por uma composição intersetorial e, intrasetorialmente, pelas ações de
ampliação da consciência sanitária – direitos e deveres da cidadania, educação
para a saúde, estilos de vida e aspectos comportamentais etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Assim, para melhorar as condições de saúde de uma população,
são necessárias mudanças profundas dos padrões econômicos no interior dessas
sociedades e intensificação de políticas sociais, que são eminentemente
políticas públicas. Ou seja, para que uma sociedade conquiste saúde para todos
os seus integrantes, é necessária ação intersetorial e políticas públicas
saudáveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Além disso, espera-se uma série de políticas no campo da
saúde para que uma sociedade alcance o objetivo de ter pessoas saudáveis, que
realizem o pleno potencial humano de longevidade com qualidade de vida, vivendo
ademais uma vida socialmente produtiva. A Comissão Nacional dos Determinantes
Sociais da Saúde fez uma análise profunda dos determinantes sociais da saúde no
Brasil e uma série de políticas e ações, cujo objetivo último é a promoção da
saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Para a atenção integral de saúde, será necessário utilizar e
integrar saberes e práticas hoje reunidos em compartimentos isolados: atenção
médico-hospitalar; programas de saúde pública; vigilância epidemiológica;
vigilância sanitária; educação para a saúde etc. com ações extrasetoriais em
distintos campos, como água, esgoto, resíduos, drenagem urbana, e também na
educação, habitação, alimentação e nutrição etc., e dirigir esses saberes e
práticas integrados a um território peculiar, diferente de outros territórios,
onde habita uma população com características culturais, sociais, políticas,
econômicas etc. também diferentes de outras populações que vivem em outros
territórios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Em resumo, é a proposta de uma nova prática sanitária
interdisciplinar, que integra diferentes saberes e práticas intra e extrasetoriais,
que se revestem de uma nova qualidade ao articular-se, organizadas pelo
paradigma da promoção da saúde, para o enfrentamento dos problemas existentes
num território singular. Os Programas de Saúde da Família e dos Agentes
Comunitários de Saúde, hoje em implementação no Brasil, são propostas
promissoras e estruturantes de uma nova prática e merecem o mais decidido apoio
político e técnico para sua implementação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><a href="https://www.bio.fiocruz.br/index.php/artigos/334-o-conceito-de-promocao-da-saude-e-os-determinantes-sociais">https://www.bio.fiocruz.br/index.php/artigos/334-o-conceito-de-promocao-da-saude-e-os-determinantes-sociais</a>
<o:p></o:p></span></div>
<br />luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-5347288815360489902018-03-09T10:54:00.000-03:002018-03-09T10:54:13.715-03:00Informações básicas sobre a Atenção Básica<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfXJ2CXjs6nVKRb3gBGhiXTdVciIvjDG4bWRCTm3x5T0dPT6vx90uz8JGcZuoxOIDH763HyXz8GG4GDPB6Qv-9odN_RuV-K8WJ7Wr8e5YeNzC2yeBwPRKDQRtwBFP4Npuln-155hVWmw0/s1600/ATEN%25C3%2587%25C3%2583O-B%25C3%2581SICA.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="318" data-original-width="392" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfXJ2CXjs6nVKRb3gBGhiXTdVciIvjDG4bWRCTm3x5T0dPT6vx90uz8JGcZuoxOIDH763HyXz8GG4GDPB6Qv-9odN_RuV-K8WJ7Wr8e5YeNzC2yeBwPRKDQRtwBFP4Npuln-155hVWmw0/s1600/ATEN%25C3%2587%25C3%2583O-B%25C3%2581SICA.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A Portaria 2.436, de 21 de setembro de 2017, aprova a
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), estabelecendo a revisão de
diretrizes para a organização da Atenção Básica (AB), no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente
Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde (RAS).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">No Art. 2º dessa Portaria, a AB é definida como </span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b45f06; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;"><i>“(...) o
conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem
promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução
de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde” </i></span></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: x-large;">e que deve se desenvolver
por meio de </span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: #b45f06; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>“práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com
equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre
as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária”.</i></span></span></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></o:p></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Porta de Entrada</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A AB é a principal porta de entrada e centro de comunicação
da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços
disponibilizados na rede. Será ofertada integralmente e gratuitamente a todas
as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território,
considerando os determinantes e condicionantes de saúde, sendo proibida
qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor, etnia, crença,
nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde,
condição socioeconômica, escolaridade, limitação física, intelectual, funcional
e outras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Em termos claros, a AB é o primeiro ponto de atenção e a porta
de entrada preferencial do SUS, ordenando os fluxos e contrafluxos de pessoas,
produtos e informações em todos os pontos de atenção à saúde. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvx8cbMogZ_S73Dx22GtV_OSUkTWNoPOWcRhOZ8HrjsSPBq7ofLoXn1irQJa3_pQvynTrLHQG_CQnjs4gDOPKxrU1qchAOGhbFfWKdTpdY5mawiAUUSMDpH5-YA9U4ym90D24j6E4_iO4/s1600/SA%25C3%259ADE+DA+FAM%25C3%258DLIA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="412" data-original-width="620" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvx8cbMogZ_S73Dx22GtV_OSUkTWNoPOWcRhOZ8HrjsSPBq7ofLoXn1irQJa3_pQvynTrLHQG_CQnjs4gDOPKxrU1qchAOGhbFfWKdTpdY5mawiAUUSMDpH5-YA9U4ym90D24j6E4_iO4/s400/SA%25C3%259ADE+DA+FAM%25C3%258DLIA.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Saúde da Família é
estratégia prioritária</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Segundo a legislação citada, a PNAB tem a estratégia “Saúde
da Família” como prioritária para a expansão e a consolidação da Atenção
Básica. E, o Parágrafo único do Art. 4º define que <o:p></o:p></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="margin-left: 14.2pt;">
<span style="color: #b45f06; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><i>"Serão reconhecidas outras
estratégias de Atenção Básica, desde que observados os princípios e diretrizes
previstos nesta portaria e que tenham caráter transitório, devendo ser
estimulada sua conversão em Estratégia Saúde da Família". </i></span></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Integração</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Deve haver estreita integração entre a Vigilância em Saúde e
a Atenção Básica, “sendo condição essencial para o alcance de resultados que
atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da integralidade da
atenção à saúde”, com o estabelecimento de processos de trabalho que considerem
os determinantes, os riscos e danos à saúde, na perspectiva da intra e
intersetorialidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUQNKgRehchl0Mg3h4_4iJ14rGWqu-awEJIAW-OmGlsMb6o6eLdW8qyHD05UBHFd8gp642JBWYhKzJYVUjJ1wvG7UtPs3O0pcZaJZpm47Xh39L97bHRoPFdyjLW_QNScHUiCHIZxvNDj0/s1600/unidade_basica_saude.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="640" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUQNKgRehchl0Mg3h4_4iJ14rGWqu-awEJIAW-OmGlsMb6o6eLdW8qyHD05UBHFd8gp642JBWYhKzJYVUjJ1wvG7UtPs3O0pcZaJZpm47Xh39L97bHRoPFdyjLW_QNScHUiCHIZxvNDj0/s400/unidade_basica_saude.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">UBS</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Segundo o Art. 6º, <o:p></o:p></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="margin-left: 14.2pt;">
<span style="color: #b45f06; font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="font-size: x-large;">Todos os estabelecimentos de
saúde que prestem ações e serviços de Atenção Básica, no âmbito do SUS, de
acordo com esta portaria serão denominados Unidade Básica de Saúde - UBS. </span><span style="font-size: x-large;"><br /></span><span style="font-size: x-large;"></span></i></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="margin-left: 14.2pt;">
<span style="color: #b45f06; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;"><i>Parágrafo único. Todas as UBS são consideradas potenciais espaços de educação,
formação de recursos humanos, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação
tecnológica para a RAS.</i></span></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Princípios e
Diretrizes</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">No Art. 3º da Portaria 2436/17 são definidos os Princípios e
as Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394;">Os Princípios são:</span><o:p></o:p></span></b></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">a) Universalidade;</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">b) Equidade; </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">c) Integralidade.</span></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394;">As Diretrizes:</span><o:p></o:p></span></b></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">a) Regionalização e Hierarquização:</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">b) Territorialização;</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">c) População Adscrita;</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">d) Cuidado centrado na pessoa;</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">e) Resolutividade;</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">f) Longitudinalidade do cuidado;</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">g) Coordenação do cuidado;</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">h) Ordenação da rede; e</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #3d85c6; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">i) Participação da comunidade.</span></blockquote>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A PNAB resulta da experiência acumulada por um conjunto de
atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do SUS,
como movimentos sociais, população, trabalhadores e gestores das três esferas
de governo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;"><b>==============================</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"> </span></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Glossário</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: #cfe2f3; color: #a64d79; font-size: x-large;">O que é Vigilância em
Saúde? </span><span style="font-size: x-large;">(<a href="https://pensesus.fiocruz.br/vigilancia-em-saude">https://pensesus.fiocruz.br/vigilancia-em-saude</a>)
<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Está relacionada às práticas de atenção e promoção da saúde e
aos mecanismos adotados para prevenção de doenças. Integra diversas áreas de
conhecimento e aborda diferentes temas, tais como política e planejamento,
territorialização, epidemiologia, processo saúde-doença, condições de vida e
situação de saúde das populações, ambiente e saúde e processo de trabalho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4IHP6eCgUG3T7RMbqpIR4wxABzzjecDNzL8aSA61cBT7cABzKGQAQhXruJa9iUD_aFHA4PY3e9dwmDKXV-JLF_vOYhTkYXOrsr6eAQM99hIYY67Zo_125X7zXwTKTtB5XQNaSqm6SpfM/s1600/vigilancia.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1201" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4IHP6eCgUG3T7RMbqpIR4wxABzzjecDNzL8aSA61cBT7cABzKGQAQhXruJa9iUD_aFHA4PY3e9dwmDKXV-JLF_vOYhTkYXOrsr6eAQM99hIYY67Zo_125X7zXwTKTtB5XQNaSqm6SpfM/s400/vigilancia.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A vigilância se distribui entre: epidemiológica, ambiental,
sanitária e saúde do trabalhador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">- A <span style="color: #b45f06;">vigilância epidemiológica</span> reconhece as principais
doenças de notificação compulsória e investiga epidemias que ocorrem em
territórios específicos. Além disso, age no controle dessas doenças
específicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">- A <span style="color: #b45f06;">vigilância ambiental</span> se dedica às interferências dos
ambientes físico, psicológico e social na saúde. As ações neste contexto têm
privilegiado, por exemplo, o controle da água de consumo humano, o controle de
resíduos e o controle de vetores de transmissão de doenças – especialmente
insetos e roedores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">- As ações de <span style="color: #b45f06;">vigilância sanitária</span> dirigem-se, geralmente,
ao controle de bens, produtos e serviços que oferecem riscos à saúde da
população, como alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos.
