terça-feira, 4 de agosto de 2015

Mães precisam continuar amamentando depois da volta ao trabalho

Estamos na Semana Mundial do Aleitamento Materno e a preocupação especial neste ano são as mulheres que trabalham e amamentam. Tanto é assim que o Ministério da Saúde (MS) está realizando ações para conscientizar os empresários acerca da importância da amamentação, tanto para a criança quanto para a mãe. O argumento é que a criança que mama adoece menos e sua mãe tem menos motivos para se ausentar do trabalho (1). O objetivo é que as empresas incentivem as mães a amamentar, criando, inclusive, locais adequados e aconchegantes para isso.

O fato é que o aleitamento reduz os índices de obesidade infantil, um dos mais graves problemas da atualidade, além de prevenir infecções digestivas e respiratórias e alergias alimentares. O leite materno torna a criança mais saudável e menos suscetível a doenças. Para a mãe, amamentar ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal e reduz consideravelmente os riscos de hemorragias, anemia, câncer de mama e de ovário.

Cabe lembrar que a OMS (Organização Mundial de Saúde) aconselha que o aleitamento comece já na sala de parto e que o bebê possa mamar o quanto quiser na hora em que quiser até pelos menos até o sexto mês de vida, podendo ir além dos dois anos. Na prática, tudo indica que o aleitamento aconteça por apenas dois meses, aproximadamente. É pouco.

Dados do Ministério da Saúde informam que 34% das mães de bebês com menos de um ano e que trabalham fora de casa não amamentam mais a criança. As que não trabalham fora tendem a amamentar por muito mais tempo. O problema de dar outro tipo de leite é que este não tem anticorpos e não previne doenças.

O MS tem o “Programa Mulheres Trabalhadoras que Amamentam”, criado em 2011 e que age nas empresas, para que os empresários se conscientizem da importância da licença-maternidade de seis meses, de ter uma creche no local de trabalho (ou auxílio-creche) e da instalação de sala de apoio à amamentação.

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(1) De certo modo, é lamentável que se tenha que lembrar a alguns empresários a importância do aleitamento usando argumentos “interesseiros” como o referido. Para todo ser humano, a qualidade de vida de outro ser humano deveria ser algo preponderante. Mas, para muitos é preciso falar do bolso e das ameças a ele para sensibilizar acerca de atitudes humanas. 

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