Estamos na Semana Mundial do Aleitamento Materno e a preocupação
especial neste ano são as mulheres que trabalham e amamentam. Tanto é assim que
o Ministério da Saúde (MS) está realizando ações para conscientizar os empresários
acerca da importância da amamentação, tanto para a criança quanto para a mãe. O
argumento é que a criança que mama adoece menos e sua mãe tem menos motivos
para se ausentar do trabalho (1). O objetivo é que as empresas incentivem as
mães a amamentar, criando, inclusive, locais adequados e aconchegantes para
isso.
O fato é que o aleitamento reduz os índices de obesidade
infantil, um dos mais graves problemas da atualidade, além de prevenir infecções
digestivas e respiratórias e alergias alimentares. O leite materno torna a
criança mais saudável e menos suscetível a doenças. Para a mãe, amamentar ajuda
o útero a recuperar seu tamanho normal e reduz consideravelmente os riscos de
hemorragias, anemia, câncer de mama e de ovário.
Cabe lembrar que a OMS (Organização Mundial de Saúde) aconselha
que o aleitamento comece já na sala de parto e que o bebê possa mamar o quanto
quiser na hora em que quiser até pelos menos até o sexto mês de vida, podendo
ir além dos dois anos. Na prática, tudo indica que o aleitamento aconteça por
apenas dois meses, aproximadamente. É pouco.
Dados do Ministério da Saúde informam que 34% das mães de
bebês com menos de um ano e que trabalham fora de casa não amamentam mais a
criança. As que não trabalham fora tendem a amamentar por muito mais tempo. O
problema de dar outro tipo de leite é que este não tem anticorpos e não previne
doenças.
O MS tem o “Programa Mulheres Trabalhadoras que Amamentam”,
criado em 2011 e que age nas empresas, para que os empresários se conscientizem
da importância da licença-maternidade de seis meses, de ter uma creche no local
de trabalho (ou auxílio-creche) e da instalação de sala de apoio à amamentação.
(1) De certo modo, é lamentável que se tenha que lembrar a
alguns empresários a importância do aleitamento usando argumentos “interesseiros”
como o referido. Para todo ser humano, a qualidade de vida de outro ser humano deveria ser algo preponderante. Mas, para muitos é preciso falar do bolso e das ameças a ele para sensibilizar acerca de atitudes humanas.
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