Realizam também a fiscalização de serviços de interesse da saúde, como escolas,
hospitais, clubes, academias, parques e centros comerciais, e ainda inspecionam
os processos produtivos que podem pôr em riscos e causar danos ao trabalhador e
ao meio ambiente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">- Já a área de <span style="color: #b45f06;">saúde do trabalhador</span> realiza estudos, ações
de prevenção, assistência e vigilância aos agravos à saúde relacionados ao
trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><span style="background-color: #cfe2f3; color: #a64d79;">Princípios e
Diretrizes</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">No SUS, os princípios são a base doutrinária sobre a qual se
ergue o Sistema, fundamentando e justificando a sua proposta, estrutura e ações,
dando sentido e sustentação às práticas de atenção. Diretrizes são as normas para
a realização dos princípios, definindo a estratégia para alcançar o
preconizado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDUaJvsxVOifGTqlNzpSMJYgdIE3-8Xh5XRFcxQLY-tG-GlrS7Eytgt_LcLMQDCDzG4WVtThVoz0kozZuTStrglx4TtG8jfrfDGyyvemR4djk-E6ZUBZBr13Q7jGwRv7FkeTacJaXKP_8/s1600/UBS+REFER%25C3%258ANCIA.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="950" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDUaJvsxVOifGTqlNzpSMJYgdIE3-8Xh5XRFcxQLY-tG-GlrS7Eytgt_LcLMQDCDzG4WVtThVoz0kozZuTStrglx4TtG8jfrfDGyyvemR4djk-E6ZUBZBr13Q7jGwRv7FkeTacJaXKP_8/s640/UBS+REFER%25C3%258ANCIA.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><span style="background-color: #cfe2f3; color: #a64d79;">Fluxos e
Contrafluxos, Referência e Contrarreferência </span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Os conceitos de Fluxo e Contrafluxo estão referidos a outros
conceitos, os de Referência e Contrarreferência, e compõem a lógica
organizadora dos aparelhos de saúde para garantir o acesso a todo o tipo de
serviço oferecido pelo SUS. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">No sentido do fluxo ou da referência, a pessoa é recebida na
“porta de entrada” do serviço de saúde, no caso a Atenção Básica, e, se for o
caso, dependendo de sua necessidade, é encaminhada (referenciada) para um
equipamento de saúde de maior complexidade (que é a Unidade de Referência). Após
ser atendida, a pessoa é contrarreferenciado à unidade de AB, ou seja, a
unidade especializada volta a encaminhar o paciente à unidade de Atenção Básica
para a continuidade do atendimento. <o:p></o:p></span></div>
<br />luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-16117174582398583402018-03-08T08:20:00.002-03:002018-03-08T09:54:48.193-03:00Atenção Básica (texto do "PenseSus" da Fiocruz)<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUvZtJvkQyN9DEpojbhllaS2HRJZJtiMwP256dvgc0wUMLHOuh8rQlAb9h-y_Zc0jeX0DDaNCMPGrDm2i2iR-HEvhOFO2isKjNmr8IIMkY2eNDnD9AuVVv-RGTlX0_4ABYoWbMlLyk0yY/s1600/ATEN%25C3%2587%25C3%2583O+B%25C3%2581SICA.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUvZtJvkQyN9DEpojbhllaS2HRJZJtiMwP256dvgc0wUMLHOuh8rQlAb9h-y_Zc0jeX0DDaNCMPGrDm2i2iR-HEvhOFO2isKjNmr8IIMkY2eNDnD9AuVVv-RGTlX0_4ABYoWbMlLyk0yY/s1600/ATEN%25C3%2587%25C3%2583O+B%25C3%2581SICA.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Complementar e aperfeiçoar os serviços oferecidos na <br />Atenção Básica são os principais objetivos do trabalho dos <br />profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).<br /><br /></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. A atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">No Brasil, há diversos programas governamentais relacionados à atenção básica, sendo um deles a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), por exemplo. Consultas, exames, vacinas, radiografias e outros procedimentos são disponibilizados aos usuários nas UBSs. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A atenção básica também envolve outras iniciativas, como: as Equipes de Consultórios de Rua, que atendem pessoas em situação de rua; o Programa Melhor em Casa, de atendimento domiciliar; o Programa Brasil Sorridente, de saúde bucal; o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), que busca alternativas para melhorar as condições de saúde de suas comunidades etc. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Mais informações sobre onde encontrar as UBSs em seu município estão disponíveis no <a href="http://cnes.datasus.gov.br/Lista_Tot_Es_Estado.asp" target="_blank">Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde</a> e também nos sites das Secretarias Municipais de Saúde.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Leia mais no <a href="http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/ateprisau.html" target="_blank">Dicionário de Educação Profissional em Saúde</a> da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><a href="https://pensesus.fiocruz.br/atencao-basica">https://pensesus.fiocruz.br/atencao-basica</a></span>luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-65261070538492463902018-03-07T11:58:00.000-03:002018-03-07T11:58:09.493-03:00SOU+SUS começa 2018 com apresentação sobre os NEMS, criação da SEINSF e nova forma de financiamento<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioOaHT0cl5hecwFHKbUvbK_r4_Er21jBsHAYp8E8vkxWcREjtr1_M858Zxzc9iNKDNCjKG9NQuAr6CGFqDtiD0Uj3FiiLHSQa0pTeG3Iup2ZGeIrZNOAyIfhT6eq4-je6AbYOrZdFFQGc/s1600/zIMG_0110.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioOaHT0cl5hecwFHKbUvbK_r4_Er21jBsHAYp8E8vkxWcREjtr1_M858Zxzc9iNKDNCjKG9NQuAr6CGFqDtiD0Uj3FiiLHSQa0pTeG3Iup2ZGeIrZNOAyIfhT6eq4-je6AbYOrZdFFQGc/s640/zIMG_0110.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="color: blue;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Apresentação foi didática e motivou muitas conversas e
debates, com esclarecimentos oportunos sobre os temas tratados. O “fim das
caixinhas” é uma perspectiva que pode representar desburocratização no uso dos
recursos</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;"><i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Na manhã do dia 01 de março, com início às 9h30, aconteceu a
abertura do SOU+SUS em 2018. Os temas em pauta foram a nova função dos Núcleos
Estaduais do Ministério da Saúde (NEMSs), a criação da Seção de Apoio
Institucional e Articulação Federativa (SEINSF) e a nova sistemática de
financiamento definida pela Portaria 3992/2017, assinada pelo ministro da Saúde
no dia 28 de dezembro do ano passado. Vinte servidores assistiram à apresentação
da chefe da SEINSF, Elizabete Matheus, que demonstrou excelente conhecimento
dos assuntos tratados e esclareceu todas as dúvidas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A reestruturação dos NEMSs, que foram por muito tempo apenas
escritórios de apoio logístico e administrativo, foi o primeiro tema a ser
tratado. Segundo Elizabete, ou Bete, como é carinhosamente chamada pelos
colegas, há muito se sente, no Ministério da Saúde (MS), a necessidade de
reorganizar os núcleos visando otimizar e integrar as ações do MS nos estados.
