Mais: também ocorrerão centenas de milhares de hospitalizações infantis, também evitáveis.
Tudo isso, por conta das irresponsáveis contenções de despesas e investimentos na área da Saúde Pública. Trata-se de um crime inaceitável.
Abaixo, trecho do texto de apresentação do trabalho, publicado em 22/05/18 e assinado por Davide Rasella , Sanjay Basu, Thomas Hone, Romulo Paes-Sousa, Carlos Octávio Ocké-Reis e Christopher Millett, os autores.
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Desde 2015, uma grande crise econômica no Brasil levou ao aumento da pobreza e à implementação de medidas de austeridade fiscal de longo prazo que reduzirão substancialmente os gastos com programas de assistência social como uma porcentagem do PIB do país nos próximos 20 anos. O Programa Bolsa Família (PBF) - um dos maiores programas de transferência condicionada de renda do mundo - e a estratégia nacional de atenção primária à saúde (ESF) são afetados pela austeridade fiscal, apesar de estarem entre as intervenções políticas de mais forte impacto sobre a mortalidade infantil no país.
As previsões do estudo indicam que, no período 2017-2030, a
redução da cobertura do PBF e da ESF, em comparação com a manutenção de sua
cobertura, poder resultar em uma taxa de mortalidade infantil mais alta - até
8,6% maior em 2030. Essas medidas de austeridade seriam responsáveis por quase
20.000 mortes infantis evitáveis e 124.000 hospitalizações infantis evitáveis
entre 2017 e 2030.
(1) Um projeto sem fins lucrativos que tem o objetivo de criar uma biblioteca de revistas científicas e publicações afins dentro do modelo de licenciamento de conteúdo aberto, fazendo uso, especificamente, da Creative Commons.
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