Estudo inédito do Ministério da Saúde mostra que a diabetes
cresceu 54% na população masculina, nos últimos 11 anos
O percentual de homens que apresentaram diagnóstico médico
de diabetes aumentou 54%, entre os anos de 2006 e 2017. Os dados da Pesquisa de
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel) servem para alertar a população no Dia Nacional de
Controle do Diabetes, celebrado anualmente no dia 27 de junho. Há 11 anos, o
percentual de homens que tinham sido diagnosticados com a doença era de 4,6%,
agora o índice passou para 7,1%. Apesar de apresentarem percentual mais elevado
em 2017, as mulheres (8,1%) tiveram um crescimento de 28,5% no mesmo período.
“O diabetes é uma doença crônica que pode ser evitada, desde
que hábitos saudáveis, como uma alimentação adequada e a prática de atividade
física, sejam adotados. O objetivo do Vigitel é monitorar anualmente esses
fatores de risco e proteção para doenças crônicas e, com isso, acompanhar
indicadores de saúde que dão subsídio a formulação e reformulação de políticas
públicas", declarou Marta Coelho.
A pesquisa trouxe, também, que o indicador de diabetes
aumenta com a idade, principalmente entre idosos com mais de 65 anos (24%) e é
maior entre os com menor escolaridade, que frequentaram a escola por até oito
anos (14,8%). Já entre as capitais, a frequência do diagnóstico médico de
diabetes variou entre 4,5% em Palmas e 8,8% no Rio de Janeiro.
Quando comparamos os sexos, os homens de Boa Vista (9,0%),
Belo Horizonte (8,6%) e Porto Alegre (8,3%), possuem os maiores percentuais,
enquanto que os de Palmas (3,7%), Cuiabá (4,2%) e Teresina (4,6%), os menores.
Entre mulheres, o diagnóstico de diabetes foi mais frequente em Vitória (10,3%),
Rio de Janeiro (10,3%) e Recife (8,8%), e menos frequente em Palmas (5,1%),
Macapá (5,2%), Florianópolis (5,6%) e São Luís (5,6%).
Entre 2010 e 2016, o diabetes já vitimou com óbitos 406.452
pessoas no Brasil.
Tratamento do diabetes no SUS
Para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único
de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, já na atenção básica - porta de entrada do
SUS, atenção integral e gratuita, desenvolvendo ações de prevenção, detecção,
controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas. Para
monitoramento do índice glicêmico, ainda estão disponíveis nas unidades de
Atenção Básica de Saúde reagentes e seringas.
O programa Aqui Tem Farmácia Popular, parceria do Ministério
da Saúde com mais de 34 mil farmácias privadas em todo o país, também distribui
medicamentos gratuitos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e
insulinas.
Texto: Agência Saúde/ASCOM/GM/MS
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