“Está clara, já há muito tempo, a importância de qualificar o papel estratégico
dos núcleos estaduais, fortalecendo as ações técnicas e o apoio institucional
do MS aos estados, regiões e municípios para o desenvolvimento das políticas,
programas e ações de saúde”, explicou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Para a chefe do SEINSF, os NEMSs são peças estratégicas para
a efetivação das ações e serviços de saúde à população dos estados,
fortalecendo as relações federativas. “É imprescindível, neste momento, que as
atividades desenvolvidas nos núcleos estejam de acordo com as diretrizes
ministeriais e também do Conselho Nacional de Saúde, bem como com as pactuações
realizadas nas comissões intergestores e, é claro, levando em conta
especificidades locais”, disse. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7DgNaMv5dCjhsoOCdev607y5_fBAog6RcXmoSV4Pvvr-A-GCp8eabIFVnxK7FoqcgvgRAOu642Pgp08POUXIG4dSve_oJsw1rcOiMQGRf3Lv3-JbGN39eihNZ2Vrt48Z-YjB0gK8FSd8/s1600/IMG_0119.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7DgNaMv5dCjhsoOCdev607y5_fBAog6RcXmoSV4Pvvr-A-GCp8eabIFVnxK7FoqcgvgRAOu642Pgp08POUXIG4dSve_oJsw1rcOiMQGRf3Lv3-JbGN39eihNZ2Vrt48Z-YjB0gK8FSd8/s640/IMG_0119.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">Planejamento
ascendente</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Bete deixou claro que a relação do MS com os municípios foi
estabelecida, historicamente, de forma vertical, com o MS estabelecendo
prioridades que muitas vezes não estavam em consonância com as necessidades das
regiões de saúde. “Isso está mudando, pois o SUS acontece, na prática, nos
municípios: são eles que oferecem o atendimento da Atenção Básica e, em muitos
casos, também da média complexidade, por isso necessitam de mais autonomia e,
ao invés de termos um planejamento descendente, como acontece hoje, precisamos
de um planejamento ascendente e de uma gestão compartilhada”, esclareceu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Muitas regiões de saúde, da mesma forma, foram
estabelecidas, em muitos casos, de forma burocrática, sem levar em consideração
as singularidades locais, e há Planos de Saúde (PS) municipais que são apenas
cartoriais, ou seja, são feitos apenas para satisfazer às exigências do MS para
a liberação de recursos. “Há casos de prefeituras que contrataram assessorias
para produzir um plano e receber os recursos e há, ainda, as que copiam e colam
planos de outros municípios esquecendo até mesmo de mudar o nome do município”,
afirmou Bete. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">Apoio generalista</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Para as mudanças necessárias, o SEINSF é fundamental,
segundo ela, e a nova seção tem a missão de apoiar a gestão do SUS de forma
generalista, não mais localizada e pontual, como acontecia antes, quando se
contratavam apoiadores para cada programa do MS. “O SEINSF existe para
executar, monitorar e avaliar as atividades de apoio institucional necessárias
à implementação de ações do SUS, articulando-se com as instituições de saúde,
de educação e, principalmente, do controle social, que terá uma importância
redobrada na nova forma de financiamento”, explicou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjanrKg1ipL-Z8Mcp6WKIWH_5ZcuV_rrQrF9endpe2ooTeGFT7e0ytX2ISSc1kMfYBZYe_Fdx6t1jPgW6pj9OvSf9ukGVvB4YRMuWcscko0u8PAnwQU-VembaMIcHvcV3vp4wBG_uM21R0/s1600/IMG_0114.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjanrKg1ipL-Z8Mcp6WKIWH_5ZcuV_rrQrF9endpe2ooTeGFT7e0ytX2ISSc1kMfYBZYe_Fdx6t1jPgW6pj9OvSf9ukGVvB4YRMuWcscko0u8PAnwQU-VembaMIcHvcV3vp4wBG_uM21R0/s640/IMG_0114.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Segundo o Regimento Interno do MS, o SEINSF é estratégico
para apoiar o estado, o COSEMS (Conselho de Secretários Municipais de Saúde) e
todos os atores envolvidos no planejamento de saúde. Deve assessorar os
municípios na elaboração dos PSs, da Programação Anual de Saúde (PAS) e dos
Relatórios de Gestão (RG), visando a garantir que os mesmos expressem as diretrizes
dos respectivos Conselhos de Saúde e das Políticas de Saúde pactuadas nas
instâncias competentes para isso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">Fora das caixinhas</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Bete falou da “Cultura das Caixinhas” no âmbito do MS, tanto
nos núcleos como na estratégia de financiamento, e da necessidade de “pensar
fora das caixas” para melhor planejar as ações e, com isso, satisfazer
efetivamente às necessidades da população. “É necessário garantir a integração
das ações em todos os níveis, até porque no nível da assistência essa
integração é fundamental, já que é praticamente impossível para a maior parte
dos municípios brasileiros garantir a integralidade na atenção, pois uns
dependem dos outros, sendo absolutamente imprescindível que União, estados e
municípios estejam sempre dialogando e pactuando as suas ações”, declarou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Os blocos de financiamento, que antes eram seis, passam, com
a Portaria 3992/2017, a apenas dois: o de custeio e o de financiamento. “Essa é
uma ideias já antiga na gestão do SUS, que agora se concretiza, facilitando a
realização de gastos emergenciais e liberando os recursos represados na saúde
brasileira, que chegam a R$ 5 bilhões em boa parte por conta da antiga
modalidade de repasse de recursos, que contava com seis blocos subdivididos em
mais de oitocentas ‘caixinhas’ diferentes”, disse. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHP4AT61adoHRxBIAooWpHX02VVl0TKSmW1BPspObQiV16fpm67xBTYUf_id_mx_xOZa_O-gfwP8Pvg2JH_BZS9-MVRC5Vhg7nqfXRVXasZ7dPslAyhg-88hd6ol2oWhaCR5xmW5HLkaA/s1600/IMG_0109.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHP4AT61adoHRxBIAooWpHX02VVl0TKSmW1BPspObQiV16fpm67xBTYUf_id_mx_xOZa_O-gfwP8Pvg2JH_BZS9-MVRC5Vhg7nqfXRVXasZ7dPslAyhg-88hd6ol2oWhaCR5xmW5HLkaA/s640/IMG_0109.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">Dois blocos</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Para Bete, os municípios terão que alimentar e manter
atualizados os sistemas de informação do SUS e serão severamente fiscalizados
no que diz respeito aos gastos com saúde. Deverão apresentar Planos de Saúde
efetivos, não apenas para receber recursos, e, antes de transferir valores
orçamentários de uma destinação para outra, precisarão pactuar essas
movimentações nas instâncias competentes. Os conselhos de saúde terão um papel
mais decisivo e os relatórios de gestão terão que ser claros e estar em
consonância com a realidade, estando vinculados aos programas previstos no
Orçamento Geral da União. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Os recursos destinados ao Bloco de Custeio devem garantir a
manutenção da prestação das ações e serviços públicos de saúde e o
funcionamento dos órgãos e estabelecimentos responsáveis pela implementação das
ações e serviços públicos de saúde. Já no Bloco de Financiamento serão
possíveis gastos com a aquisição de equipamentos, obras de construções novas
utilizadas para a realização de ações e serviços públicos de saúde e obras de
reforma e/ou adequações de imóveis já existentes, utilizados para a realização
de ações e serviços públicos de saúde.</span></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-30644003518602650862018-01-28T19:46:00.000-02:002018-01-28T19:46:31.135-02:00Sobre o modelo flexneriano da medicina científica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip1dOCxDn7GqPYja6nu5fe1GGPGTeiLXUNoX-MnF8uhyphenhyphenjB3vfTTy3FLhpEdmnO5q3s5nEEA1d8XIJtWOYAMdXxxhq6-By4U68XQEh1uE-bcbM4lIgQX9pi_4-9uqy22NP3M-1Pr8klAQA/s1600/512HlKW6MtL._SL500_SX362_BO1%252C204%252C203%252C200_.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="499" data-original-width="364" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip1dOCxDn7GqPYja6nu5fe1GGPGTeiLXUNoX-MnF8uhyphenhyphenjB3vfTTy3FLhpEdmnO5q3s5nEEA1d8XIJtWOYAMdXxxhq6-By4U68XQEh1uE-bcbM4lIgQX9pi_4-9uqy22NP3M-1Pr8klAQA/s1600/512HlKW6MtL._SL500_SX362_BO1%252C204%252C203%252C200_.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Abraham Flexner foi um educador que se especializou em
ensino médico e escreveu, em 1910, um relatório que mudou o ensino da medicina
nos EUA e, consequentemente, a prática médica. Subvencionado pela Fundação
Rockfeller, Flexner entrou em ação para “pôr ordem” no suposto caos que
caracterizava o ensino e a prática médica naquele país. E foi assim que, em
1912, assumiu importante e permanente posição no General Education Board.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O tal “caos” dizia respeito à proliferação das práticas
médicas consideradas “não científicas”, como o fisiomedicalismo e o
botanomedicalismo, terapêuticas que viriam a dar origem à fitoterapia e à
homeopatia. Não havia a necessidade de concessão do Estado para ensinar ou
exercer a medicina e, além das terapêuticas referidas, tudo o mais era
permitido, o que, sem dúvida, representava um risco para a população, por conta
da absoluta ausência de regulação. É preciso, porém, saber que a proposta
flexneriana acabou por dar um prestimoso auxílio à indústria farmacêutica, que
desde o final do século XIX, começava a construir o seu império e a influenciar
decisivamente a lógica da assistência à saúde, impondo a “medicina científica”
como padrão. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Tudo indica que, naquele momento, a população dos Estados Unidos da América se
livrou dos supostos curandeiros e charlatães, mas caiu nas garras da indústria
de fármacos. E, afinal, não se pode dizer que a fitoterapia e a homeopatia
sejam terapêuticas de charlatães, como pretendia Flexner, seus patrocinadores e
a sua turma de discípulos. Hoje, inclusive, estão incluídas no SUS e boa parte
