Nesta terça-feira, dia 26 de julho, o SOU+SUS recebeu, no
auditório do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Paraná (NEMS/PR), a
diretora de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba
(SMS/Curitiba), Inês Marty, para roda de conversa sobre o Sistema Único de Saúde
(SUS) e, é claro, sobre a SMS/Curitiba. Aproximadamente 15 servidores
participaram do encontro, que consistiu em uma apresentação básica sobre a
realidade do SUS na cidade e discussões pontuais acerca de temas levantados por
Inês. Também esteve presente Elizabeth Guinart Araujo, odontóloga que compõe a
equipe da diretoria de Planejamento da SMS/Curitiba.
Inês fez, inicialmente, uma breve apresentação de seu
histórico profissional na área da Saúde, que começou no extinto INAMPS. Enfermeira,
ela foi classificada em concurso e entrou no serviço público federal em 1983,
tendo, posteriormente, pedido exoneração para trabalhar na SMS/Curitiba. O primeiro
dado apresentado foi o do crescimento e desenvolvimento da estrutura da assistência
à saúde na cidade. “Quando entrei no município, eram poucas unidades, havia uma
estrutura pequena; com o passar do tempo e com o aumento dos investimentos em
saúde, essa estrutura cresceu bastante”, disse Inês. Em 1979, a cidade contava
com 10 unidades de saúde e, hoje, são 109.
Segundo Inês e Elizabeth, a população de Curitiba está em
aproximadamente 1,85 milhão de pessoas e pouco menos de 10 mil servidores estão
trabalhando na saúde pública. O maior custo da área é o relativo a Recursos
Humanos e algo em torno de R$ 658 milhões foram gastos com pessoal em 2015. “Isso
acontece, em parte, porque os profissionais de saúde estão, efetivamente, entre
os recursos mais efetivos que se pode oferecer na assistência à saúde”,
explicou.
Os investimentos em saúde têm aumentado bastante nos últimos
anos e, em 2015, o município de Curitiba gastou mais com o SUS na cidade do que
a União, fato inédito na história do Sistema Único de Saúde. Mas, segundo Inês
e Elizabeth, o maior desafio que se apresenta, hoje, é repensar principalmente
como utilizar de forma mais efetiva o equipamento de saúde da cidade, avaliando
a necessidade da construção e abertura de novas unidades. “Hoje, o custeio é
maior do que a receita, o que preocupa”, disseram elas e deixaram claro que
essa realidade tem feito a SMS/Curitiba buscar maior racionalidade nos gastos e
um melhor aproveitamento dos recursos existentes.
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