da população as considera eficazes e efetivas. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Trata-se de um modelo de assistência à saúde para poucos, já
que os recursos de média e alta complexidade encontram-se usualmente em grandes
centros urbanos e também por conta de seus custos. E, quem sabe, para ninguém,
pois, como será brevemente exposto adiante, não é o doente o assistido. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT2edbFaojii-OpBHWPl5c-KBkA73u34e69JcfclEDvYX5XOhqwlO6TgiAmX_zauwPOs8pWb-_iM-s1dscnvc_amgWXJkoSbD48sqv-yAAV-l1GrVf6lU2NawaEPSKcTA6pxtzwMDmCpw/s1600/Picture_of_Abraham_Flexner.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="301" data-original-width="220" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT2edbFaojii-OpBHWPl5c-KBkA73u34e69JcfclEDvYX5XOhqwlO6TgiAmX_zauwPOs8pWb-_iM-s1dscnvc_amgWXJkoSbD48sqv-yAAV-l1GrVf6lU2NawaEPSKcTA6pxtzwMDmCpw/s400/Picture_of_Abraham_Flexner.jpg" width="292" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: start;"><span style="color: blue; font-size: x-large;">Abraham Flexner</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">Doença para todos</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Com Flexner, a medicina alopática (muitos preferem dizer
“científica”, já que o termo alopatia foi criado por Christian Friedrich Samuel
Hahnemann, pai da homeopatia) se impôs, favorecendo os tratamentos com base na
cura de sintomas, com intenso uso de medicamentos industrializados, e a prática
médica se alinhou decisivamente à indústria. Assim, a utilização indiscriminada
de medicamentos industrializados, bem como a adoção de procedimentos médicos de
média e alta complexidade tecnológica, passaram a predominar. Os custos altos
dos tratamentos significavam lucro para a indústria e, como já mencionado, estava
acessível a poucos. No fim das contas, a medicina científica se estabelecia
como uma estratégia de lucratividade no combate ao mal instalado, nunca de
promoção de saúde. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Há que se pensar que o cidadão e a cidadã, quando saudáveis,
não são tão lucrativos como quando adoecem frequentemente. E os médicos, graças
à proposta de Flexner, passaram a ser doutrinados para lidar com pedaços de um
corpo biológico, peças de corpos-máquinas, absolutamente desvinculados de
qualquer vínculo humano, o que, cá para nós, é uma prática muito profícua para
o desenvolvimento de males diversos. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O hospital era, então, o grande centro de saúde onde, no
entanto, havia tudo, menos saúde. A manutenção desses centros de doenças exigia
(e ainda exige) muitos recursos, já que o atendimento é oferecido a pessoas nas
quais a doença já se instalou e precisa ser tratada com recursos técnicos e
tecnológicos que envolvem a compra e a manutenção de equipamentos sofisticados,
bem como diversos profissionais para operá-los e lhes dar suporte técnico, fora
toda a equipe de saúde envolvida. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O modelo flexneriano parece, assim, uma prática iatrogênica,
ou seja, o que oferece é a doença como centro. Foca seu interesse no estudo do
adoecimento e somente com relação ao seu conceito de doença entende e define a
saúde. Nessa ótica, saúde é a ausência de doenças.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz8WZi_6He71Wq7_PGa2xV5hUe2iQIxDmMVEzGL85bNbk14hEkRD7_z7zSl_oqMklecqmLDnV71FAhrTiqNmtX7MxAm8t8AkVyGqlBY8Klr6z3exePWjLVBlLeDllkDU-PV9n0HUfWcs8/s1600/17_BELLMER_corpos+mutilados.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="432" data-original-width="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz8WZi_6He71Wq7_PGa2xV5hUe2iQIxDmMVEzGL85bNbk14hEkRD7_z7zSl_oqMklecqmLDnV71FAhrTiqNmtX7MxAm8t8AkVyGqlBY8Klr6z3exePWjLVBlLeDllkDU-PV9n0HUfWcs8/s1600/17_BELLMER_corpos+mutilados.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">Corpos segmentados</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Como já dito anteriormente, o sistema de saúde flexneriano é
voltado para corpos segmentados. Surgem, a partir daí, os especialistas, aqueles
médicos que tratam cada órgão em particular e que parecem ignorar que há um
conjunto que articula o bom ou mau funcionamento desses órgãos e que esse
conjunto está integrado em uma pessoa, um ente humano, que tem uma história e
uma subjetividade determinante no processo de adoecimento. Em suma, não há, na
dita medicina flexneriana, a científica, qualquer percepção de que o
adoecimento é da pessoa, não de seu órgão em particular. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Há, no modelo de Flexner, uma unicausalidade mística, como
se um elemento agressor houvesse agido sobre o corpo quase que de forma isolada,
sem qualquer participação da pessoa que adoece, como se a vida real nada
significasse, apenas o jogo invisível dos bacilos, vírus e bactérias.
Dispensa-se total atenção à manifestação patológica e se deixa de perceber que por
trás dos sintomas e síndromes está uma pessoa que adoece de uma determinada
forma e que nenhum adoecimento é igual. Ao agir assim, diminui a possiblidade
dessa pessoa criar hábitos que evitarão o adoecimento e/ou promoverão saúde. Nesses
casos, no máximo depois da doença instalada, ou quando já há risco iminente de
adoecimento, é que se recomenda ou receita uma dieta ou qualquer outro
procedimento salubre. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">Atendimento à
doença, conforme descrita nosologicamente</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Não se entende, nesse modelo da medicina “científica”, que a
pessoa precisa ser tratada integralmente para combater efetivamente a doença e que
a doença não pode se confundir com suas manifestações, pois quando um órgão
adoece, isso significa que é a pessoa que está doente e é ela que necessita de
atenção, uma atenção integral, não simplesmente delimitada ao órgão doente. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Usualmente, a doença se instala de acordo com a forma de
vida que a pessoa acometida pela doença leva. Assim, cada adoecimento é
singular, o que não significa que não haja semelhanças entre um doente e outro
e que um conjunto de sintomas pode, com certeza, informar sobre uma determinada
forma de adoecer, resultante da ação de determinado agente patogênico. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Há médicos que, por incrível que possa parecer, não entendem
que há uma pessoa que adoece por trás dos sintomas. Isso acontece por conta de
sua formação (aquela proposta por Flexner nos EUA), e combatem a doença que
está nos livros, nos tratados médicos, do jeito que ali está, não exatamente como se manifesta
nas pessoas, singularmente em cada uma. O doente, nesse caso, fica esquecido e, não raro, condenado a
sofrer com as reincidências de seus males. Se o médico apenas combate a doença
como abstração, não atende ao doente, que é a manifestação concreta e objetiva
dela. </span></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-24791443245872615742017-12-14T14:02:00.000-02:002017-12-14T14:05:42.265-02:00'New York Times': Brasil combate o HIV com pílulas preventivas gratuitas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtZhzv7nIEfx9TFyYH1COdaDhbSAUaeBxc_XkvaBIPZ6A_Jn0jiyh6sDX6oqVCatbrzQGwszEvRmdzG_mXbY_VohxvJGfIBevBmfcIFVyksEfbms75TJGZlnMb7VMY9oefTpmUoIAGFqI/s1600/MAT%25C3%2589RIA+P%25C3%258DLULA+AIDS.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="614" data-original-width="627" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtZhzv7nIEfx9TFyYH1COdaDhbSAUaeBxc_XkvaBIPZ6A_Jn0jiyh6sDX6oqVCatbrzQGwszEvRmdzG_mXbY_VohxvJGfIBevBmfcIFVyksEfbms75TJGZlnMb7VMY9oefTpmUoIAGFqI/s1600/MAT%25C3%2589RIA+P%25C3%258DLULA+AIDS.jpg" /></a></div>
<span style="color: #660000; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>Jornal do Brasil | 13/12/17</b></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Para conter o aumento de casos de HIV entre jovens, o Brasil começou a oferecer um medicamento que pode prevenir a infecção entre aqueles que poderiam ter um alto risco de contágio, destaca reportagem do The New York Times publicada nesta terça-feira (12). "O Brasil é o primeiro país da América Latina, e um dos primeiros entre os países em desenvolvimento, a adotar o uso do tratamento chamado PrEP ou Profilaxia Pré-exposição como uma parte chave de sua política de saúde preventiva", escreve Shasta Darlington. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O jornal norte-americano diz que, na fase inaugural do programa, a pílula azul fica disponível sem custo para brasileiros em 35 clínicas de saúde em 22 cidades. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Entre 2006 e 2015, quase se triplicou a quantidade de casos de Aids entre homens entre 15 a 19 anos, chegando a 6,9 casos para cada 100 mil pessoas. Entre brasileiros de 20 a 24 anos, a taxa duplicou para 33,1 casos para cada 100 mil pessoas, de acordo com a UNAIDS, agências das ONU que coordena e promove políticas de prevenção ao HIV em todo o mundo.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">De acordo com a agência da ONU, foram reportados 48 mil novos casos de infecção por HIV no Brasil apenas em 2016, e cerca de 14 mil mortes por enfermidades relacionadas a Aids. Ainda segundo os dados do organismo, cerca de um a cada dez homens que fazem sexo com outros homens no Brasil são soropositivos,</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">"Nossa esperança é que com o PrEP e outras medidas possamos reduzir as taxas de novas infecções", diz Adele Benzaken, diretora do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis IST, HIV, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. "Mas é um grande desafio", completou. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O New York Times destaca que, "há muito tempo", o Brasil é reconhecido como um país que oferece uma resposta contundente à questão do HIV. Nos anos 1990, "desafiou as empresas farmacêuticas ao produzir versões genéricas de medicamentos anti-retrovirais, o que levou a uma redução nos preços desses medicamentos no mundo todo". </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">"O governo brasileiro compra e distribui mais camisinhas do que qualquer outro país e, em 2013, começou a distribuir tratamento anti-retroviral gratuita para todos os adultos HIV positivos que buscam o serviço", completa o jornal norte-americano. Antes, o protocolo previa o tratamento apenas quando a infecção pelo vírus atingia um estágio que já era considerado caso de aids. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>Confira a reportagem na íntegra:</b></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><a href="https://www.nytimes.com/2017/12/12/world/americas/prep-brazil-hiv-aids.html" target="_blank">:: Brazil Fights H.I.V. Spike in Youths With Free Preventive Drug</a></span>luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-81103088709871043912017-10-09T07:26:00.000-03:002018-02-01T16:18:17.015-02:00Saúde Indígena no SOU+SUS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggyQ50bq8KZ9bfQkevC_Oh8tajaP36K6Epm_nKmvXDFA24PdS6azQfX-TjEdz93KJPEofG2NqNj59JnbkHqHYiOvU9GMty6g7CffDwbRoxl_5Wap-tkovJXVcy8t_u_zzr9P_AfrAdH4c/s1600/DSC05044.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggyQ50bq8KZ9bfQkevC_Oh8tajaP36K6Epm_nKmvXDFA24PdS6azQfX-TjEdz93KJPEofG2NqNj59JnbkHqHYiOvU9GMty6g7CffDwbRoxl_5Wap-tkovJXVcy8t_u_zzr9P_AfrAdH4c/s640/DSC05044.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">No dia 05 de outubro o tema da roda de conversa do SOU+SUS
foi a Saúde Indígena e a servidora Mirca Longoni, hoje lotada no Serviço de
Convênios da Coordenação do Núcleo do Ministério da Saúde no Paraná, foi a
mediadora. Ela trabalhou por muito tempo na FUNAI (Fundação Nacional do Índio)
e no Distrito Sanitário Especial Indígena do Litoral Sul (DSEI), mais
especificamente na Casa de Saúde Indígena (CASAI) de Curitiba, tendo sido
responsável pelo excelente trabalho desenvolvido nela. Durante pouco mais de
uma hora, Mirca pôde esclarecer satisfatoriamente todas as dúvidas dos
servidores presentes em relação ao tema.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Inicialmente um breve histórico da Assistência à Saúde Indígena
foi apresentado. Mirca falou do tempo em que o exército era o órgão do Estado
brasileiro que tinha maior relação com os índios e lembrou a que a fundação da
FUNAI se deu em 1967, com o objetivo de tratar de todo e qualquer assunto
relacionado ao povo indígena no país. Houve um momento, segundo ela, que a
atenção à saúde indígena carecia de estrutura. “Havia, por exemplo, apenas um
ônibus com a equipe móvel que prestava assistência nas aldeias, isso para cinco
estados, logo não havia como prestar assistência de forma adequada”, disse. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Com a incorporação da Saúde Indígena à Fundação Nacional de
Saúde (FUNASA), buscou-se incluir os povos indígenas no Sistema Único de Saúde
(SUS), com um tratamento diferenciado que envolvesse o tratamento da doença considerando
os aspectos culturais singulares de índios e índias. Em 2010, foi criada a
Secretaria Especial de Saúde Indígena pelo Ministério da Saúde, com equipes
multidisciplinares e com a instituição de 34 Distritos Sanitários Indígenas
espalhados pelo Brasil e o respeito aos aspectos culturais foi mais reforçado
ainda. “É preciso respeitar a cultura do índio na assistência à saúde, ter em
conta que o pajé tem procedimentos próprios a essa cultura. Mas, há hospitais
nos quais isso fica mais difícil e, nesses casos, há a necessidade de realizar
reuniões com as equipes de saúde para falar dessa importância”, afirmou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtTLItOESX3QXTpWZ0oALTcwEI1-16Ce29UFMwFbSb2A8Cf1femAAlOzKlMYn42WcPA3PqgeIqOisKiZdx2-vg-UUoHbtENTGYqecf_AwYgZ9KERJlJIjMlSz50YLNkIWrtl3pI0M9AmQ/s1600/DSC05038.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtTLItOESX3QXTpWZ0oALTcwEI1-16Ce29UFMwFbSb2A8Cf1femAAlOzKlMYn42WcPA3PqgeIqOisKiZdx2-vg-UUoHbtENTGYqecf_AwYgZ9KERJlJIjMlSz50YLNkIWrtl3pI0M9AmQ/s640/DSC05038.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>Choque de culturas</b></span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Mirca falou do choque cultural que leva muitos indígenas a
viver na perigosa fronteira estabelecida entre o modo de ser dos povos
indígenas e a sociedade dita branca. Muitos, inclusive, vivem com tamanha
dificuldade essa situação que o número de suicídios é bem alto entre índios,
sendo que o maior número de suicidas está entre jovens de 14 a 25 anos. Outro
problema que merece atenção especial das equipes de saúde é o alcoolismo, sendo
que, segundo Mirca, cada etnia indígena consome o álcool de maneira específica.
“O guarani é mais introspectivo, costuma beber sozinho, é mais depressivo; já a
etnia kaingang se caracteriza pela maior extroversão e a bebida é
compartilhada”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>Assistência especial </b></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O tipo de adoecimento mudou com o tempo. Antigamente, eram
mais comuns as doenças respiratórias, como a pneumonia, agora chama a atenção o
aumento dos casos de câncer entre os indígenas. O HIV, por sua vez, está
controlado, mas houve alguns casos no passado. A assistência à saúde para os
povos indígenas é especial e se dá em primeiro lugar com o pajé. Se o problema
não for resolvido, o agente de saúde indígena é acionado e, se ainda
persistirem os sintomas, há o posto de saúde na aldeia. Em casos graves, é
feito o transporte do(a) doente para um hospital em uma cidade próxima, sempre
tentando, na medida do possível, combater a doença respeitando as diferenças
culturais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-86729210793548151072017-09-14T07:46:00.000-03:002017-09-14T07:46:17.367-03:00Uma brecha para salvar o SUS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKNCTTg9MFepdX5g_g2NRbqhoCVvsl_VCF9TYSPnh9llZPz3qNxKccEKjJ4NsTE2GsrtgafVWGO7EnOww2cOoajSDWj4j9iCUKjHKfvkNpN21H_Ee_x-y-a2faQoAbVb-nNRpIB2kjb_Y/s1600/logo-conferencia2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="524" data-original-width="704" height="476" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKNCTTg9MFepdX5g_g2NRbqhoCVvsl_VCF9TYSPnh9llZPz3qNxKccEKjJ4NsTE2GsrtgafVWGO7EnOww2cOoajSDWj4j9iCUKjHKfvkNpN21H_Ee_x-y-a2faQoAbVb-nNRpIB2kjb_Y/s640/logo-conferencia2.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;"><i>Por Grazielle David | Imagem: Araquém Alcântara, em Branco Vivo | 13/09/2017 | Ações que o STF julgará em dias podem destinar royalties do Pré-Sal à Saúde Pública e anular congelamento dos gastos sociais. Mídia cala-se, em mais um tema crucial</i></span><br />
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Depois de sucessivas desilusões, eis que surge uma esperança, jurídica, para o financiamento da Saúde Pública: a restituição dos royalties do petróleo como recurso financeiro adicional, por decisão liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade no 5.595. Processo foi liberado hoje (12/9) para pauta no plenário do STF.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span><br />
<a name='more'></a><br />
<span style="color: blue; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b>Breve histórico do financiamento da saúde pública</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Quando da promulgação da Constituição em 1988, no artigo que menciona que a saúde é direito de todos e dever do Estado, os constituintes “esqueceram” de dizer de onde viria o dinheiro. Em uma busca constante e incansável de financiamento adequado, apoiadores do SUS foram ao Legislativo e ao Judiciário para salvar não apenas o Sistema Único de Saude, mas a vida dos milhões de brasileiros.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Somente após doze anos, uma primeira vitória parecia surgir no horizonte. A Emenda Constitucional no 29/2000 iniciou o processo para garantir um valor mínimo a ser aplicado em ações e serviços públicos de saúde. Porém, ela descreveu apenas de onde o dinheiro deveria vir, no caso dos estados e municípios, mas não o valor. No que diz respeito à União foi pior: uma nova lei teria que ser editada. Assim, a busca do SUS por um financiamento adequado, progressivo e justo permaneceu. Foram necessários mais doze anos para que a Lei Complementar 141/2012 fosse aprovada. Ali, finalmente, as fontes e porcentagens de recursos foram estipuladas.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A luz da esperança para o financiamento mais progressivo para o SUS ganhou brilho no ano seguinte com a Lei no 12.858/2013. Pela primeira vez, ela vinculou parte dos recursos auferidos (os royalties) com a exploração de petróleo e gás natural aos gastos sociais do Estado. A regra vale para os contratos de exploração firmados a partir de dezembro de 2012, sob os regimes de concessão, de cessão onerosa e de partilha de produção, exploradas em plataforma. Nestes casos, 25% dos royalties destinam-se à Saúde e 75% à Educação.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_XIS0BMX2tXBfhYxGEIk3UqRiUUTOvJZZCBV82wa33BUi6GXX9RqVSTQb8hX8tfEMUVb88-WByik9KuijKu5yJIFmcRcEb16R8LAWz5JGLGD4CcwXMWYyxu3iHYRe8AGjKVn1ruyoQzo/s1600/Todos+Juntos+pelo+SUS_1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="461" data-original-width="601" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_XIS0BMX2tXBfhYxGEIk3UqRiUUTOvJZZCBV82wa33BUi6GXX9RqVSTQb8hX8tfEMUVb88-WByik9KuijKu5yJIFmcRcEb16R8LAWz5JGLGD4CcwXMWYyxu3iHYRe8AGjKVn1ruyoQzo/s1600/Todos+Juntos+pelo+SUS_1.png" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Porém, essa luz durou pouquíssimo tempo. Em 2015, no âmbito do “ajuste fiscal” iniciado pelo governo Dilma, o Congresso aprovou a Emenda Constitucional 86. As esperanças de um financiamento mais adequado para o SUS foram pelo ralo. A garantia de que 15% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União seriam destinados à Saúde Pública foi escalonada ao longo de 5 anos. Pior: os royalties do petróleo – que a princípio seriam uma receita adicional ao sistema – foram transformados em uma das fontes para chegar aos mesmos 15%. Ainda assim, era uma receita pequena, mas com grande potencial de crescimento.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">O resultado foi uma aplicação baixa em saúde para o ano de 2016. Nesse momento, mais uma vez os defensores do SUS(1) foram buscar ao Judiciário a defesa de recursos financeiros apropriados. Protocolaram a Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI — 5.595. Há poucas semanas, em 31 de agosto, veio um sinal de vitória. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu medida liminar suspendendo os efeitos de artigos da Emenda Constitucional (EC) 86, que tratavam do escalonamento e inserção dos royalties no cálculo do mínimo a ser aplicado em saúde. A liminar foi emitida para evitar que o orçamento de 2018 para a saúde seja elaborado com recursos inferiores e para que o valor devido seja restituído em 2017, de acordo com artigo 25 da Lei Complementar 141.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="color: blue; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b>Os efeitos da liminar na ADI 5.595</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Com a suspensão dos artigos 2º e 3º da Emenda Constitucional 86, por meio da liminar, prevalece o artigo 1º. A União passa a ter que aplicar em saúde 15% de sua Receita Corrente Líquida, mais os royalties do petróleo, como recurso adicional. Ocorre que isso teria que valer desde quando a EC 86 passou a vigorar, tendo efeito no valor que foi aplicado em saúde em 2016. O valor que havia sido aplicado, correspondente a 13,2% da Receita Corrente Líquida (RCL), saltaria para 15% da RCL – mais os 25% dos royalties do petróleo, obtidos contratos firmados a partir de dezembro 2012. Significa que, só em 2016, deverá ocorreu uma complementação de R$ 2,52 bilhões ao orçamento da Saúde. Ao invés de R$ 105,85 bilhões, o setor passará a receber R$ 108,38 bi.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Para 2017 o orçamento do SUS deverá também ser complementado, de forma adicional, com os 25% dos royalties do petróleo. Isso representa R$ 21 milhões a mais a ser investidos em Saúde em 2017, conforme apurado em 09/09/17 no Portal Siga Brasil. O valor ainda pode aumentar, até o fim do ano.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Vale ressaltar a potencialidade que os royalties do petróleo representam para a Saúde, como um recurso adicional ao longo dos anos: de R$ 7,2 milhões em 2016, passa-se a R$ 21 milhões em 2017 — um crescimento de 192% em apenas um ano.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijY-oLdKTC5xg289BkYFLFCk5TJVPGR_WrFWjh3YMQ7IKiUGPFKWnzRmbHYg_Gv1GIYs0i_yxSYH8xw-Q4IOHfA80DDz6NB5Un_zF6reE-KNLh8VDCKteTz54uPg8jAeyAXlIvv6wmCNo/s1600/pec-da-morte.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="482" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijY-oLdKTC5xg289BkYFLFCk5TJVPGR_WrFWjh3YMQ7IKiUGPFKWnzRmbHYg_Gv1GIYs0i_yxSYH8xw-Q4IOHfA80DDz6NB5Un_zF6reE-KNLh8VDCKteTz54uPg8jAeyAXlIvv6wmCNo/s1600/pec-da-morte.jpg" /></a></div>
<span style="color: blue; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b>De volta à perversidade do “Teto dos Gastos”</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Entretanto, assim como ocorreu em toda a história do financiamento do SUS e de todas as políticas públicas promotoras de direito, existe o risco de a liminar ter seu brilho ofuscado. E isso pode ocorrer devido à EC 95.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Como existe um limite para os gastos sociais, um aumento nos recursos para a Saúde, com o adicional dos royalties, pode representar menos recursos ainda para outras políticas públicas essenciais. A questão é que a saúde das pessoas é extremamente influenciada por diversos outros setores, como saneamento básico, habitação, acesso à água potável, educação. O resultado é que o “teto dos gastos” pode inviabilizar a melhora da saúde da população por cortar recursos financeiros para outras políticas, mesmo com mais recursos direcionados ao SUS. Essa questão foi inclusive tratada pelo ministro Lewandowsky. Diz ele, em sua liminar: “alterações que impliquem retrocesso no estágio de proteção dos direitos e garantias fundamentais não são admissíveis, ainda que a pretexto de limites orçamentário-financeiros”, em consonância com o princípio de não retrocesso social. Isso quer dizer que, a cada avanço na proteção dos direitos, não é possível voltar atrás, inclusive no seu financiamento, mesmo com a justificativa de dificuldades financeiras.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Uma forma de garantir um adequado financiamento do SUS, sem afetar outras políticas públicas, seria a ministra do STF, Rosa Weber, declarar inconstitucional o teto para saúde e educação. Ela tem a oportunidade de fazê-lo por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.658, da qual é relatora. Ainda mais adequada seria a revogação da EC 95, por sua inviabilidade técnica e humanitária. Será outro passo importantíssimo. No momento, considerando que em 12 de setembro o processo da ADI 5595 foi liberado para entrar na pauta do plenário do STF(2), é essencial agir em defesa da liminar. Há uma brecha, finalmente, para defender que os direitos sociais não podem retroagir e garantir um financiamento mais adequado à Saúde.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="color: blue; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><b>======================</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">(1) Importante destacar entidades da reforma sanitária como CEBES, ABRASCO, ABRES, IDISA, outras; Conselho Nacional de Saúde, em nome do Francisco Funcia; acadêmicos; técnicos do Executivo, em nome da Fabíola Vieira e Rodrigo Benevides; membros do judiciário, MP, TC, em nome da Dra. Élida Graziane; indivíduos e membros de movimentos sociais e organizações da sociedade civil; e especialmente trabalhadores e usuários do SUS.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: large;">(2) Informação publicada no artigo de 12/09/17 da Dra. Élida Graziane Pinto, procuradora do Ministério Público de Contas de SP, que trata dos argumentos jurídicos em defesa da liminar cedida na ADI 5595. Disponível em: </span><a href="http://www.conjur.com.br/2017-set-12/contas-vista-stf-reconhece-direito-custeio-adequado-direitos-adi-5595"><span style="font-size: large;">http://www.conjur.com.br/2017-set-12/contas-vista-stf-reconhece-direito-custeio-adequado-direitos-adi-5595</span></a></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><b><i><span style="color: blue;">Grazielle David</span><span style="color: #3d85c6;"> | Assessora política do Inesc - Instituto de Estudos Socioeconômicos; conselheira do Cebes - Centro Brasileiro de Estudos em Saúde; Mestre em Saúde Coletiva/Economia da Saúde; especialista em direito sanitário, orçamento público e bioética.</span></i></b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><a href="http://outraspalavras.net/brasil/uma-brecha-para-salvar-o-sus/">http://outraspalavras.net/brasil/uma-brecha-para-salvar-o-sus/</a></span>luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-48844118472201620282017-07-03T15:15:00.000-03:002017-07-03T15:15:01.477-03:00Rede Cegonha foi o tema do terceiro encontro do SOU+SUS em 2017<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh_Cm1RpyfDH8Ji1fDhng-5qMqaqsJi7ys2h0Zvtty5n39O5KgQwtHpd0CQ8mSxBMgNpfyHKzMxZYjEz8tuNvDPQMOHl6Fb2WH-O7uHmjodEnjFgEnzuBHcZcdKQ4rd-DuzLnkV5QV0BA/s1600/P6290013.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh_Cm1RpyfDH8Ji1fDhng-5qMqaqsJi7ys2h0Zvtty5n39O5KgQwtHpd0CQ8mSxBMgNpfyHKzMxZYjEz8tuNvDPQMOHl6Fb2WH-O7uHmjodEnjFgEnzuBHcZcdKQ4rd-DuzLnkV5QV0BA/s640/P6290013.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: #b45f06; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;">A apresentação
dissecou o programa, com inevitáveis elogios às boas propostas, como a do parto humanizado, e observações
críticas com relação a algumas dificuldades, inclusive de natureza política, mas
também à má-fé de maternidades que tentaram burlar a auditoria do Ministério da
Saúde</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">No dia 29 de junho o Projeto SOU+SUS realizou o seu terceiro
encontro em 2017. O tema foi o Programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, e
a enfermeira obstétrica Regina Tanaka, do Hospital de Clínicas da Universidade
Federal do Paraná (HC/UFPR) foi a palestrante. Os servidores que participaram do
evento tiveram a oportunidade de conhecer o Rede Cegonha e de constatar que a
assistência à gestante e à puérpera mudou bastante com a adoção das práticas do
Programa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"></span></o:p></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Entre outras iniciativas, o Rede Cegonha propõe a mudança de
modelo na assistência à gravidez, abrangendo o planejamento reprodutivo, que deve
ser feito antes da mulher engravidar e com a participação do companheiro e da
família. Outro tema importante na gravidez, algo que sempre ocasionou angústia
às mulheres, é aquele relativo a ter a garantia de realizar o parto em local conhecido.
Mas, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Rede Cegonha procura resolver
isso. “A pior coisa é a mulher engravidar e não saber onde vai ter o bebê e
isso acontecia com muita frequência no passado. Não que isso não possa
acontecer em alguns casos, mas com o Rede Cegonha a gestante tem o local
previsto para o parto na sua carteirinha do Programa, o que não impede que ela
possa até mesmo eleger outro local, por algum motivo especial”, explicou
Regina. O mesmo acontece com relação a alguma intercorrência durante a
gestação: a gestante tem a indicação de clara no sentido de aonde ir caso surja
algum problema inesperado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8S4wrMHvvjpj_YNpxMuD97jCl0mZvFCByDFK0wGpa-2GmxZl4vg8zy7MZl258hvpKeJeGwC0nC_NENmVbpqTQEtw2v2_d5ixjb-tpEiwhhbiTQaovjl2C0tBnLIhD55o3xF7g51Xz4gk/s1600/P6290020.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8S4wrMHvvjpj_YNpxMuD97jCl0mZvFCByDFK0wGpa-2GmxZl4vg8zy7MZl258hvpKeJeGwC0nC_NENmVbpqTQEtw2v2_d5ixjb-tpEiwhhbiTQaovjl2C0tBnLIhD55o3xF7g51Xz4gk/s640/P6290020.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A redução da mortalidade materno-infantil é um dos
principais objetivos, mas não apenas. Há a proposta de um parto humanizado, da
assistência integral e especializada à criança por 24 meses e, acima de tudo,
um incentivo à realização de parto normal, já que o número de cesáreas no
Brasil é muito alto. “É importante mudar essa cultura, que em parte é
sustentada pelos médicos, mas não apenas. Há muitas mulheres que não sabem, mas
o nosso corpo foi feito para o parto normal”, disse Regina. Para que o parto
tenha sucesso, porém, é preciso que seja bem conduzido. “Durante anos a
episiotomia (1) foi rotina nos partos e isso não deve ser assim. A justificativa
era evitar o rompimento do tecido do períneo, mas geralmente esse rompimento só
ocorre se houver má condução do parto normal”, afirmou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">Presença do acompanhante
é legal</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">Regina ressaltou a importância de se criar ambientes
adequados para o parto, evitando que esse acontecimento seja transformado em um
ato médico-cirúrgico, salvo em casos em que haja necessidade disso. A presença
do acompanhante na sala de parto é um dos elementos que não apenas ajudam na
hora do parto, como posteriormente, na vida do casal. “A presença do pai no
parto ajuda a estreitar os laços do casal e isso traz boas consequências para
os pais e, fundamentalmente, para a criança. Cabe lembrar que a Lei nº 11.108/2005
garante o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto
e pós-parto imediato”, disse. Ela esclareceu ainda que, mesmo que o pai não
possa estar presente, o hospital tem que, legalmente, permitir a presença de um(a)
acompanhante.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY26QNld7opn9tLkor8nmHAjl_hkN3FwPW5BE-J-4wno8_HTRVV0o8Fes9fq8mWAG7jfT2bQNViHm9QQcPmlcme7esTG5RNB8AFaqobX1VytNLs_cuNC8eWmpQyCmtdyKneBPdnsglvkY/s1600/P6290018.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY26QNld7opn9tLkor8nmHAjl_hkN3FwPW5BE-J-4wno8_HTRVV0o8Fes9fq8mWAG7jfT2bQNViHm9QQcPmlcme7esTG5RNB8AFaqobX1VytNLs_cuNC8eWmpQyCmtdyKneBPdnsglvkY/s640/P6290018.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: x-large;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">Problemas políticos e má-fé</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">As dificuldades para a implantação do Rede Cegonha também
foram apresentadas. Entre elas, foram citadas as desavenças políticas que havia
entre o governo do Paraná, do PSDB e os governos do PT, o que motivou até mesmo
a devolução, por parte do governo estadual para o Ministério da Saúde, das
cadernetas produzidas para as gestantes do Programa. Mas, não apenas isso. “Teve
maternidade que, quando avisada de que haveria uma visita de monitoramento e
avaliação pela equipe do Rede Cegonha, alugava, por apenas um dia ou dois, os
equipamentos requeridos para que o hospital se incluísse no Programa e fizesse
jus aos recursos”, citou. Por conta disso, as visitas passaram a não mais ser anunciadas.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-size: x-large;"><b><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;">=================================</span></b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">(1) Episiotomia é o nome que se dá à incisão feita na região
do períneo para ampliar o canal de parto. É justificada, em alguns casos, quando há sofrimento fetal. Até pouco tempo
atrás, era prática de uso indiscriminado, o que significa dizer que era difícil
o parto em que não se recorria a esse recurso. Hoje, é procedimento não recomendado, salvo em situações de risco para a mãe e a criança.</span><o:p></o:p></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-40018579529133828342017-06-05T16:17:00.000-03:002017-06-08T11:50:22.626-03:00Situação do combate ao Aedes Aegypti no Paraná foi o tema do SOU+SUS<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpHdhETkPbgVBF3UQw2eTIe5rmRZ-iklNtC1vN5Z_AXHXkAX9nuAcgipMJaE2bsVYX_nIwF_leSF-3xkhhnIzkaSprACWk3ITlt_2W98Bqt_HjDQayeIdbMPEDxE2wUnkABaPdvVsKcJI/s1600/P6010118.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpHdhETkPbgVBF3UQw2eTIe5rmRZ-iklNtC1vN5Z_AXHXkAX9nuAcgipMJaE2bsVYX_nIwF_leSF-3xkhhnIzkaSprACWk3ITlt_2W98Bqt_HjDQayeIdbMPEDxE2wUnkABaPdvVsKcJI/s640/P6010118.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif;"><b><span style="font-size: large;">Raul Belly alertou para a necessidade do cidadão vistoriar </span><br /><span style="font-size: large;">sua residência semanalmente para evitar focos do mosquito</span><br /><span style="font-size: small;"> </span></b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16755" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="color: blue; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><i>O Paraná, que parecia quase imune no passado, teve, em 2016, epidemia que o colocou em estado de emergência – lixo doméstico parece ser, hoje, o maior perigo</i></span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16759" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16759" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">No primeiro dia do mês de junho o projeto SOU+SUS recebeu a visita de Raul Belly, servidor do Ministério da Saúde que atua na Secretaria de Estado da Saúde do Paraná coordenando a “Sala de Situação em Saúde”. Sua função, assim, é gerenciar esse espaço de inteligência que possibilita uma visão integral e intersetorial da situação da saúde no estado, integrando as informações e fundamentando as ações. Ele proferiu uma interessante e proveitosa palestra sobre a situação da dengue no Paraná e, principalmente, em Curitiba, para 18 servidores que se comprometeram a disseminar as informações para os colegas.</span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16761" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"></span><br />
<a name='more'></a></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16761" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16761" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Raul lembrou que, quando ingressou na então SUCAM <span style="color: blue;">(1)</span>, na década de 1980, a dengue, no Paraná, e especial em Curitiba, era um problema distante, situação que perdurou até recentemente. “Naquele tempo, a gente falava da dengue, isso até a metade da década passada, e sempre alguém te perguntava se não havia nada mais importante para falar, porque o problema com o Aedes Aegypti era praticamente inexistente por aqui. Hoje, fica claro que quando falávamos sobre esse assunto era para que não chegássemos à situação de hoje”, explicou. Segundo ele, ainda há dificuldade, principalmente da parte de muitos moradores de Curitiba, de levar a sério o combate ao mosquito, o que é um problema grave, pois é nos domicílios que parecem estar a maior parte dos focos, algo em torno de 70%.</span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16763" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16763" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A situação da doença se agravou de forma radical nos últimos anos no Paraná, tanto que a situação do estado é, em nossos dias, a de emergência, com 912 casos graves e 61 óbitos em 2016. “Perdemos, inclusive, uma criança de 12 anos no ano passado, o que é inadmissível”, disse Raul, lembrando que o óbito por essa causa é considerado morte por “causa evitável”. A epidemia ocorrida no litoral paranaense no ano passado é inédita e, tudo indica que todos os municípios paranaenses estão, hoje, infestados pelo mosquito, que além da dengue, que tem quatro tipos, transmite outros males graves, como a zika e a chikungunya, além da febre amarela.</span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16765" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMW9bkFF7kqH9Sx8IHsp8jrH8405t5AynEMFpx7Oq8hfW32Mlghj_FQ9bq0w3zRRf1iDCmj2KAe2IznUftnIZJ5a3k0IT2MvkOoVo5_tvdht61Lq7F6Y6Q7QYbnY760cRmIHvgrtV9QFA/s1600/P6010116.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMW9bkFF7kqH9Sx8IHsp8jrH8405t5AynEMFpx7Oq8hfW32Mlghj_FQ9bq0w3zRRf1iDCmj2KAe2IznUftnIZJ5a3k0IT2MvkOoVo5_tvdht61Lq7F6Y6Q7QYbnY760cRmIHvgrtV9QFA/s640/P6010116.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>18 servidores estiveram presentes e se comprometeram </b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>a ser multiplicadores das informações prestadas na palestra</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;"><b><br /></b></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16765" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Na capital paranaense foram encontrados, em 2016, 370 focos do Aedes, o que torna a situação da cidade como propícia para a eclosão de uma epidemia nos próximos anos. “Em Curitiba, está havendo uma clara mudança climática, com dias mais quentes. Quando entra a primavera, o curitibano começa a pensar em apagar a lareira, ir para a praia, para a piscina, passear no campo, essas coisas... pois o mosquito pensa a mesma coisa”, ponderou Raul Belly. Segundo ele, nos meses mais quentes, o Aedes se reproduz com mais facilidade e, por conta das pessoas usarem menos roupas, o risco aumenta, pois há mais espaço livre para a picada. E, pelas estatísticas, o bairro com maior número de focos em Curitiba é o Boqueirão.</span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16767" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16767" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O custo da dengue é alto. Segundo o Ministério da Saúde, em 2015 foi gasto mais de um bilhão de dólares no país, sendo que no Paraná foram despendidos aproximadamente US$ 85 milhões com a doença. A vacina, que imuniza contra os quatro tipos de dengue, é uma boa opção e pode representar uma sensível economia, mas não há como falar em uma vacinação em massa. Por conta disso, as pessoas que estão nas faixas de idade mais atingidas, de 10 a 44 anos, é que são vacinadas.</span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16769" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16769" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">Raul Belly deixou claro que o objetivo de sua palestra é conscientizar os presentes sobre o papel fundamental de cada um no combate ao mosquito. “Se cada qual cuidar de seu próprio quintal, observando os locais em que pode haver focos do Aedes, teremos um imenso avanço. Mas, esse cuidado tem que ser atualizado no mínimo semanalmente. Não adianta vistoriar de mês em mês ou, pior, de seis em seis meses”, alertou. É preciso atenção com locais ralos, calhas, bromélias, garrafas e todo recipiente que possa servir para o depósito dos ovos. “Até mesmo uma tampinha de garrafa pode servir para a fêmea pôr os ovos”, explicou.</span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16771" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16771" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="color: blue; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">===================================</span></div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16771" style="-webkit-padding-start: 0px;">
</div>
<div id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16709" style="-webkit-padding-start: 0px;">
</div>
<div dir="ltr" id="yiv7876404250yui_3_16_0_ym19_1_1496407707222_16773" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><span style="color: blue;">(1)</span> A SUCAM (Superintendência de Campanhas de Saúde Pública) foi criada em 22 de maio de 1970, pelo Decreto nº 66.263. Resultou da fusão do Departamento Nacional de Endemias Rurais (DENERu), da Campanha de Erradicação da Malária (CEM) e da Campanha de Erradicação da Varíola (CEV). Era um exército de combate a endemias, com equipes fardadas, hierarquia rígida, muita disciplina e ações de grande eficácia, principalmente na coleta de dados, que eram mais precisos do que os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sua finalidade era o controle ou a erradicação das grandes endemias e trabalhava com quatro grandes Programas de Controle de Doenças: Chagas, malária, esquistossomose e febre amarela. Também desenvolvia Campanhas contra a filariose, o tracoma, a peste, o bócio endêmico e as leishmanioses. Tinha diretorias regionais em cada estado e oitenta distritos sanitários. Foi extinta pelo então presidente Fernando Collor de Mello, em 1991.</span></div>
luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-817263799218175185.post-78742604150183923532017-04-10T15:58:00.000-03:002017-04-27T10:30:19.658-03:00Financiamento do SUS foi o tema do primeiro encontro do SOU+SUS em 2017<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPTibeidP5_dnDpNSbdBXUm7mE0kEazoStgNP0HQAma28qmTChtI0O_soYIYMpCHnsWU24BJC_wGlcnQhicegGNFXA2Tw_XaWRZSjw-oqHIJmJOKA9jmMJSaWycvNlza8AkgpI69xAhbE/s1600/P4060011.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPTibeidP5_dnDpNSbdBXUm7mE0kEazoStgNP0HQAma28qmTChtI0O_soYIYMpCHnsWU24BJC_wGlcnQhicegGNFXA2Tw_XaWRZSjw-oqHIJmJOKA9jmMJSaWycvNlza8AkgpI69xAhbE/s640/P4060011.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
<span style="color: blue; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Sergio Abreu (de camisa vermelha) mostrou muito conhecimento<br />acerca do tema "Financiamento do SUS" e realizou apresentação<br />didática e consistente no que diz respeito aos conteúdos apresentados</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">No dia 06 de abril o Projeto SOU+SUS iniciou as atividades em 2017 com a palestra de Sergio Abreu, servidor do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Paraná (NEMS/PR). Abreu mostrou conhecer bem a temática relativa ao financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e, durante duas horas, brindou os servidores presentes com informações valiosas acerca do assunto. Utilizando bem o recurso oferecido pelos slides do Office Power Point, ele brindou os presentes com uma bela e completa apresentação na sala 404 da sede do NEMS/PR, no Centro de Curitiba.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;"></span><br />
<a name='more'></a><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">O objetivo da apresentação foi repassar aos servidores do NEMS/PR informações sobre o financiamento da saúde no Brasil, com pinceladas históricas pré-SUS e uma exposição do conteúdo da legislação que regula o Sistema, incluindo a lógica que norteia os pagamentos e os investimentos realizados no setor. Segundo Abreu, o SUS é um sistema bem planejado, mas falta um melhor planejamento para que funcione melhor, com uma gestão de recursos mais efetiva para obter resultados satisfatórios. “Muitas vezes, é o interesse e a vontade de alguns profissionais que põe em funcionamento o sistema, mas é preciso mais do que isso, é necessário um projeto de assistência baseado, é claro, em pesquisas epidemiológicas: é imprescindível que haja um planejamento e que as ações não sejam efetivadas a toque de caixa, sem ordenamento”, disse.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: blue;">Controle social - </span></b>Abreu alertou para a necessidade dos conselhos de saúde participarem ativamente do controle social do SUS: “Tudo passa pelos conselhos, que são muito importantes no processo, e é preciso que os conselheiros estejam atentos e não compactuem com más gestões”. Além disso, ele falou da importância dos Núcleos Estaduais, que, melhor equipados com informações e conhecimentos acerca da gestão do SUS, seriam fundamentais para o monitoramento das ações e dos gastos em saúde nos municípios. “Sem os núcleos fica praticamente impossível a articulação interfederativa proposta no Decreto 7508/2011, bem como o funcionamento das redes”, afirmou.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;">A apresentação teve uma abordagem histórica, fundamental para que se entenda como se deu a evolução dos diferentes processos de financiamento do SUS. Abreu lembrou as AIHs (Autorizações de Internações Hospitalares), que eram preenchidas para a remuneração dos procedimentos realizados e também das primeiras NOBs (Normas Operacionais Básicas) que foram organizando o SUS logo após a sua formalização nas Leis 8080/90 e 8142/90. Ele falou ainda da importância da promoção de saúde, que traz sempre economia para o sistema, já que, desse modo, deixa-se de gastar com procedimentos de alta complexidade, utilizados apenas depois da doença instalada e que costumam custar muito. “Educar e prevenir são procedimentos baratos e, assim, representam uma boa economia para a saúde. A assistência deve buscar, sempre, a promoção da saúde e a consequente prevenção de agravos. É mais racional proceder dessa forma e evitam-se gastos desnecessários”, explicou.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-large;"><b><span style="color: blue;">Prevenção - </span></b>A coordenadora da CVPAF (Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados) da ANVISA no Paraná, Clara Kiyomi Kioshima, assistiu à apresentação de Sergio Abreu e falou sobre a importância da vigilância sanitária possuir um caráter sempre preventivo e educativo para a população, que precisa estar bem informada para melhor cuidar de sua saúde. </span>luizgeremiashttp://www.blogger.com/profile/10761801529060729480noreply@blogger.com2